terça-feira, novembro 28, 2006

Vândalos invadem igreja e destroem imagens sacras

Gostaria de entender por que a polícia ainda não procurou os jovens entre os frequentadores do templo evangélico mais proxímo.

O Brasil através dos inúmeros adptos das seitas evangélicas - com todo respeito aos verdadeiros cristãos evangélicos - importa as guerras fraticidas. Imagine um lugar chamado Patos, no Sertão da Paraíba, onde de modo recorrente igrejas são atacadas na calada da noite, a troco de quê?

Em breve, se não houver um controle de seitas, que visam primordialmente enganar o fiel, que por sua vez, desesperado pela sua situação de cidadão largado, acreditam em tudo, e participam de todo tipo de tripudiação sobre o nome de Deus em vão.

Alguma ordem é necessária nesse caos que aponta para conflitos maiores. Hoje são as esculturas religiosas e amanhã?

Leiam a matéria publicada no site do TERRA.

Terça, 28 de novembro de 2006, 09h00

por Michelle Sousa Direto de João Pessoa

A Igreja de Nossa Senhora de Fátima, no município de Patos, no Sertão da Paraíba, foi invadida por vândalos que quebraram várias imagens sacras na madrugada da segunda-feira.

Os invasores entraram no local após arrombarem uma porta lateral. Além da destruição das imagens, o altar e alguns móveis foram derrubados.

O pároco da comunidade, padre Fábio de Abreu Lima, estava na casa paroquial ao lado da igreja. Ele contou que foi acordado pelo disparo do alarme de segurança do templo religioso. Junto com outros vizinhos, foi até o templo e encontrou a porta lateral arrombada.

Padre Fábio aguardou a chegada da Polícia Militar para entrar na igreja. No interior, encontraram as imagens do Cristo Crucificado, do Sagrado Coração de Jesus, da Mãe Rainha, de Nossa Senhora de Fátima e de dois anjos destruídas. O altar e móveis estavam derrubados. Mas ninguém foi encontrado.

Pelos estragos, a polícia acredita que o alarme deve ter disparado algum tempo depois dos invasores estarem dentro do templo religioso.

Esse foi o segundo ataque de vândalos a imagens sacras na Paraíba. No último dia 15, duas bombas caseiras foram detonadas junto a Nossa Senhora de Fátima que fica em frente da igreja do bairro do Miramar, em João Pessoa, Capital da Paraíba.

Testemunhas disseram que os artefatos foram colocados por dois jovens que fugiram em seguida. A imagem da santa teve as duas mãos arrancadas e a cabeça danificada, mas já está sendo restaurada.
fonte: Redação Terra

segunda-feira, novembro 27, 2006

MUSEU DE IMAGEM E DO SOM - GO

Sob a direção da jornalista e especialista em museologia Tânia Mendonça o MIS- GO apresenta um belo trabalho de conservação do acervo e de busca permanente de parcerias. Estão de parabéns!
E vejam o que andam urdindo por lá:
Maestro Anselmo Guerra analisa o Acervo Fonográfico do MIS/Agepel e defende parcerias entre o Museu e as instituições de ensino.
As coleções de discos do Acervo Fonográfico do MIS/Agepel poderão ser objetos de estudo e produção musical de compositores e estudantes a partir de 2007. As parceiras entre as instituições de ensino e o Museu da Imagem e do Som de Goiás são temas da terceira parte do documentário que vai ser exibido neste sábado, 25, pela TV Brasil Central, às 12:45 horas e no domingo, 26, pela TV Serra Dourada às 10:00 horas.
O documentário apresenta a análise do maestro Anselmo Guerra, mestre em composição e regência e coordenador de Pós-Graduação em Música da Universidade Federal de Goiás e faz parte da série de vídeos sobre o Projeto de preservação e disponibilização do Acervo Fonográfico que está sendo executado pelo Museu com o patrocínio da Petrobrás, através da Lei Rouanet do Ministério da Cultura. Na semana passada, a análise do acervo foi feita pela musicista Maria Augusta Callado. Além dos dois especialistas, compositores goianos, estudantes de música e representantes da comunidade integrarão os roteiros dos próximos documentários da série prevista para ser exibida até fevereiro de 2007 na programação cultural de sábado da TV Brasil Central e aos domingos na TV Serra Dourada, no programa Trilhas do Brasil.
A primeira etapa do Projeto de preservação do Acervo Fonográfico foi realizada de abril a agosto deste ano com a compra de equipamentos de informática, mobiliário, conjunto de estantes para guarda de 50 mil registros e embalagens para acondicionamento. O Projeto possibilitou também a instalação de laboratório, a montagem da reserva técnica e a contratação de especialistas para as ações de higienização e de catalogação informatizada. A terceira etapa, prevista para terminar em fevereiro de 2007, prevê a conclusão do Banco de Dados e a sua disponibilização para pesquisadores e usuários.

O Projeto do Museu da Imagem e do Som de Goiás foi aprovado pelo Programa Petrobras Cultural, seleção 2005 com recurso total de R$ 298 mil. O MIS foi uma das únicas instituições goianas selecionadas, de um total de mais de três mil inscritos de todo o País. O trabalho de musealização do Acervo é coordenado pela especialista em Museologia e diretora do MIS, Tânia Mendonça e executado pelos profissionais em conservação e catalogação de acervos, Vitória Bandeira, Keith Tito e Guilherme Talarico.

O Acervo Fonográfico
O Acervo Fonográfico do MIS é um dos únicos locais de guarda de depoimentos sonoros e de títulos musicais do Estado de Goiás, contendo um total aproximado de 34 mil registros. Começou a ser constituído em 1988 - data da criação do Museu –, através da doação de discos e de fitas cassete e da produção de depoimentos históricos de pioneiros, artistas, escritores, além de personalidades da história política de Goiás. No ano passado, o Museu recebeu toda a coleção de discos da Rádio Brasil Central, num total de 29 mil registros, das mais variadas temáticas musicais brasileiras e estrangeiras. O acervo encontrava-se em condições precárias de acondicionamento e de catalogação.

Além do apoio da Petrobrás, o Museu da Imagem e do Som foi beneficiado este ano com outros patrocínios significativos: da Fundação Vitae, para a revitalização de seis álbuns das coleções do Acervo Fotográfico (o projeto de preservação e restauração começou em 2005 e terminou em janeiro deste ano). Outro patrocínio foi do Departamento de Museus do Iphan/Minc que permitiu a compra de aparelhos de climatização e de monitoramento ambiental.
Fonte: Tânia Mendonça - Diretora do MIS

SISTEMA BRASILEIRO DE MUSEUS


O MINC informa o lançamento nesta quarta-feira, dia 29 de novembro, às 18h, do Portal do Sistema Brasileiro de Museus (SBM) (www.museus.gov.br).

Segundo o DEMU o Site do SBM funcionará como uma rede ampla e diversificada de parceiros, que contribuirá para a comunicação entre os museus, sistemas e redes locais, escolas, universidades e entidades que atuam no campo museológico. O Portal abrigará o Cadastro Nacional de Museus, os relatórios do Observatório de Museus, as legislações da área, informações sobre eventos e oficinas, dentre outros assuntos de interesse do setor.

Instituído pelo Decreto nº 5.264/2004, o SBM tem como objetivo melhorar a organização, gestão e desenvolvimento dos museus e dos processos museológicos do país, bem como valorizar saberes e fazeres específicos do campo museal.

Na ocasião, também será comemorado o lançamento do livro Há uma gota de sangue em cada museu, de Mário Chagas, professor, poeta, sociólogo, museólogo e coordenador técnico do Demu/Iphan.

A obra trata de questões referentes às propostas e pensamentos museológicos de Mário de Andrade, aliadas ao entendimento de que a gota de sangue é gota de humanidade e sinal de historicidade presente nos museus.

Lançado pela editora Argos, o livro pode ser adquirido no seguinte endereço eletrônico: www.unochapeco.edu.br/argos.

Fonte: DEMU - http://www.cultura.gov.br/noticias/noticias_do_minc/index.php?p=21136&more=1&c=1&pb=1

Um dos grandes acertos do Governo Lula é a gestão do MINC e em especial a criação do DEMU. O DEMU é um departamento do IPHAN e vem desenvolvendo um trabalho de dignificação dos museus nacionais.

O governador de Goiás em seu plano de governo para a cultura em Goiás, apontou como meta a criação do Sistema Estadual de Museus. O que significa um grande passo a frente na preservação do patrimônio cultural de Goiás.

Lamenta-se entretanto, permanentemente, os desmandos que assolam o Museu de Arte de Goiânia, instituição que até o advento do arbítrio era parte ativa das discussões do SBM e do Sistema Nacional de Cultura.

domingo, novembro 26, 2006

PARABÉNS ANDRÉ!


Grande dia, hem, André? Parabéns!
Para as pessoas que não conhecem ainda, vale a pena conhecer, esse moço pernambucano, que só conseguiu uma cor bronzeada (bronze tomate maduro) nas terras de Porangatu!

Parabéns prá você ... nessa data querida... muitos anos de vida... parabéns pr você!!!!

Essa fotinha é para fazer inveja ao povo do CECI e ao Miguelito!

Grande beijo daqui das terras de Goiás!

sexta-feira, novembro 17, 2006

Projeto de Lei é apresentado no Congresso Nacional

No momento em que a Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados apresenta um projeto de Lei que institui o Estatuto dos Museus, a preocupação de muitos servidores do Museu de Arte de Goiânia é com a casa de mãe Joana que virou o espaço.

Durante a semana as salas de exposição são usadas para aulas do Centro Livre de Artes e nos finais de semana, para grupos de teatros. Dizem que estão "autorizados" pelo diretor. Quer dizer um deles, por que agora o MAG já tem mais uma diretora.

Tantos diretores e o MAG não sai do buraco que se enfiou nessa gestão - um misto de casa de mãe Joana com jogado as traças.

Sabem o que é legal? Depois desse post a SECULT providenciará rapidamente uma programação, fajuta, para aparecer na imprensa. Êi, nem sou da imprensa gente. Só sou cidadã desse país!

17.11.06
A falta de regulamentação e critérios na gestão e nas práticas do setor museológico está com os dias contados

No último dia 14 de novembro, a Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados apresentou o Projeto de Lei de nº 7568/2006, que institui o Estatuto dos Museus. Amplamente debatido no Comitê Gestor do Sistema Brasileiro de Museus (SBM) e entre a comunidade museológica brasileira, o Estatuto tem por finalidade regulamentar o setor museológico no país.

Dentre as diretrizes do Estatuto destacam-se as que dispõem sobre segurança, preservação, conservação e restauração dos bens culturais; o dever do Poder Público no estabelecimento de mecanismos de fomento e incentivo ao setor; a definição do instituto de musealização; as diretrizes para criação, fusão e extinção dos museus; e a caracterização de museus públicos.

O Estatuto também chama a atenção para o investimento nos campos de estudo e pesquisa na área de museus e para o dever das instituições passarem a elaborar um Plano Museológico, com diagnóstico participativo, identificação dos espaços e conjuntos patrimoniais e identificação dos públicos.“Esta é uma conquista do setor museológico que foi debatida democraticamente e que vem para modernizar a gestão e os processos de preservação dos acervos de museus brasileiros”, ressalta o diretor do Departamento de Museus e Centros Culturais do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Demu/Iphan), José do Nascimento Júnior.

Para Adolfo Samyn, presidente da Associação Brasileira de Museologia (ABM), a contribuição de diversas pessoas e entidades reflete a realidade da diversidade museológica brasileira. “O Estatuto é capaz de atender essa diversidade porque abrange os museus pequenos, os museus comunitários e ecomuseus, ou seja, abarca novas composições museológicas de uma forma amplamente democrática.”

O presidente do Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Museus (ICOM), Carlos Roberto Brandão, por sua vez, afirma que “o Estatuto é um processo extremamente rico devido às inúmeras contribuições recebidas e atende às necessidades da área museológica, que vem se expandindo cada vez mais no Brasil”.

Já a diretora do Sistema Estadual de Museus do Rio Grande do Sul, Simone Flores, ressalta: “O Estatuto é resultado da ação eficaz do trabalho do Sistema Brasileiro de Museus e a regulamentação possibilitará não só a organização, mas também um avanço técnico e profissional do setor museológico”.

Também tramita na Câmara dos Deputados a PEC 575/2006, que prevê condições para a Preservação do Patrimônio Museológico Brasileiro.

Outras informações: (61) 3414-6234 ou demu@iphan.gov.br.

Fonte: MinC

Porangatu: Planejamento e Patrimônio Cultural

Aconteceu entre os dias 14 e 15 de novembro o seminário "Porangatu: planejamento e patrimônio cultural". Uma realização da AGEPEL e da Prefeitura de Porangatu, o seminário contou com o apoio da Câmara Municipal de Porangatu que transmitiu ao vivo via web.

Na Universidade do Tocantins, o professor Napoleão reuniu sua turma de alunos e assistiram juntos, segundo informe do professor Kopanakis.

O evento teve como objetivo ampliar as discussões sobre o plano diretor da cidade e o patrimônio cultural. Assim que me recuperar da viagem coloco no blog as imagens e os principais itens de discussão.

Lula, nosso presidente olhai para BR-153, lá tem cada buraco sem fundo!

A pouco recebi um mail muito estranho, muito embora confesse que me envaideci, afinal não é todo dia que somos chamados de “agitadores culturais”(o poeta e escritor Luiz de Aquino e eu). O único porém, deprimente por sinal é que aprendiz de Zé do Caixão, que assim nos qualificou não estava elogiando, mas representando o seu papel de ”agraciado” pela política de balcão da SECULT.

Como dizem os mais antigos, nem sempre sábios, mas neste caso com muita sabedoria, “Diga-me com quem andas e te direi quem és.” E acrescentaria, “quem se vende nada mais será que mercadoria de 1.99 para quem compra”, ou seja, lixo.

Sabedoria globalizada dos agitadores culturais.

quinta-feira, novembro 09, 2006

QUALQUER SEMELHANÇA É APENAS MERA COINCIDÊNCIA

Ao ler o texto "O dia seguinte" de Pedro Doria analisando o perfil de Donald Henry Rumsfeld, ex secretário de defesa do presidente George W. Busch me ocorreu, que qualquer semelhança com o secretário de cultura de Goiânia é mera coincidência.

Lá o Bush, um predador de primeiro mundo, não viu problemas em aceitar feliz da vida a demissão do secretário. Aqui, a onda de boataria dá conta que a despeito de todo tipo de denúncia na justiça comum e no MP, o titular da SECULT está entre os que o Prefeito considera excelente, ao lado do secretário de saúde - caos total - e da Educação - aquela que substituiu os arte educadores por pedagogos.

"O dia seguinte"
por Pedro Doria

"Donald Henry Rumsfeld, 74 anos, talvez o mais desastroso secretário de Defesa que os EUA tiveram em muito tempo, acaba de se demitir – e o presidente George W. Bush aceitou.

Com a eleição ontem que garantiu aos democratas a maioria na Câmara e, provavelmente, no Senado, o secretário preferiu deixar o cargo. Não quer se expor a pesados interrogatórios no Congresso.

Robert Michael Gates, ex-diretor da CIA com 26 anos de experiência na Agência, foi indicado por Bush para sucedê-lo. Mas carece de aprovação do Senado.

A história de Rummy é cheia de casos de incompetência.

Enquanto os EUA ainda pressionavam a ONU pela invasão do Iraque, Rumsfeld convocou ao Pentágono o general da reserva Jay Garner. Garner teria a responsabilidade de comandar o Iraque após a queda do regime de Saddam. No cargo, passou a mão no telefone para contatar especialistas dos outros ministérios – quem tinha experiência para pôr um sistema de esgoto de pé muito rápido? Quem teria este tipo de experiência com sistema elétrico? Queria os melhores e mais experientes.

Quando embarcou para o Iraque com a guerra em curso, Garner já tinha praticamente caído por bater de frente com o homem que o tinha contratado. Rumsfeld queria apenas gente da Secretaria de Defesa, gente sua, ocupando os ministérios provisórios. Não queria dividir o trabalho com ninguém mais.

Garner foi substituído no Iraque por L. Paul Bremer III, um diplomata que estava disposto a encarar o país recém-invadido seguindo explicitamente as ordens de Donald Rumsfeld. Ou seja: todos ligados ao Partido Baath de Saddam até o quarto nível hierárquico da administração estavam demitidos e considerados imediatamente sob suspeita. Garner pretendia demitir apenas o primeiro nível de poder – ministros. Bremer também demitiu todo o exército iraquiano. Garner estava negociando para reiniciar o pagamento das forças armadas e usar os homens nas obras de reconstrução.

Com os dois gestos patrocinados por Rumsfeld, de uma hora para a outra, todos com compreensão da administração iraquiana, com contatos nas elites do país, com acesso ao dinheiro do governo, foram marginalizados. Ao mesmo tempo, mais de três mil soldados e oficiais militares, com treinamento, acesso a armas e a arsenal, estavam desempregados. Foi a fórmula para a insurgência de hoje – a mesma insurgência prevista por Garner para Rumsfeld.

O secretário de Defesa mentiu para seus subordinados por incontáveis vezes, não repassou a seus pares – da então conselheira de Segurança Condoleezza Rice ao ex-secretário de Estado Colin Powell – informação importante e delicada. Sua insistência de enviar uma quantidade menor de soldados para a guerra e, principalmente, para o pós-guerra, sempre irritou a chefia militar. Seu hábito de fingir que o general Richard Meyers, chefe do Estado Maior e mais graduado oficial da ativa, não existia só piorava as coisas.

Rummy tinha por hábito nomear para cargos altos militares de baixa patente, invertendo a hierarquia e provocando situações em que generais de três estrelas eram reprimidos por generais recém nomeados.

Não fosse a maioria estupenda com a qual contava o Partido Republicano, Rumsfeld sofreria em qualquer dos depoimentos rotineiros perante o Congresso. Mas a máquina de bloqueio de perguntas desagradáveis do governo sempre funcionou.

State of denial – Estado de negação – terceiro livro do jornalista Bob Woodward a respeito dos governos de George W., tem Rumsfeld como personagem principal. Nele aparece um secretário incapaz de ouvir quem discorde dele, insensível para conselheiros militares e convicto de que estava revolucionando diplomacia e o modo de fazer guerra. Rumsfeld era um autoritário solto com uma missão.

Agora caiu, demitido."

quinta-feira, novembro 02, 2006

Vixi! E agora?

A policia costuma afirmar que o bandido sempre volta ao local do crime e faz disso uma certeza, tanto que recentemente prendeu um rapaz apenas por que usava roupas e tênis parecidos com os de bandidos que assaltaram um posto de gasolina.

É claro que um perito analisando as imagens do vídeo de segurança assegurou que um não era o outro, libertando o jovem da prisão injusta.

Mas vejam o que acontece em Goiânia no FESTCINE:
2005 a primeira edição.

Ao ser lançado oficialmente pela SECULT , em junho de 2005 e com ampla divulgação na imprensa, o Festival de Cinema de Goiânia, não possuía dotação orçamentária ou quaisquer destinações financeiras para realização do mesmo. O poder público não pode afirmar que vai fazer sem dizer de onde virão os recursos para isso.

A despeito do lançamento oficial em junho, vários serviços foram contratos informalmente e realizados, como é ocaso da equipe de produção que foi contratada informalmente desde abril de 2005. Vejam noticia divulgada no site da Prefeitura de Goiânia.

http://www.goiania.go.gov.br/sistemas/snger/asp/snger01000r1.asp?DtNoticia=22/06/2005&HrNoticia=10:50

Através do Edital nº 02/2005 publicado no DOM nº 3657/2005, de 15/06/2005 nas páginas 25 a 28, sem data da assinatura foi lançado um Concurso público de apoio a produção de obras audiovisuais de curta metragem em vídeo do gênero ficção.

Posteriormente, em 16 de agosto de 2005 foi publicado no DOM 3.701 a relação dos vencedores e homologado o concurso Nº 02/2005; no dia 17/08/05 foi publicado no DOM Nº 3.702/05 o extrato dos processos e respectivos de contrato entre as partes – Prefeitura e fomentado – para o recebimento de R$30.000,00 cada um.

E só então, no dia 17 de agosto de 2005 o Secretário de Cultura Kleber Adorno faz publicar no Dário Oficial do Município Nº 3702, a Portaria Nº 0017/2005 na qual determina que no “uso de suas atribuições legais, que lhe confere a Lei Municipal de Incentivo à Cultura n° 7.957, de 06 de janeiro de 2000, alterada pela Lei n° 8.146, de 27 de dezembro de 2002, e regulamentada pelo Decreto n° 973, de 01 de abril de 2003, alterado pelo Decreto N° 2040, de 15 de junho de 2005,” aprovar o Projeto do Poder Executivo Municipal, intitulado I FESTIVAL DE CINEMA BRASILEIRO DE GOIÂNIA - FESTCINE GOIÂNIA, a ser executado com recursos oriundos do Fundo de Apoio a Cultura - FAC, de acordo com a Dotação Orçamentária 2005.2050.13.392.0018.2.024 e Rubrica N° 3350430021, e normatizado pelo Edital N° 02/2005.

Atenção leitores, os recursos do FAC, de acordo com a Lei deveriam ser aplicados mediantes projetos avaliados pelo Conselho Municipal de Cultura. Como foi possível então lançar o Edital para apoio à produção audiovisual sem o projeto aprovado ou pelo menos analisado no seu mérito pelos Conselheiros de Cultura?

A Portaria Nº 0017/2005 é a prova de que o Decreto Nº 973/2003 foi alterado com o objetivo explícito de atender as necessidades do Executivo de utilizar a totalidade dos recursos destinados ao fomento de projetos da sociedade, em um projeto próprio, no caso I FESTIVAL DE CINEMA BRASILEIRO DE GOIÂNIA – FESTCINE GOIANIA. Destinando assim, todos os recursos do FAC para um único evento, na área de cinema e audiovisual, em detrimento de todas as outras previstas na Lei 8.146/2002.

Após ordenar os “arranjos” administrativos, para dar aspecto de legalidade, a Prefeitura de Goiânia, a pedido do secretário de cultura, realiza no dia 05/09/05 um pregão presencial, para atender as necessidades da SECULT de contratação de uma empresa com “estrutura completa” para realização do FESTCINE.

No pregão presencial Nº 100/05 na modalidade menor preço, ocorrido no dia 05/09/05 e que tinha como objetivo “Contratação de empresa especializada com estrutura completa, para a realização de eventos (Festival de Cinema Brasileiro de Goiânia), conforme especificações do edital e seus Anexos I e II, visando atender as necessidades da Secretaria Municipal de Cultura.”, apresentaram-se duas empresas concorrentes: EMPRESA DE CINEMA MAJESTIC LTDA cujo o nome de fantasia é CINE LUMIÉRE e a ETNIA PRODUÇÕES CINEMATOGRÁFICAS LTDA.

A estrutura completa exigida no processo licitátorio envolvia as salas de cinema e toda a produção do FESTCINE, isso significou na prática, que a empresa vencedora, obrigatoriamente, por um “acordo de cavalheiros”, deveria contratar todos aqueles que já estavam trabalhando, como citado anteriormente, desde abril de 2005 na produção do festival.

E ainda, considerando apenas as declarações do secretário de cultura por ocasião do lançamento oficial do FESTCINE, em 22 de junho, de que o evento aconteceria no “CINE LUMIÉRE”, conclui-se qyue a empresa que “necessitava” ganhar a licitação realizada três meses depois(05/09/05), era a EMPRESA DE CINEMA MAJESTIC LTDA, nome de fantasia “CINE LUMIÉRE”. Coincidência ou premonição?

O Cine Lumiére(Empresa de Cinema Majestic Ltda) em 22 de junho de 2005 foi anunciado à imprensa, oficialmente, pelo secretário de cultura, como sede do FESTCINE. Nota-se, entretanto, que apenas e tão somente em 05/09/05 ocorreu a licitação dos serviços e a homologação da contratação, em 12/09/05 através do Despacho Nº 0216/2005- GAB do secretário de cultura e publicado no DOM Nº 3720 de 15/09/05.

Em 15/02/06 no DOM Nº 3.824 é dado publicidade, a posteriori, da Portaria 0027/2005, datada de 03/11/05. É nessa portaria que se constitui a Comissão de Seleção do I FESTCINE. E no mesmo número do Diário Oficial do Município faz-se publicar o Edital Nº 05/2005 de 19/09/05 que estabelece o Concurso 1º FESTCINE GOIÂNIA para acontecer no Cinema Lumiére. Evidencia-se a necessidade de dar publicidade oficial a eventos já ocorridos, para garantir administrativamente a “arrumação” de situações irregulares.

2006 - Segunda edição.
No dia 02 de novembro é publicado na imprensa local a notícia do recebimento de denúncia pelo Ministério Público contra a SECULT e o Edital do FESTCINE.

Leiam "o retorno".

“Edital do 2º Festcine causa polêmica

Representantes da Associação Goiana de Cinema e Vídeo estão contestando o teor do edital de licitação, lançado pela Secretaria Municipal de Cultura de Goiânia (Secult), para a contratação de empresas, locais e profissionais que vão prestar serviços durante o 2º Festival de Cinema de Goiânia (Festcine).

O leilão público para a definição dos vencedores foi realizado ontem, às 9 da manhã. Segundo a Comissão de Licitação da Prefeitura de Goiânia, o procedimento transcorreu normalmente. Duas empresas apresentaram propostas no pregão presencial. Os lances estão agora em fase de análise e julgamento.

De acordo com Eládio Garcia Teles, presidente da associação, há no edital cerca de dez itens passíveis de contestação. “Esta licitação está viciada”, acusa. Entre os pontos discutidos estão o fato de o edital requerer a formação da Comissão Consultiva para Elaboração e Produção do Festival, da Comissão Goiana de Seleção dos Roteiros de Curtas e da Comissão Goiana de Seleção da Mostra Competitiva em Longa Metragem.

“Todos estes grupos já estão formados e trabalhando, como a própria imprensa noticiou. Os concorrentes já foram até anunciados”, reclama Eládio. A denúncia contesta ainda a ocupação dos cargos de coordenador do júri do festival, de coordenador de produção, de coordenador do tráfego de filmes, de consultor nacional na área de cinema e de produtor executivo, além da função de assessoria de imprensa do evento.

Eládio e o cineasta Wilmar Ferraz, também membro da associação, afirmam que todos essas incumbências, que constam no processo licitatório, já estariam sendo desempenhadas por pessoas nomeadas pela Secult, órgão responsável pela promoção do festival. Na tarde de segunda-feira, Wilmar Ferraz protocolou uma denúncia junto à Promotoria de Defesa do Patrimônio do Ministério Público de Goiás pedindo a suspensão da licitação.

Justificativa
O promotor Humberto Machado prometeu citar, em regime de urgência, a Secult para que o órgão preste os esclarecimentos sobre o caso. Kleber Adorno, titular da secretaria, disse ao POPULAR que vai esperar a manifestação do MP e que está pronto para prestar as justificativas.

Ele adiantou que não há nada de irregular no processo licitatório. “Não éramos obrigados a fazer essa licitação, já que trata-se de um evento da prefeitura e os custos dos itens mencionados na denúncia não superam o valor de R$ 8 mil. Só acima desse gasto seria necessária a licitação”, esclarece. “Nós montamos o processo de licitação justamente para dar mais transparência.”

Sobre as etapas já cumpridas na organização do Festcine e que constam do edital, o secretário afirma que cabe a ele homologar ou não as propostas recebidas no pregão de ontem. “Eu posso não contratar o serviço para alguns itens e não vou contratar empresas para realizarem um trabalho que já foi feito. Os itens citados na denúncia não serão contratados.”

Kleber admitiu que o processo licitatório sofreu atrasos, o que obrigou a Secult a realizar alguns procedimentos na realização do festival antes de o edital de licitação estar pronto.

“O Eládio não me procurou para debater este assunto. Se tivesse procurado, eu teria explicado tudo diretamente a ele”, alega.

Fonte: jornal O POPULAR - 02 de novembro de 2006 – Caderno Magazine”

Vixi! Agora o bicho vai pegar, ou não,Prefeito?

UM ANO

No dia 19 de setembro o blog completou um ano de vida. Nasceu para discutir as questões da cultura e do patrimônio cultural, somando-se a outras vozes que exigem políticas públicas, ética e probidade, para a cultura em Goiânia.

Os sinceros agradecimentos as pessoas que nos prestigiaram durante todo esse ano e também à aquelas que tentaram nos silenciar.

A saudade permanente do amigo Júlio Vilela.


Beijos no coração e obrigada.











Foto:DM - Cristiano Borges