sábado, fevereiro 23, 2008

Ei, MÃE ! O SINAL ESTÁ VERMELHO!




Na 4ª feira, minha mãe, que está às vésperas de completar 82 primaveras - para ela sempre é primavera, vai ter fôlego e disposição assim lá em Portugal – teve um siricutico (se ler isso vai querer me bater de vara) e acabamos na emergência de um hospital na 5ª feira pela manhã. Duas horas no soro, remedinho para cá e para lá, pressão controlada e claro, indicação para irmos ao cardiologista, afinal, idoso, e no caso dela quase centenária, tem que ter um problema básico nas coronárias.


Às vezes me pergunto se ela tem os órgãos como todo mundo têm, tal a saúde e disposição. É tanta disposição que sendo diabética arrematou um lanchinho singelo, com um lindo e saboroso pé-de-moleque, origem de toda a confusão e idas e vindas à emergência do hospital.


Mas sabe como é, pessoas assim a gente fica preocupada quando perde o prazer no exercício que mais gosta: levantamento de garfo.


Na 6ªfeira lá fomos nós para o medico do diabetes, o médico do coração e nada de ninguém atentar para o efeito amendoim em uma boquinha nervosa e quase centenária, mas, preocupada exatamente por que reclamou de falta de apetite, apelei para a farmácia no sábado e o meu médico predileto, o jovem que atende no balcão (calma gente, o moço é farmacêutico formado!).


Moço, pedi, me veja ai uma daquelas bombas para bebum e comedor de pururuca! Rapidamente sacou da prateleira umas gororobas amargas e efervercentes, baratinhas até, mas que efeito!


Munida da bomba salvadora, cheguei à casa de minha mãe e preparei, confesso que já tomei e sei o gosto terrível dos amargos com o efervercente sabor abacaxi, é de chorar. A vizinha e amiga, também quase centenária, já havia corrido para preparar uma sopa estilo levanta defunto da vovó, o cheiro era de dar água na boca e a Elza, mandou tudo isso para dentro. Elza é o nome da minha mãe. O pai dela dizia que toda Elza era sapeca e olha que ele tinha mania de só colocar nome nos filhos com no máximo seis letras, com tantos filhos, vai ver que era mais fácil lembrar se fossem nomes curtos.


Mas voltando aos acontecimentos do sábado, apesar do efeito bomba e da sopa, lá fomos nós para emergência de novo, apenas por precaução, sabe como é, médico de verdade sempre é bom ser consultado nem que seja para confirmar no nosso diagnóstico. Infelizmente, ao que parece toda a cidade teve a mesma idéia, e lá ficamos nós no corredor a espera de atendimento, o tempo passando e nada, toca o celular, atendo e informo, Dona Elza é a sua nora. E ela, ansiosa pergunta, eles já estão vindo? Ah, sim, eles significa meu único irmão, mulher e filhos. Respondo que não, informo que só virão amanhã. Desligo o celular e começo a pensar no que vou fazer ali em pé no corredor, pois pelo visto, ainda íamos esperar muito. E dou uma olhada de rabo de olho e me dou conta que ela abriu o berreiro.




O maior stress, o medico não atende, o filho não vem, se sente a última das velhinhas da face da terra.


Pensei, tô lascada! Todo mundo olhando para minha cara, filha desnaturada! Ah, não tive dúvida, preciso salvar o meu sábado - lá se ia dando quase meio dia – é hoje! Abriu a porta do consultório, estufei o peito ou seria empinei as tetas? Sei lá, não vem ao caso, apelei, Doutor, dá para atender a minha mãe de 82 anos?



Acreditam que o gaiato virou e falou, sim, claro, idoso tem prioridade é só negociar com os outros que estão esperando!


Ai finquei os pés no chão e empinei a carroça: negociar nada, o senhor atende ela é agora e fui entrando, me achando!


Atendeu sim, finalmente concluiu que o caso, mais que coração era o efeito amendoim e claro me pagou o maior sapo por causa da bomba e da sopinha básica. E de quebra se despediu me chamando de "doutora". Acho que ficou magoado e me acusou de exercício ilegal da profissão.


Enfim, a Elza está lá na casa dela toda faceira, ainda derrubada, afinal dieta é um coisa danada de se fazer.


Mas o que queria contar mesmo foi da sexta-feira à tarde. Vocês acreditam que eu, no meio dessa confusão familiar toda, mesmo com atestado, resolvi comparecer o trabalho. Na verdade não foi um comparecimento inocente, pois há dias estava rolando um clima de tempestade no ar, com direito a trovoadas e relâmpagos. E para evitar mais cara feira, ranger de dentes e a falação pelas costas compareci.


Pois sim, nem bem havia chegado, aparece a chefa pisando nos cascos e afônica, arre, pensei, será que tudo isso é o efeito prefeito garoto propaganda da Faculdade Padrão?


Como sabem coloquei aqui no blog um interessante comentário sobre o papel do prefeito de Goiânia como garoto propaganda da Faculdade Padrão, coincidência ou não, dias após, a Prefeitura resolve repentinamente efetuar uma fiscalização nas obras do Jóquei Clube. É na sede do Jóquei Clube, no centro da cidade, que havia um belo bosque e foi totalmente destruído para que fossem feitos estacionamento para o milhares de alunos da Padrão. A obra é interditada. Curioso isso não é? Eu sei que o MP está de olho e quando quer é ativo e vigilante. E nem fui eu quem deu com a língua nos dentes!


Por isso acreditava que o stress da chefa tinha haver com alguma ameaça que lhe tivessem feito, para me manter na linha. Hei, gente ameaça na prefeitura é de “tomar” o cargo, não é de morte. Ainda.


Nada, ledo engano, cega de raiva, de delírios sobre uma conversa inexistente com o filho dela, a afirmar que estou para ser exonerada – assédio moral é tanto da parte do chefe para o funcionário, quanto do funcionário para o chefe, segundo o grande jurista e “doutor” da SECULT- até questionar se de fato eu havia feito concurso para restauradora, eu ouvi.


Na hora pensei com meus botões, puta que pariu, isso é igual o BBB, a máscara sempre cai. E quando cai é igual peito, não tem volta.

Mas deixando isso de lado, o que interessa é que quando toda essa novela começou, isso em maio de 2005, não sei se lembram, mas apenas para recordar.


Em maio de 2005, em bela tarde fui intimada para comparecer na SECULT para ouvir do subchefe- subchefe na administração pública, só para elucidar, é aquele tipo que não tem postura e nem qualificação para cargo, ao longo do tempo vive de bajular políticos para se manter em cargos públicos - que eu estava sendo dispensada da função de confiança de diretora do MAG e em meu lugar assumiria um dos apaniguados que varejavam - de mosca mesmo - sem função na SECULT.



Detalhe, função de confiança na administração pública é privativa de servidor de carreira, isso está na Constituição Federal. São aquelas gratificações mais sem vergonhas e na época eu recebia R$ 175,00(cento e setenta e cinco reais) isso mesmo.


Poderia simplesmente ter virado as costas e ido cuidar da minha vida, mas achei um abuso, uma falta de respeito total, o subchefe me sugerir que poderia continuar a receber aquela "merreca" desde que não criasse problemas para o seu apaniguado. Lembrei do mesmo filme já visto em 93.



E naquele momento decidi que não deixaria ficar como estava. Levei o caso ao MP e também entrei com um Mandado de Segurança.



A denuncia no MP resultou em uma ação de improbidade administrativa contra o secretário de cultura, o seu apaniguado e contra uma servidora da UFG e também esposa de vereador que se prestou ao papel de laranja. Está parado no gabinete do Dr. Eduardo Siade esperando o resultado do Mandado de Segurança.



O Mandado de Segurança teve um destino mais veloz e interessante, depois de muitas idas e vindas, em primeira instância venceu a posição de que a vida funcional do servidor público estava submetida aos desejos do politiqueiro que estivesse no comando. E ao servidor só restava ficar calado e bem calado.



Apelei para o Tribunal de Justiça, instância superior, argumentando, que mesmo assim, o gestor público tinha que agir em prol e nos interesses da administração e ainda deveria expor claramente a sua motivação. Apelação julgada, por dois votos a um, me foi dado ganho de causa e claro uma liminar que me garantia a volta ao MAG e para o Setor de Conservação e Restauro. Ai foi a vez da Prefeitura – SECULT apelar, entraram com ação de Embargos Infringentes, nome chique para uma figura jurídica no direito brasileiro, que quer dizer, faça valer a decisão do voto vencido.


No dia 20 de fevereiro de 2008 finalmente os tais Embargos Infringentes foram julgados e por 06 votos a ZERO, negaram provimento.



O Tribunal de Justiça de Goiás com essa decisão reafirmou que a administração pública só deve e pode caminhar pela senda da lisura, da transparência, da honestidade e tão logo seja publicado o ACÓRDÃO, eu espero que essa longa batalha contra o abuso e a perseguição no serviço público tenha marcado um ponto, e principalmente, que os servidores da Prefeitura Municipal de Goiânia compreendam que tais abusos acontecem por que todos recuam amedrontados diante das ameaças, dos inquéritos administrativos forjados.


Servidor público não é bandido e nem profissional desqualificado se entra via concurso público. Que é o meu caso e de tantos outros.


O mesmo não se pode dizer de subchefes, cargos comissionados, que sendo presidente de Comissão de Projetos Culturais, APROVA OU FAZ APROVAR projetos na Lei de Incentivo Municipal em nome de sua estagiária e colega de faculdade. Sobre esse assunto vou tratar em outro post, pois merece. Afinal é ai que a vaca maçonica e evangélica vai para brejo e tem seus dias contados na administração pública.

Êi, mãe! O sinal está vermelho!


segunda-feira, fevereiro 18, 2008

MIS-GO OFICINA DE CAPACITAÇÃO

Goiânia, 1º fevereiro de 2008
Prezados Senhores
Será realizada em Goiânia nos dias 26, 27 e 28 de março próximo a Oficina Implantação de Sistema de Museus ministrada pela museóloga Simone Flores, responsável pelo Sistema Estadual de Museus do Rio Grande do Sul.
A Oficina é voltada para os profissionais que trabalham nos museus e centros culturais do Estado e faz parte das ações da Política Nacional de Museus do Ministério da Cultura. A promoção é da Coordenação de Museus da Agepel em parceria com o Departamento de Museus do Iphan/Minc e a Associação de Amigos do Museu da Imagem e do Som de Goiás - AAMISGO.
As inscrições estão abertas até o dia 1º de março e serão feitas através dos telefones (62) 3201.4651, 3201.4644, 3201.4673 (falar com Keith ou Fernanda), ou enviadas para o endereço: Praça Cívica, n. 2 Centro, Goiânia –Goiás, CEP 74.003-010, ou através do email: misgo@agepel.go.gov.br
Façam logo suas inscrições, preencham a ficha que segue abaixo! Não deixem para a última hora. As vagas são limitadas.
Atenciosamente
Tânia Mendonça
Coordenação de Museus da Agepel


OFICINA: IMPLANTAÇÃO DE SISTEMAS DE MUSEUS

Número de Participantes: 30 pessoas
Data de realização: 26 a 28 de março de 2008
Instituição Responsável: Coordenação de Museus da Agepel e Associação de Amigos do Museu da Imagem e do Som de Goiás
Local: Auditório do Museu Zoroastro Artiaga – Praça Cívica n° 13 – Centro – Goiânia-GO

Conteúdo: Histórico da criação do Sistema Nacional de Museus (1986). Política Nacional de Museus: histórico, elaboração, legislação. Criação do Sistema Brasileiro de Museus: criação, formação do Comitê Gestor, legislação, funções e atuações. Histórico da criação de Sistema Estadual de Museus: exemplo SEM do Rio Grande do Sul: antecedentes, legislação, decreto de criação, formação do SEM/RS, ações e atuações. Orientações jurídicas e encaminhamentos. Exemplos de organização do setor museológico em Portugal e Espanha.






Ficha de Inscrição
Oficina Implantação de Sistema de Museus

Nome:

Formação

( ) 1º Grau
( ) 2º Grau
( ) Superior completo Curso:
( ) Superior incompleto Curso:
( ) Superior em andamento Curso

Endereço Pessoal:

Telefone:

Email:

Instituição:

Função que exerce na Instituição:

Há quanto tempo trabalha na Instituição:

Endereço da Instituição:

Telefone:

Email:


Taxa de Inscrição: R$ 10,00

OBS: A taxa de R$ 10,00 deverá ser paga no ato da comprovação da inscrição, no dia 26 de março das 8:00 hs às 9:30 hs, na recepção do Museu Zoroastro Artiaga, antes do início da Oficina.

As inscrições podem ser feitas pelos telefones: (62) 3201.46.51, (62) 3201.46.44, (62) 3201.4673 (falar com Keith ou Fernanda) ou poderão ser enviadas para o email misgo@agepel.go.gov.br até o dia 1º de março.

sexta-feira, fevereiro 15, 2008

O pastor/ vereador Rusemberg decidiu retirar da estátua do "Bandeirantes" e substituí-la por um busto de Atílio.

Esse é um exemplo clássico de ausência de perspectiva do legislativo goianiense. O cidadão em questão, visando se auto-promover, inventa polêmicas para aparecer na imprensa local. A pergunta é qual o papel do legislativo? Não é elaborar leis que beneficiem a coletividade, fiscalizar os atos do executivo municipal, representar os cidadãos da cidade?

O pastor/vereador , um daqueles que militam na área "das pequenas igrejas grandes negócios", usa o seu tempo, pago e muito bem pago, pela povo goianiense, para "criar falsas polêmicas", tendo em vista que deve ser do seu conhecimento a Lei Municipal n.° 6962/1991, que declara a estátua do "Bandeirantes" patrimônio histórico goianiense.
Foto: Hélio de Oliveira - Goiânia - GO - Acervo: SECULT/ DPH



O autor da estátua é o escultor Armando Zago,italiano, e muito possivelmente a sua única obra instalada em praça pública, considerando que grande parte de sua criação se destinava a ornamentação de túmulos.

O "Monumento ao Bandeirante" lhe foi encomendado pelo Centro Acadêmico XI de Agosto da Faculdade de Direito de São Paulo e foi entregue a cidade de Goiânia como um presente em 09 de novembro de 1942.

Um dos grandes problemas de Goiânia é a ausência de memória, o seu centro histórico perdeu quase toda a sua arquitetura civil do início da cidade, um dia teve um Museu de Arte Moderna, que sumiu sem deixar rastros, Clovis Graciano um dia fez um painel em homenagem ao trabalhador que por interesse de um prefeito da cidade foi sumariamente demolido, as ruas mudam de nome da noite para o dia, a arquitetura modernista vai ao pouco desaparecendo, do mesmo modo que grande parte da art déco, e pior sendo substituída por estilos sem estilos. O carnaval transformou-se em pecado graças a influência de pastores "evangélicos" no executivo municipal, o estado laico se tornou refém da fé de uns e outros.

Com tanta disposição para o trabalho demonstrada pelo pastor/vereador, quem sabe não atine com vontade de saber a onde a SECULT está investindo os recursos do FAC? O Fundo de Apoio a Cultura Municipal é um cheque em branco, usado pela SECULT ao bel prazer, sem qualquer transparência. Eis ai uma grande missão para o vereador, fiscalizar as atividades do executivo municipal e em especial, a SECULT.

MIS-GO patrocinado pelo BNDES

BNDES patrocina Museu da Imagem e do Som/Agepel

A presidente da Agepel, Linda Monteiro anuncia a aprovação de mais um projeto de preservação dos acervos do Museu da Imagem e do Som. É o projeto Preservação, inventário e difusão do acervo Alois Feichtenberger, com ênfase na obra fotográfica, que será patrocinado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com recursos de R$ 384 mil. O projeto foi uma das 28 propostas selecionadas entre as 202 concorrentes ao patrocínio da instituição financeira.

O principal objetivo é criar condições para a organização do Acervo Feichtenberger, por meio do desenvolvimento de ações de conservação, acondicionamento e guarda dos documentos fotográficos. A execução do projeto compreende obras de infra-estrutura no Museu, como a instalação de um laboratório de conservação, reservas técnicas para guarda do acervo e reformas nas áreas comuns. Serão também adquiridos novos equipamentos de informática e mobiliário de qualidade arquivística. A Associação de Amigos do Museu da Imagem e do Som de Goiás ­– AAMISGO é a proponente do projeto e será a responsável pela administração financeira do valor patrocinado. A Agepel, segundo a presidente Linda Monteiro, complementará as obras de revitalização do Museu, com a reforma do prédio do Centro Cultural Marieta Teles Machado (sede do Museu). Linda garante que o recurso para a reforma já foi autorizado pelo governador Alcides Rodrigues.

O acervo é um conjunto documental que reflete a trajetória pessoal e profissional do fotógrafo de Alois Feichtenberger, bem como toda rede de relacionamentos profissionais e pessoais que estabeleceu durante a sua vida em Goiás, em outros estados do Brasil e na Europa. Alois nasceu em 1908, na cidade de Steyr, Áustria, e veio para o Brasil em 1925. O fotógrafo viveu em cidades de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás; viajou por diversos estados, como Mato Grosso, Bahia e Rio de Janeiro, fotografando e procurando novas oportunidades de trabalho. Alois esteve fora do país de 1939 a 1952. Voltou da Europa em 1952, passando a trabalhar na cidade de São Paulo. Em 1960, voltou para Goiânia, trabalhou em várias empresas públicas, como a Celg, a Telegoiás e a Goiástur, registrando a expansão e o desenvolvimento do estado de Goiás em diversos aspectos. Fotografou até 1986, ano em que veio a falecer.

O Projeto aprovado pelo BNDES prevê o tratamento de documentos fotográficos (39 mil negativos, sete mil ampliações, quatro mil diapositivos e três álbuns), documentos textuais (14 diários escritos em alemão descrevendo viagens, experiências e vivências em regiões do Brasil e da Europa, 600 cartas pessoais e comerciais, 43 artigos escritos entre 1950 e 1980, tratando de aspectos da realidade brasileira e goiana, além de escritos sobre Creta, 380 periódicos nacionais e estrangeiros, livros, revistas, documentos pessoais) e objetos (pessoais e trabalho). O período coberto pela documentação é de 1910 a 1986.

Goiânia, 14 de fevereiro de 2008
Stela Horta (32014651)
Tânia Mendonça (99716887)

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Museus ganham doação milionária

O Credit Suisse dá R$ 2 milhões para Pinacoteca do Estado e Museu de Arte Moderna de São Paulo renovarem seus acervos
por Antonio Gonçalves Filho

A falta de recursos financeiros dos museus brasileiros para renovar suas coleções é crônica. As doações bissextas nem sempre atendem às necessidades dessas instituições, cujas lacunas no acervo raramente são preenchidas com obras oferecidas por colecionadores, artistas e galerias. Felizmente, essa situação parece estar mudando. O Credit Suisse Brasil acaba de destinar R$ 2 milhões para a aquisição de obras de arte que vão beneficiar dois grandes museus de São Paulo, a Pinacoteca do Estado e o Museu de Arte Moderna. Não é a primeira vez que a instituição financeira apóia os dois museus, mas é pioneira sua atitude de transferir aos curadores dos mesmos a decisão de escolher as obras e os artistas que farão parte de suas respectivas coleções.A Pinacoteca do Estado já escalou sua seleção: Beatriz Milhazes, Carlos Zílio, Carmela Gross, Daniel Senise, Efrain Almeida, Ivan Serpa, Marepe, Rosângela Rennó e Valeska Soares. Com exceção do carioca Serpa, morto prematuramente, aos 50 anos, em 1973, todos os outros são contemporâneos ativos, alguns com passagem por bienais e mostras internacionais. Já o Museu de Arte Moderna (MAM) procurou em sua seleção corrigir algumas falhas históricas do acervo, particularmente as de três movimentos importantes da arte brasileira, o concretismo, a arte pop e o neoconcretismo. Com o dinheiro da doação o MAM vai comprar obras de Waldemar Cordeiro, Antônio Dias e Hélio Oiticica, respectivos representantes desses movimentos.O Credit Suisse, que no ano passado destinou mais de R$ 8,5 milhões para patrocínio cultural, tem ainda dois outros grandes projetos para este ano: a restauração e digitalização da obra do compositor brasileiro Heitor Villa-Lobos (leia texto nesta página) e a instalação de uma escultura de Tomie Ohtake em frente à Faculdade de Economia e Administração da USP. O diretor de investment banking do Credit Suisse, José Olympio Pereira, também um grande colecionador de arte, explica que a ausência de obras contemporâneas em espaços públicos motivou o banco a tomar essa e as outras iniciativas. 'No nosso julgamento, a arte contemporânea, que é tão importante como a nossa música e o nosso futebol, precisa ser exposta ao público', diz José Olympio, explicando que o banco não tem acervo justamente por acreditar que as doações aos museus ajudam a facilitar o acesso da população às obras.O diretor da Pinacoteca do Estado, Marcelo Araújo, conta com o apoio do Credit Suisse desde a retrospectiva do escultor norte-americano Alexander Calder (1898-1976), realizada em agosto de 2006. Nos últimos cinco anos, segundo ele, 1.700 novas obras entraram no acervo da Pinacoteca, mas faltam ainda nomes fundamentais de movimentos como o modernista - Rego Monteiro e Ismael Nery, entre eles - e peças históricas do século 19.O curador do Museu de Arte Moderna, Felipe Chaimovich, também adotou como critério a incorporação de artistas ausentes do acervo da instituição. Ele negocia, entre outras peças, a aquisição de um 'bólide' (peça de vidro ou madeira com massa-pigmento) com a família de Hélio Oiticica (1937-1980), um dos maiores nomes do neoconcretismo. Outro conjunto de trabalhos na mira do MAM é uma série de dez filmes realizados nos anos 1970 pelo artista multimídia paraibano Antonio Dias. Do artista Waldemar Cordeiro (1925-1973) o museu quer comprar Luz Semântica, obra dos anos 1960 marcada pela passagem do concretismo para a experimentação informal pop (ou popcreto, como ficou conhecida essa fase).
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sexta-feira, fevereiro 08, 2008

CONVITE


GAROTO PROPAGANDA?

Essa saiu no blog JORNALISTA LIORCINO MENDES e nada mais certeiro. A moda na Prefeitura de Goiânia é fazer promoção pessoal, qualquer promotor mais atento e que não tenha tido como mestre inspirador o próprio Prefeito de Goiânia investigaria os investimentos feitos no aniversário de Goiânia, no aniversário do Cine Ouro, em exposições no MAG. A promoção pessoal é escancarada e sem nenhum pudor.

E por que o MP não investiga?

A FETEG e AGCV apresentaram diversas denúncias contra a SECULT e depois de mofar na gaveta do promotor Umberto Machado acabaram arquivadas sem qualquer investigação.

Para fazer justiça devo dizer, que o promotor Fernando Krebs -MP entrou em dezembro de 2005, com uma ação cívil pública de improbidade administrativa contra Kleber Adorno a partir de uma denúncia formulada por mim. E a mesma mofa na gaveta do juiz de direito Eduardo Siade.

Cá entre nós, dá a impressão que todos acham perigoso investigar acontecimentos e fatos que envolvam advogados, reitores de faculdades particulares, ex-deputados, ex-ministros, maçons que criam lojas para se glorificarem, e sem contar as histórias de teses de doutorado na base do copiar e colar.

Alô! Terra! Goiânia!Se liga!Enquanto predem o "Homem Aranha" pelo roubo de R$ 1,40 em cidade do interior goiano, em Goiânia os especialistas de colarinho branco se fartam com dinheiro do povo!

"Sexta-feira, 8 de Fevereiro de 2008

Prefeito de Goiânia é Garoto Propaganda ou faz propaganda com dinheiro Público
A Propaganda veiculada nas principais TVs de Goiânia informando que o Prefeito de Goiânia, Íris Rezende , PMDB irá participar de uma corrida Faculdade Padrão merece uma investigação do Ministério Público Estadual de Goiás (MP-GO).A apuração pode até resultar em ações de impobridade administrativa e penal contra o Prefeito Ìris Rezende.A Promotoria precisa abrir um inquérito civil público para apurar se o prefeitura aplicou recursos públicos no evento.De acordo com a assessoria de imprensa da faculdade Padrão, no seu site , a " II Corrida Universitária Padrão tem o apoio do Corpo de Bombeiros, Samu, Superintendência Municipal de Trânsito, Polícia Militar e Secretaria Municipal do Esporte e Lazer."Hoje,8/01, no intervalo comercial do programa Bom dia Goiás, da TV Anhanguera , foram veiculadas pelo menos duas propagandas informando que o Prefeito Íris Rezende abrirá a corrida.Um dos princípios da Administração Pública é a impessoalidade.De duas uma: A Prefeitura , através da Secom , esporte e lazer está gastando dinheiro público, com divulgação, propaganda, cartaz , recursos humanos ou equipamentos públicos com a corrida e o Prefeito utilizando da mesma para Promoção pessoal e campanha extemporanea para sua releição ou o prefeito Ìris Rezende encontrou tempo na sua vida para trabalhar como Garoto Propaganda de Televisão.Importante frisar, que na administração do Ex-Prefeito Pedro Wilson, do PT, o Ministério Público não dava trégua. Até a Letra P da palavra Plenária e T da palavra Temática, virava PT e foi motivo de ação pública contra a administração do ex-prefeito do PT.Fica ai a denúncia para a Promotora Marlene Nunes Freitas Bueno, Coordenadora da área do Patrimônio Público do MP-GO."
Ainda tem mais!
Para ler a postagem no blog http://liorcino.blogspot.com/2008/02/prefeito-de-goinia-garoto-propaganda-ou.html

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

QUEM NÃO CHORA NÃO MAMA 3



Na última sexta-feira, o projeto Grande Hotel Revive o Choro apresentou em grande estilo a Banda Municipal de Goiânia. Uma apresentação animada e festiva no ritmo de carnaval.E a calçada e também a rua estavam lotadas de "ouvintes", de vendedores ambulantes e curiosos.
Quando o projeto começou os ambulantes chegavam, se instalavam e ofereciam aos interessados os mais diversos quitutes e croquetes, e claro, bebidas - chope, cerveja, refrigerante, água - aos interessados.

Agora, imaginem, profissionalizaram. Como em Goiás a prática de transparência no serviço público é coisa de otário, a profissionalização começou com a coordenadora do projeto e assessora de imprensa da SECULT alugando para a prefeitura palco e som, depois, de olho gordo no ganho do vendedor de chope, resolveu chutar o cara e assumir, juntamente com a família a venda do mesmo. E a Nova Schin passou ao papel de patrocinadora. A desculpa para o arranjo era o pagamento dos músicos.

Isso mesmo, o pagamento dos músicos, que por sinal ganha pipoca de microondas quem demonstrar qualquer pagamento efetuado aos músicos que se apresentam.
Resultado, a coisa acabou em uma tremenda confusão, onde o filho da coordenadora do projeto agrediu verbalmente servidores da prefeitura, sob a alegação que os barris de chopes haviam desaparecido do prédio. Boa essa, primeiro, se os barris estivessem no prédio é contra a Lei, pois é uma prédio público e segundo, com que direito um cidadão estranho ao serviço, se aboleta de dono da casa e ainda por cima se dá ao luxo de aos berros acusar os servidores de ladrões?
A desculpa do pagamento dos músicos não cola e ainda fica muito estranho a prática de "cartel" na venda da cerveja. Os ambulantes para venderem o produto precisam vender ao preço básico de R$2.50. A prática de qualquer outro preço para o produto é punida com o afastamento imediato do vendedor , que agora atua uniformizado e pelo que entendi, ao final, ainda devem pagar a "propina básica".

Todos sabemos que vivemos em mundo capitalista, mas, vamos lá, Goiânia, capital do cerrado, a roça asfaltada, só conseque assimilar o pior do capitalismo? Será que o povo é besta mesmo? Acho que não, o que ocorre é a inversão dos valores, onde gestores públicos que deveriam dar exemplo de transparência e dignidade, optam por escolher os caminhos tortuosos do favorecimento e do cumpadrio.

Na calada, silenciosamente e sem uma notinha qualquer nos jornais locais, a coordenadora, virou ex coordenadora e seu filho, o garanhão afoito, afastado das calçadas do Grande Hotel. Mas será que isso efetivamente alterou o modo de operar da SECULT? Alguém ouviu falar em edital para escolha de empresas para administar o "bar", em edital para apresentação de grupos musicais, com pagamento dos músicos ou até mesmo, edital para escolha de patrocinador? Claro que não.

Assim como acontece no Chorinho de todas as sexta, acontece no Cine Ouro. Ganha uma latinha de cerveja quem acertar o nome de quem administra o bar local, quem lucra com a venda de bebidas, quem empregou toda a família.

Em Olinda, na polêmica dos patrocinadores e na verdade, os capitalistas da cerveja resultou em ganhos para a municipalidade, como demonstra a matéria abaixo, mas quem efetivamente trabalha e faz a festa está reclamando. Por quê?
É prefeito, o seu calcanhar de Aquiles é a SECULT. Cultura não é Adorno!


'Guerra das cervejas' atrapalha saída de bonecos
Encontro teve menos gigantes e orquestras de frevo
06/02/2008 - Angela Lacerda, OLINDA
A guerra das cervejas pelo patrocínio do carnaval olindense respingou em uma das maiores atrações da cidade, ontem: o Encontro de Bonecos Gigantes, que fez o seu 21º desfile em tamanho reduzido: 80 gigantes e três orquestras. Nos últimos anos, o encontro reuniu pelo menos 100 bonecos, acompanhados por quatro orquestras de frevo.“Enfrentamos dificuldades financeiras”, afirmou o carnavalesco Silvio Botelho, responsável pela confecção de 653 bonecos nos últimos 30 anos e coordenador do encontro. Para fazer o “encontro dos sonhos”, ele calcula gasto de R$ 60 mil.Uma lei municipal de 2001 assegura exclusividade ao patrocinador oficial, proibindo a venda de qualquer outra marca de cerveja durante o carnaval. As agremiações que tiverem patrocínio de marcas concorrentes não recebem subvenção da prefeitura. O encontro de bonecos tem patrocínio da Nova Schin, que chegou a ser anunciada como patrocinadora oficial do carnaval de Olinda, mas perdeu o posto para a Ambev, com a Skol, depois que a prefeitura entrou na Justiça pedindo a realização de um leilão. Pedido concedido, a Ambev mais que dobrou sua proposta. A Nova Schin recusou-se a participar do leilão e recorreu. O processo está em andamento. De acordo com a secretária de Patrimônio de Olinda, Márcia Souto, a Ambev tem sido a patrocinadora do carnaval da cidade sem concorrência. Na festa do ano passado, investiu R$ 730 mil. Neste ano, a Nova Schin se antecipou e ofereceu R$ 1,1 milhão. Ao conseguir a realização do leilão, a prefeitura saiu lucrando, pois a Ambev ofereceu R$ 1,6 milhão. Márcia Souto se mostrou surpresa com a reclamação de Silvio Botelho quanto à dificuldade financeira. Segundo ela, a prefeitura, mesmo impedida de dar qualquer subvenção para o encontro de bonecos, fez a intermediação com o governo do Estado, que, através da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco, bancou o palco armado na concentração dos bonecos, no Largo do Guadalupe, e o show com o cantor Marrom Brasileiro. Alheios ao conflito, os bonecos iniciaram seu desfile por volta do meio-dia, com seus sorrisos largos e enormes braços balançando ao som do frevo.