quarta-feira, junho 28, 2006

Deu no BRASIL A LIMPO

Terça-feira, Junho 27, 2006


1) CULTURA / Secretaria Municipal de Cultura
Mandou informe para este blog e que o editor se recusa a divulgar enquanto o Museu de Artes de Goiânia permanecer fechado aos sábados e domingos.

sábado, junho 24, 2006

SAIA JUSTA OU CIDADANIA?







Julio Vilela no Festival do Forum de Cultura, indignação com humor.


A jornalista Ciça Carvello na coluna SPOT do jornal O POPULAR no dia 23 de junho publicou uma nota com o seguinte texto:

Saia-justa - Uma representante do Fórum Permanente de Cultura criou uma saia-justa na inauguração do Centro Municipal de Cultura Goiânia Ouro, na noite de quarta-feira. Ao final do pronunciamento do prefeito Iris Rezende, a moça pediu a atenção de todos e começou a ler uma carta crítica ao secretário municipal de Cultura, Kleber Adorno. Vaias de algumas pessoas da platéia abafaram a leitura da carta, que terminava informando que uma decisão da Justiça anulou, esta semana, a Conferência Municipal realizada ano passado, que indicou os novos membros do Conselho Municipal de Cultura.”.

A colunista não sabia que a representante do Forum foi nada mais e nada menos que uma cidadã chamada Liana. Indignada com o que leu no documento distribuído por alguns brancaleones, esses sim do FORUM PERMANENTE DE CULTURA na porta do Cine Ouro, agiu.

E sobre o assunto ANULAÇÃO da 3ª CONFERENCIA MUNICIPAL DE CULTURA nada mais há para ser dito após a crônica publicada no blog do escritor e poeta eternamente rebelde Luiz de Aquino e que no domingo estará imprensa nas páginas do jornal O DIÁRIO DA MANHÃ http://www.dm.com.br, (se não for censurada) intitulada “Copas, Conselho e Cultura”.

" ... Sem ordem e sem critério, a mesma prefeitura de Goiânia sofreu a vergonha de ter uma conferência de cultura anulada e seu Conselho Municipal de Cultura foi considerado, pois, pela Justiça, ilegítimo. Tudo porque nesta gestão municipal reinstalou-se o mau hábito do tempo do arbítrio de fazer as coisas sob o interesse dos que detém o mando e, obviamente, à revelia da Lei. ... "

http://penapoesiaporluizdeaquino.blogspot.com/

O que mais pode ser dito?

No dia 09 de junho publiquei no fotolog “POLITICA CULTURA JÁ” http://fotolog.terra.com.br/culturagoiania:8 uma imagem que achei significativa do tratamento recebido pela cultura pelos nossos gestores públicos. O prédio sem vigilância e sem limpeza depende dos servidores para fazerem o papel dos guardas desaparecidos após a dispensa sumária da empresa de vigilância e dos faxineiros inexistentes.

A imagem demonstra na verdade, claramente o analfabetismo funcional que permeia todas as áreas da vida social do brasileiro. Na imagem há uma assinatura “a direção”, entretanto, não é um documento produzido pela direção do Departamento de Patrimônio Histórico e Artístico de Goiânia, mas por um (a) servidor (a) anônimo (a) disposto (a) a organizar o serviço de portaria, vigilância e limpeza no turno vespertino.

E quando penso que 21 anos se passaram desde que fiz concurso para o cargo de RESTAURADORA para o MUSEU DE ARTE DE GOIÂNIA. É o fim da carreira mesmo!

A coordenadora do Departamento indignada, e legitimamente indignada, ontem me disse cobras e lagartos sobre a insensibilidade e maldade humana (a minha) ao publicar uma imagem como essa.

Exceto pela parte da autoria do magnífico cartaz (tenho certeza absoluta que não é uma produção da diretora do departamento), a mim custa muita água no jacá para entender a lógica de tanta indignação inútil.

A publicação da foto causa prejuízo à imagem de instituição. Mas que imagem da instituição? A ficção do Centro de Memória e Referência? Ao departamento de Patrimônio Histórico e Artístico? Um é um projeto magnífico que nunca saiu do papel, mas que toma corpo e existe apenas quando a PROCURADORIA DO MUNICIPÍO afirma inverdades em processos jurídicos, orientados pelo Secretário Municipal de Cultura.

E o outro, o Departamento de Patrimônio Histórico e Artístico, desde a sua criação na década de 80, nada mais é que um ajuntamento de pessoas, de boa vontade, e outras que sequer sabem o significado do local onde trabalham e um amontoado de informações – livros, papéis, imagens e etc. – consultados por meia dúzia de pessoas.

Ora, que ilusão é essa que vive o funcionário público? O Prefeito finge que nos paga e nós fingimos que trabalhamos? Vamos manter um pouco de dignidade e indignarmo-nos com o que vale a pena, com os desmandos cotidianos praticados pela administração pública, que em última instância, para manter os apaniguados políticos no "bem bom", assedia moralmente os servidores de carreira.

Como pode alguém se indignar com uma imagem, verdadeira, por que “pega mal” para um(a) colega, e achar natural, que outra colega, seja assediada moralmente, ameaçada, submetida a inquérito administrativo montado com documentos falsos, desviada de função e finalmente, que passe um ano e meio da sua vida profissional olhando o tempo e rezando para fantasmas, os únicos itens a serem restaurados no Grande Hotel ? Como pode achar natural a sujeira e o abandono do prédio, tombado pelo IPHAN? Como pode achar natural que o Departamento de Patrimônio Histórico e Artístico de Goiânia desde a sua criação nada mais seja do que isso que foi descrito acima???

Não é natural. É descabido que as instituições que cuidam do Patrimônio Cultural de Goiânia sejam visto como cabide de emprego de apaniguados políticos, como no caso do MAG e largados a própria sorte como é o caso do Departamento de Patrimônio Histórico e Artístico.

Não é natural que a PREFEITURA DE GOIÂNIA seja despejada de um prédio histórico, conquistado a duras penas, por que não deu uso adequado ao espaço. Assim como também não é pertinente investir dois milhões de reais do Fundo de Apoio a Cultura no Cine Ouro (prédio de particular) e usar dinheiro da educação para bancar o aluguel de 13 mil ao mês.

Então se querem se indignar, colegas do Grande Hotel, que não seja para manter apenas o próprio status, mas com os desmandos e autoritarismos praticados cotidianamente pelos atuais gestores públicos da Cultura em Goiânia, amplamente denunciados na imprensa local. Indignem-se com os 2% de aumento parcelado em duas vezes. Desacomodem-se de suas cadeiras e lutem por um tratamento digno, por local de trabalho decente e no mínimo limpo, sem botecos, sem aviltamento, por orçamento anual para as instituições culturais, por dirigentes éticos e honestos.

Indignem-se pelo que efetivamente é indigno: os desmandos e arbitrariedades que permeiam as ações dos gestores públicos da cultura em Goiânia.

Ou acham que a falsa tranqüilidade que usufruem vai durar para sempre? Para onde iremos depois que vergonhosamente formos despejados do prédio? Quem será o próximo a ser ameaçado ou perseguido pela máfia?

Indignem-se como se indignou a Liana. Saia justa nada, é cidadania mesmo!

Assédio moral ? Denuncie!

sábado, junho 17, 2006

TRIBUTO A JÚLIO VILELA

JÚLIO VILELA, ator e diretor de teatro morreu em 17 de junho, aos 45 anos. Em Goiânia desde 1985, o paulista sempre foi a gentileza em pessoa, amoroso, comprometido e bem humorado. Esse era JÚLIO VILELA um artista e pessoa digna e que vivia indignado com o caos na cultura goianiense.

Para nós que ficamos, restará sempre uma enorme saudade e o compromisso de honrar sua mémoria.

Abaixo segue a reprodução do manifesto indignado dos fazedores de cultura de Goiânia, assinado pelo Júlio também.

"Data: 13/10/2005
De: Júlio Vilela
Assunto: Desrepeito à Cultura - isso é o que temos visto!!!!

Nós, fazedores de arte e cultura de Goiânia, vimos por meio deste repudiar, mais uma vez, denunciar os atos ilegais e autoritários da Secretaria Municipal de Cultura de Goiânia em afronta à Justiça e à sociedade goianiense.

Como integrantes de entidades representativas das categorias artísticas, não concordamos com a manobra mesquinha da Secretaria Municipal de Cultura, e, através da Federação de Teatro do Estado de Goiás, FETEG, entramos com um Mandado de Segurança na Justiça contra a Secretaria de Cultura, denunciando a ação perniciosa do Secretário Kleber Branquinho Adorno, que convocou de forma ilegal e obscura a 3ª Conferência Municipal de Cultura com o fim único de eleger seus apanigüados para o Conselho Municipal de Cultura.

O Conselho Municipal de Cultura, CMC, tem um papel importante nos rumos da atividade cultural do município e entre suas atribuições está a de fiscalizar as ações da Secretaria o que tem desagradado sobremaneira ao secretário.

A Justiça acolheu a denúncia e concedeu-nos liminar suspendendo a conferência ilegal. O secretário numa manobra rasteira desapareceu para não ser citado e ter que cumprir a sentença judicial, num flagrante desrespeito à Justiça e à sociedade. Realizou-se, apesar de sua ausência, uma conferência viciada, com tudo pré-determinado, como uma peça teatral de péssimo gosto.

Nesse processo de desmonte das conquistas das categorias artísticas de Goiânia e na sua sede de poder para dar consecução aos seus projetos escusos, o secretário forçou funcionários comissionados e, como não tem o apoio de nenhuma entidade artística e seus associados, convocou outras entidades tais como: Associação dos Magistrados do Estado de Goiás, Associação das pensionistas de Cabos e Soldados da Polícia e Bombeiros Militares de Goiás, Associação Goiana de Imprensa, Comitê Democrático (?), Centro Espírita Eurípides Barsanulfo, Associação dos Moradores do Morro do Mendanha e UniGoiás Anhanguera instituição onde o secretário é, ou era, pró-reitor.

Num flagrante desrespeito à sociedade e com total falta de bom senso, o secretário mobiliza pessoas e entidades totalmente alheias à cena cultural da cidade, colocando-as em um constrangimento desnecessário, na sua luta pelo poder total das ações da secretaria. Ele quer impedir a qualquer custo o olhar crítico da sociedade representada pelo Conselho Municipal de Cultura nas atividades da Secretaria.

Não somos e não podemos ser contra a participação dessas ou de qualquer outra entidade e pessoas nas questões do município, isso é exercício de cidadania. Somos contra a utilização da boa fé e ingenuidade de pessoas e entidades para deter o olhar crítico e fiscalizador da sociedade representada hoje pelo Conselho Municipal de Cultura.

Estamos trazendo essa denúncia à Justiça, aos meios de comunicação e à sociedade goianiense por entendermos que as velhas práticas oportunistas e autoritárias não cabem mais em nossa cidade. Goiânia não será mais palco para os desmandos de velhos coronéis da política e lembrem-se sempre: a cultura não tem dono. "

Ao Júlio saudades sempre...

Fotografia: Cristiano Borges - DM

terça-feira, junho 13, 2006

SEMINÁRIO CULTURA EM GOIÂNIA

Com o objetivo de provocar o debate sobre a produção das artes em Goiânia, a Câmara Municipal de Goiânia, juntamente com o Forum Permanente de Cultura e a Associação de Amigos do MAG—AAMAG promovem o seminário “CULTURA EM GOIÂNIA”.
Afinal, quem produz cultura em Goiânia? Como produz e para quem?
A obra pronta, a onde exibir?E se exibir, quais as condições dos espaços de exibição?
Fundos de Cultura? Leis de incentivo? Para quem ou para quê?
Políticas públicas para cultura
Quem protege o patrimônio cultural?
As interrogações são inúmeras e quem terá as respostas?
VOCÊ!
Você que faz artes em Goiânia!
Venha discutir cultura em Goiânia.



PROGRAMAÇÃO
19 de junho de 2006 – Segunda-feira

ABERTURA - 08:00 horas
Local: Auditório Jaime Câmara – Câmara Municipal de Goiânia

Mesa 1 – 08:50 horas
CULTURA E MUNICIPALIDADE

Debatedores:
SECULT -
AGEPEL -
ANCINE – Sandro di Lima
FORUM PERMANENTE DE CULTURA -

Coordenação: Vereador Djalma Araújo
Moderador: Gyannini Jácomo – Forum Permanente de Cultura


Mesa 2 – 10:00 horas

A PRODUÇÃO DAS ARTES EM GOIÂNIA

Debatedores:
Juca de Lima – Artes Visuais, Norval Berbari – Artes Cênicas,
Eládio Teles- Cinema e Vídeo, Luiz de Aquino – Literatura, Maneco Manacá – Circo, Claudin – Hip Hop, Du Oliveira – Musica, Divino Sobral – Curadoria, Levy Silvério – Programa Cultural da Católica, Prof. Edgar - FAV- UFG

Coordenação: Deolinda Taveira – AAMAG
Moderador: Ferraz – Forum Permanente de Cultura

Indicação de uma comissão para elaboração de documento.

DEBATE

INTERVALO PARA ALMOÇO: 12:30 às 13:45 horas

Mesa 3 – 14:00 horas

DEFESA DO PATRIMÔNIO CULTURAL

Debatedores:
IPHAN
MINISTÉRIO PÚBLICO
COMISSÃO DE CULTURA DA CÂMARA MUNICIPAL
DEP. DE PATRIMÔNIO HISTÓRICO MUNICIPAL
CONSELHO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E AMBIENTAL MUNICIPAL

Coordenação: Vereador Djalma Araújo
Moderador: Deolinda Taveira – AAMAG


Mesa 4 – 16:00 horas

O PAPEL DOS PARCEIROS E AMIGOS

Debatedores:
Marcus Fidelis – Teatro Zabriskie – Fundos de Cultura
Lei Goyases
Lei Municipal de apoio a Cultura
PRONAC – MINC – Roberto Lima
Norval Berbari– FETEG

Coordenação: Vereador Djalma Araújo
Moderador: Gyannini Jácomo – Forum Permanente de Cultura
DEBATE

VOTAÇÃO DO TEXTO DO DOCUMENTO

Exposição de artes visuais – 18:00 horas

INSCRIÇÕES
Câmara Municipal de Goiânia
Av. Goiás, 2001— Setor Norte Ferroviário— Goiânia — GO
74663-900
Tel: 55-62– 3524-4379
Email: seminarioculturagyn@yahoo.com.br

FICHA DE INSCRIÇÃO
Area de atuação:
Nome:
Endereço:

Tel:
E-mail:


REALIZAÇÃO:
CÂMARA MUNICIPAL DE GOIÂNIA – ASSOCIAÇÃO DE AMIGOS DO MAG – AAMAG – FORUM PERMANENTE DE CULTURA

sexta-feira, junho 09, 2006

PATRIMÔNIO ABANDONADO IV

Durante o mês de maio, os dois principais jornais diários de Goiânia publicaram reportagens sobre as condições que se encontra o que restou do acervo do escritor Bernardo Élis.

Estive no local a pedido da Izaura e do seu Lino e vi ali a imagem do desamparo cultural que vivemos. É a inversão dos valores, o cidadão que produz cultura torna-se um pedinte, enquanto o poder público utiliza-se dos recursos destinados ao fomento e ao apoio a cultura para atender interesses próprios e como podem ver nos trechos da matéria reproduzido abaixo, esses interesses não são exatamente os da sociedade.

"Estamos perdendo um tesouro


Acervo de Bernardo Élis que ficou em Goiás está se deteriorandoporque associação criada paracuidar do material não tem recursos para mantê-lo.

por Rogério Borges

“Aqui nunca houve interesse em se preservar esses documentos, alguns com mais de 50 anos.” Com essa frase, o escritor Bernardo Élis, um dos maiores expoentes da cultura de Goiás, justificou sua decisão de vender a maior parte de seu acervo pessoal para a Universidade de Campinas (Unicamp), em 1996. Ele temia que um verdadeiro tesouro que havia amealhado no decorrer da vida, que incluía originais de romances, edições raras, antigos dicionários, manuscritos e correspondência pessoal, acabasse caindo no esquecimento e se perdendo.

Ajuda “Nós precisamos de ajuda para manter a associação funcionando minimamente”, pede Izaura Maria Ribeiro Franco, presidente da ACBEPC. “Nós estamos em grandes dificuldades financeiras e está tudo parado. Isso não pode ficar assim. Essa casa precisa ser aberta a toda a sociedade.” A situação do local, de fato, inspira cuidados. Mesmo com uma reforma emergencial no telhado do imóvel, bancada pela viúva de Élis, o estado físico da casa não é dos melhores. Há muita poeira espalhada e a luminosidade não é a ideal para um espaço que abriga livros. O resultado é que vários volumes estão em péssimo estado, necessitando com urgência de um trabalho de restauração.

Negativas

A Agepel negou a demanda, devolvendo o projeto e afirmando que a maior parte das verbas disponíveis já havia sido destinada para a construção e o aparelhamento do conjunto de bibliotecas do Centro Cultural Oscar Niemeyer. AO POPULAR, Nasr Chaul, presidente da Agepel, explicou que não pode aplicar dinheiro público na compra de móveis ou no pagamento de salários para uma instituição privada, como é o caso da Associação Bernardo Élis. “Nós temos uma listagem de entidades que ajudamos com freqüência, mas a Associação Bernardo Élis não está entre elas”, informou.

O projeto apresentado à Secretaria Municipal de Cultura (Secult) é semelhante ao levado à Agepel. Por ele, o Centro Livre de Artes daria suporte pedagógico à iniciativa. “Num convênio como esse, um representante da instituição e um representante da secretaria definem em conjunto o cronograma de atividades para o espaço. Até agora, a Associação Bernardo Élis não indicou formalmente um nome para que esse planejamento seja feito”, justificou o titular da Secult, Kleber Adorno. Ele adiantou que a maior parte dos pedidos feitos pela entidade estão fora dos termos do convênio. “Tudo precisa ser discutido antes.”

¤ Associação Cultural Bernardo Élis dos Povos do Cerrado (ACBEPC) ¤ Rua C-237, nº 189, Jardim América, próximo ao Goiânia Shopping¤ Telefone: 55 62 3274-1384 "

A matéria completa pode ser lida no link
http://goiasnet.globo.com/cultura/cul_report.phtm?IDP=5890 . Fotografia de Diomício Gomes

E como nós é besta, mas se diverte ...

Goiânia, uma baita sexta-feira, sala da Comissão de Defesa do Consumidor e lá estávamos nós, Euterpe. Cecília, Mª Aparecida, Vânia Ferro e eu. Assunto?Ah, o seminário “Cultura em Goiânia”, nada haver com Defesa do Consumidor ou será que têm?

O seminário “Cultura em Goiânia” com data para 19 de junho acontecerá no auditório Jaime Câmara da Câmara Municipal de Goiânia, durante todo o dia. E tem como objetivo “juntar”, “unir”, as diversas áreas da produção cultural goianiense e produzir um manifesto cultural.

A cultura em Goiânia vive ao sabor de interesses que nem sempre são os daqueles que estão na produção cultural, mas dos gestores públicos que se colocam, equivocadamente na posição de “produtores” e esquecem ou desconhecem que o seu papel é de “apoiar”,” fomentar”, “estimular”. Então é isso que vamos discutir nesse seminário, quem produz, como produz, quem consome, quem apóia, parceiros, sociedade civil, poder público....

A realização desse seminário vem de encontro a discussões já acontecidas no Forum Permanente de Cultura, que se reúne todas as 3ª feiras, às 19 horas no Centro Cultural Martin Cererê, no Setor Sul, as atividades da Associação de Amigos do MAG - AAMAG e ainda, o anseio da categoria relacionada às artes visuais através da AGAV – Associação Goiana de Artes Visuais.

E voltando ao assunto, nós é besta mais se diverte, então, Euterpe e eu, saltitantes, atravessamos a avenida de fronte a Câmara Municipal para um passeio lúdico ao Araguaia Shopping. O passeio ao shopping tinha uma missão objetiva: pagamento de contas e visitar a exposição de fotografia da 3ª Mostra Multicultural Milton Santos da Adufg.

Mas, no caminho encontramos um carro da Prefeitura de Goiânia parado no fundo da antiga Estação Ferroviária e dois “Hercules” segurando um painel tamanho gigante encostado a platibanda. A curiosidade foi maior e não resistimos a tentação de realizar uma pequena investigação e soubemos que o painel havia sido derrubado pela ventania e que o prédio logo abrigaria a estação digital. E mais, davam conta de recente episódio de roubos no local.

A simples observação visual do local nos induzia a pensar que nada acontece no local. Deserto e solitário, exceto pelos dois “Hercules” e o seu painel gigante.

Mas andemos, lá vamos nós estrada a fora, imaginando as mil e uma utilidades da Estação Ferroviária de Goiânia para as artes visuais.

No Shopping decidimos efetuar o pagamento das contas, antes de qualquer gasto consumista e descobrimos que o caixa eletrônico da CEF, bem de frente a Lotérica não estava no seu estado normal. Aberto! A cada cartão que atendia um ruído assustador e um olhar desconfiado. E o correntista da CEF na verdade só precisava abrir a portinhola e recolher o seu dinheirinho e dos outros, direto na fonte. E a lotérica, essa tinha uma fila de quilômetros e como demoraram a atender!

E lá fomos nós, depois de vencida essa etapa, visitar a mostra de fotografias. Um espanto total!
Imagens maravilhosas e que não podíamos ver. A exposição organizada em uma área minúscula impossibilitava a visualização das imagens. E voltamos à discussão que nos deu combustível no percurso até ali: o amadorismo nas ações culturais.

Onde podíamos imaginar que iríamos nos deparar com os clics de Rosa Berardo completamente ocultos pelos expositores que deveriam exibi-los? E neste caso, com certeza faltou uma curadoria e montagem de exposição adequados ou qualificados.

Mas comparados a exposição de “arte” que o Grande Hotel anuncia como o supra sumo da cocada, a exposição de fotografia está perfeita!





No Grande Hotel, a exposição de pinturas é um escândalo. Os trabalhos foram pendurados perto de uns 40 cm do teto, no estilo torcicolo.

E abaixo disso, na linha do olhar do espectador, vemos além da parede cor de burro quando foge, buracos, tinta descascando e sujeira. Um espanto total.

E estou apenas comentando a montagem da “exposição”, e não o trabalho da artista, esse nem mesmo deu para ver.

E então? Onde andam as políticas públicas para cultura em Goiânia?

terça-feira, junho 06, 2006

PATRIMÔNIO ABANDONADO III

Complexo Chafariz
Caos na Praça Universitária
Vereador pede interdição em área por causa de abandono e ação de vândalos


06/06/2006 porPablo Hernandez - Da editoria de Cidades - DIÁRIO DA MANHÃ

O Complexo do Chafariz, localizado na Praça Universitária, pode ser interditado. O vereador Anselmo Pereira prestou uma queixa ontem no 9º DP, no Setor Universitário, pedindo a ação da Polícia Civil na abóbada do coreto da praça. O parlamentar argumenta que o local está abandonado e é ponto de ação de vândalos e usuários de drogas. “Se você entrar lá fica enojado, tem latas de merla pelo chão, camisinhas usadas e fezes”, conta.

Após o apelo à polícia, Anselmo entrará com representação no Ministério Público (MP) pedindo a interdição do local até que seja reformado, a segurança seja reforçada e o coreto tenha nova função cultural. Ainda ontem à tarde, o delegado Washington da Conceição, titular do 9º DP, informou que policiais fariam uma checagem nas instalações do coreto para verificar a denúncia.

Morador do Setor Universitário, o vereador se diz indignado com a atual situação da praça. A intenção, segundo ele, é criar projetos que dêem uma nova função cultural para a área do chafariz. “Criar um café, com exposições de artes plásticas e música”, opina.

De acordo com o secretário municipal de Cultura, Kléber Adorno, o principal problema enfrentado na Praça Universitária é o da segurança. “O vereador foi ao local certo, na polícia”, disse. Segundo ele, há cerca de um ano, a Praça Universitária ganhou iluminação nova e os jardins foram reformulados. “Inclusive tivemos que aumentar a altura dos postes porque os vândalos quebravam para poderem traficar à vontade”, conta.

Adorno afirma que a Biblioteca Municipal Marietta Telles Machado, localizada na Praça Universitária, também no complexo do Chafariz, funciona até as 22 horas e que apresentações musicais no local não seriam possíveis antes deste horário. “Além disso, mesmo que tivéssemos eventos culturais lá, eles não durariam a noite toda”, lembra

Para o secretário, o principal problema enfrentado na área é a falta de policiamento noturno. Segundo ele, é preciso um aumento na ronda policial em toda a Praça Universitária. “Aumentaria inclusive a segurança de pessoas que transitam por lá e hoje têm medo”, diz.

Policiamento – Após tomar conhecimento das denúncias, o comandante do policiamento do Setor Universitário, major Wesley Siqueira Borges, informou que na madrugada de hoje policiais militares já fariam um trabalho de segurança diretamente no local da abóboda do compelxo do Chafariz. Segundo ele, atualmente, o trabalho intensivo no interior da praça era feito apenas até as 23 horas. “Mas é possível fazermos a ronda no interior também pela madrugada, e vamos fazê-la.”

Ele não concorda com as críticas de que a praça seja um local sem segurança. De acordo com o major, o trabalho de segurança na praça é dividido em três períodos: manhã, tarde e noite.

Pela manhã são duas viaturas, cada uma com dois policiais, quatro motocicletas e seis policiais fazendo a ronda. À tarde, quando, segundo as estatísticas da polícia, o número de ocorrências é maior, o número de policiamento também é alterado. São 22 policiais fazendo a segurança exclusiva na praça. “De acordo com nossas estatísticas, desde que colocamos mais policiais à tarde na praça o número de ocorrências diminuiu 18%, das 13 horas às 18 horas."

Fonte:
http://www.dm.com.br/impresso.php?id=140073&edicao=6787&cck=3

Caos? Ou abandono da cultura em Goiânia? Uma saga do PMDB.

O abandono da cultura em Goiânia já se tornou caso de polícia e deveria ser investigado mais de perto pelo Ministério Público também.

Afinal o Complexo Chafariz, uma invenção recente, nada mais é que a Sala de Exposição do Palácio da Cultura, subordinada ao Museu de Arte de Goiânia. E para gerir esse espaço, "alguém" recebe uma gratificação paga pela Prefeitura de Goiânia. Entretanto, desde o começo desta administração o espaço está abandonado e sem uso apropriado.

O Museu de Arte de Goiânia é dirigido formalmente pela senhora Claudia Regina Ribeiro Rocha, bibliotecária da Universidade Federal de Goiás, esposa do vereador e ex- secretário municipal Ruy Rocha e que na verdade nunca "assumiu" a direção do espaço, só recebe a gratificação paga pela Prefeitura Municipal de Goiânia.

E quem se passa por "diretor" de fato do MAG é um tipo, no estilo cavaleiro da triste figura, um lambedor. E apenas em Goiânia a falsidade ideológica deixou de ser crime - passar-se por quem não é. Esse sim um caso de polícia em todos os sentidos.

As gratificações que a Prefeitura de Goiânia paga a ambos, dinheiro mal empregado para atender apaniguados políticos, e que gira em um valor mensal de R$3.500,00(três mil e quinhentos) daria para manter o Palácio da Cultura funcionando como um espaço de 1º mundo.

E chega a ser curiosa a fala do maior responsável pelo caos na cultura em Goiânia, o secretário municipal de cultura, e seria muito bom que o mesmo prestasse contas de onde anda o dinheiro da cultura. E especialmente, nesse caso, apresentasse as contas dos recursos investidos na Praça Universitária, pois a revitalização que afirma, nada mais é que uma figura de linguagem.

E enquanto isso ... na calada...dinheiro público vai sendo investido no falecido Cine Ouro (leia-se família RORIZ), o Grande Hotel está as traças, a Estação Cultura recem inaugurada fechada, o Palácio da Cultura - espaço destinado as artes visuais - sucateado e o Museu de Arte de Goiânia abrigo de apaniguados políticos.

E aqui nem precisamos lembrar a fraude da 3ª Conferência Municipal de Cultura. O saque do FAC...

Mas tem Prefeito que é cego mesmo!

segunda-feira, junho 05, 2006

PATRIMÔNIO ABANDONADO II

Patrimônio está abandonado
Situação do Lago das Rosas, um dos principais cartões-postais da Capital, em nada faz lembrar o ponto de encontro da sociedade goiana nos anos 40


por Luiz Felipe Fernandes
O que surgiu por vocação espontânea para ser um dos mais belos cartões-postais de Goiânia, abrigo da nascente do córrego Capim Puba, traço marcante de identidade cultural e ponto de encontro que unia classes sociais na década de 40 hoje não passa do retrato mal-emoldurado do esquecimento.Mais de meio século depois da fundação do então denominado Balneário Lago das Rosas, Izolk Alves Aguiar, 64, recorre à boa memória para relatar a primeira vez em que esteve no local. A descrição é minuciosa, como que a se basear na experiência adquirida com a projeção de películas no antigo Cine Ouro - ofício exercido durante 22 anos. Foi na tarde de uma quinta-feira, no dia 27 de setembro de 1959. Recém-chegado da cidade de Anhangüera, no interior do estado, Izolk foi com os primos que já moravam na capital conhecer o tão comentado lago.Do vislumbre à decepção, Izolk admite que os passeios no Lago das Rosas são cada vez mais raros. Hoje ele trabalha como motorista e caminha sob as sombras daquelas árvores apenas em seus curtos intervalos. O lamento vai do mato que toma conta dos passeios à sujeira da água, que outrora servia até para o banho. Também não passam em branco a falta de lixeiras, a cascata sem funcionamento e as calçadas estragadas que acabam tornando o caminho irregular.

Para ler a matéria http://www.tribunadoplanalto.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=978&mode=thread&order=0&thold=0

PATRIMÔNIO ABANDONADO I


Em ruínas, palácio que recebeu d. Pedro II
Imóvel no Rio tem pichação na fachada e está com piso destruído


por Roberta Pennafort

A fachada está pichada; o telhado, desfalcado; o piso, destruído. O atual estado do Palacete do Conde de Itamaraty, no Alto da Boa Vista, zona norte do Rio, em nada remete a seu passado luxuoso. A construção de 1854 foi projetada para ser residência de veraneio de uma rica família de comerciantes e teve entre seus freqüentadores d. Pedro II. Hoje, apesar de o imóvel ser protegido pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), o que se vê é sujeira e entulho por todo lado.A imponente construção em estilo neoclássico leva a assinatura de José Maria Jacintho Rebelo, arquiteto responsável por parte dos projetos do Palácio do Itamaraty, onde funciona o Ministério das Relações Exteriores, e do Palácio Guanabara, então Paço Isabel, atualmente sede do governo. Ele ainda executou a obra do Palácio Imperial, onde fica o Museu Imperial, em Petrópolis.
Para ler o texto completo use o link abaixo:
http://txt.estado.com.br/editorias/2006/06/05/cid-1.93.3.20060605.11.1.xml