BNDES patrocina Museu da Imagem e do Som/Agepel
A presidente da Agepel, Linda Monteiro anuncia a aprovação de mais um projeto de preservação dos acervos do Museu da Imagem e do Som. É o projeto Preservação, inventário e difusão do acervo Alois Feichtenberger, com ênfase na obra fotográfica, que será patrocinado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com recursos de R$ 384 mil. O projeto foi uma das 28 propostas selecionadas entre as 202 concorrentes ao patrocínio da instituição financeira.
O principal objetivo é criar condições para a organização do Acervo Feichtenberger, por meio do desenvolvimento de ações de conservação, acondicionamento e guarda dos documentos fotográficos. A execução do projeto compreende obras de infra-estrutura no Museu, como a instalação de um laboratório de conservação, reservas técnicas para guarda do acervo e reformas nas áreas comuns. Serão também adquiridos novos equipamentos de informática e mobiliário de qualidade arquivística. A Associação de Amigos do Museu da Imagem e do Som de Goiás – AAMISGO é a proponente do projeto e será a responsável pela administração financeira do valor patrocinado. A Agepel, segundo a presidente Linda Monteiro, complementará as obras de revitalização do Museu, com a reforma do prédio do Centro Cultural Marieta Teles Machado (sede do Museu). Linda garante que o recurso para a reforma já foi autorizado pelo governador Alcides Rodrigues.
O acervo é um conjunto documental que reflete a trajetória pessoal e profissional do fotógrafo de Alois Feichtenberger, bem como toda rede de relacionamentos profissionais e pessoais que estabeleceu durante a sua vida em Goiás, em outros estados do Brasil e na Europa. Alois nasceu em 1908, na cidade de Steyr, Áustria, e veio para o Brasil em 1925. O fotógrafo viveu em cidades de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás; viajou por diversos estados, como Mato Grosso, Bahia e Rio de Janeiro, fotografando e procurando novas oportunidades de trabalho. Alois esteve fora do país de 1939 a 1952. Voltou da Europa em 1952, passando a trabalhar na cidade de São Paulo. Em 1960, voltou para Goiânia, trabalhou em várias empresas públicas, como a Celg, a Telegoiás e a Goiástur, registrando a expansão e o desenvolvimento do estado de Goiás em diversos aspectos. Fotografou até 1986, ano em que veio a falecer.
O Projeto aprovado pelo BNDES prevê o tratamento de documentos fotográficos (39 mil negativos, sete mil ampliações, quatro mil diapositivos e três álbuns), documentos textuais (14 diários escritos em alemão descrevendo viagens, experiências e vivências em regiões do Brasil e da Europa, 600 cartas pessoais e comerciais, 43 artigos escritos entre 1950 e 1980, tratando de aspectos da realidade brasileira e goiana, além de escritos sobre Creta, 380 periódicos nacionais e estrangeiros, livros, revistas, documentos pessoais) e objetos (pessoais e trabalho). O período coberto pela documentação é de 1910 a 1986.
Goiânia, 14 de fevereiro de 2008
Stela Horta (32014651)
Tânia Mendonça (99716887)
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