terça-feira, março 25, 2008

CONSELHO NACIONAL DE CULTURA

Hoje e amanhã, respectivamente, 25 e 26 de março de 2008, os conselheiros estarão reunidos em Brasília para debater sobre o Caderno Diretrizes Gerais para o Plano Nacional de Cultura e Regimento Interno do Conselho (CNPC). O plenário do CNPC é composto por 46 titulares com direito a voz e voto, e por seis convidados com direito a voz. A plenária, com início às 9 horas desta terça-feira, 25, teve discurso de abertura do presidente do Conselho, o ministro da Cultura, Gilberto Gil.

A presidenta da Agência Goiana de Cultura (Agepel), Linda Monteiro, que é uma das conselheiras do Fórum Nacional de Secretários Estaduais, estará votando nesta primeira reunião ordinária. Neste primeiro dia, os participantes estarão envolvidos com debate e votação sobre o regimento interno do CNPC. Amanhã, a partir das 9 horas, serão abertas as discussões em torno do Caderno de Diretrizes Gerais do Plano Nacional de Cultura, cujo material definitivo deverá ter sido elaborado até às 16 horas, quando se encerram os trabalhos.

A presidenta da Agência Goiana de Cultura (Agepel), Linda Monteiro, toma posse amanhã, às 10 horas, no Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC). O evento será comandado pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no Hotel Nacional, em Brasília.

A instalação do CNPC do Ministério da Cultura (MinC) é o último passo para a instituição definitiva do Sistema Federal de Cultura (SFC), que, assim, promoverá a integração de órgãos, programas e ações culturais do Governo Federal. O CNPC tem por finalidade propor a formulação de políticas públicas, com vistas a promover a articulação e o debate dos diferentes níveis de governo e a sociedade civil organizada, para o desenvolvimento e o fomento das atividades culturais no território nacional. Dentre as competências do CNPC está a de estabelecer as diretrizes gerais para aplicação dos recursos do FNC, no que concerne à sua distribuição regional e ao peso relativo dos setores e modalidades do fazer cultural.
http://e-commerce.cultura.com.br/shopping/mostra_noticia.asp?site=1434&txtEntidade=129228

E agora? O próximo passo da presidenta a AGEPEL será propor as mudanças mais que necesssárias no Conselho Estadual de Cultura? E quem sabe após, regulamentar o FAC, que já fez aniversário de aprovação e nada.

Na área cultural finalmente a AGEPEL vai se integrar ao que está acontecendo nacionalmente.

Só por esse feito Linda Monteiro merece os aplausos!!

domingo, março 23, 2008

ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO - O retorno!

Como prometido no post “Ei, mãe o sinal está vermelho!” voltamos ao assunto de assédio moral no trabalho. Ao realizar uma singela pesquisa no site do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás deparei-me com inúmeras jurisprudência que tratam de “remoção” arbitrária de servidor público concursado.

A partir da minha própria experiência é possível deduzir que a única motivação da “autoridade” é a perseguição pura e simples. Um estilo de administrar tupiniquim e muito comum, pelo visto, em Goiás.

Entre os casos que o TJ-GO ANULA o ato administrativo imotivado, consta um contra a Câmara Municipal de Uruaçu, onde a vitima é um motorista, servidor concursado que foi subitamente colocado a disposição da Prefeitura de Uruaçu, com ônus para a origem.

Outro caso, servidor concursado, ocupante do cargo de executor administrativo é subitamente transferido de uma secretaria para outra, sem qualquer explicação, detalhe o ato foi praticado pelo prefeito de Fazenda Nova.

No primeiro caso, no voto do desembargador cita ainda as seguintes decisões, apenas para ilustrar e facilitar o entendimento:

“A remoção de servidor de um órgão para outro, de forma abrupta, fere direito líqüido e certo deste. É necessário, para sua legalidade, que a remoção esteja acompanhada de motivação conclusiva à expedição do ato” (TJGO/3ª CC, DGJ nº 8882-0/195, ac. De 25/11/2003, Rel. Des. Felipe Batista Cordeiro).

DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO.
MANDADO DE SEGURANÇA.
REMOÇÃO DE PROFESSOR DE UMA ESCOLA PARA OUTRA. ATO SEM MOTIVAÇÃO QUE LEGITIME O INTERESSE PÚBLICO. DECISÃO ABUSIVA REPARÁVEL PELA VIA
MANDAMENTAL. I – A Municipalidade, pelo seu setor competente, pode perfeitamente remover professor de uma para outra escola. Contudo, para fazê-lo, deve demonstrar o interesse público da medida. II – Se o ato de remoção não demonstrou o interesse da administração escolar, essa omissão sujeita a sua reparação pela via mandamental, por ferir o princípio da legalidade e do direito líqüido e certo de a impetrante permanecer
na lotação em que se encontra. III – Remessa conhecida e improvida. IV – Segurança Concedida. Decisão Unânime” (TJGO/2ª CC, DGJ nº 4991-1/195, ac. De 24/03/1998, Rel. Des. Gonçalo Teixeira e Silva).

“DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO EM MANDADO DE SEGURANÇA.
FUNCIONÁRIA PÚBLICA. REMOÇÃO.
FALTA DE MOTIVAÇÃO DO ATO.
DESVIO DE FINALIDADE. NULIDADE.
É nulo o ato administrativo que remove servidor público sem a necessária motivação e com desvio de finalidade, como neste caso, em que a autoridade coatora praticou o ato por motivos ou com fins diversos dos objetivados pela lei e exigidos pelo interesse público. Remessa conhecida e sentença confirmada” (TJGO/2ª CC, DGJ nº 5304-4/195, ac. De 25/06/1998, Rel. Des. Noé Gonçalves Pereira).

Para quem ainda não entendeu, qualquer ato administrativo tem que ser motivado e a motivação dos atos administrativos não pode ser entendida com mera explicação sem compromisso com a realidade dos fatos, do contrário, o instituto perderia a eficácia, já que qualquer justificativa seria entendida como motivação do ato. Com isso, atos arbitrários ou falsos se tornariam, através de uma simples alegação, imunes à censura judicial.

Na sexta-feira, o jornal O POPULAR na coluna DIREITO E JUSTIÇA a minha peleja com a Prefeitura de Goiânia já é citada como jurisprudência.
"Administrativo. Servidor público concursado. Ato administrativo de remoção. Ausência de motivação. Nulidade do ato. Através da motivação, a administração pública proporciona condições de aferição da legalidade do ato. Assim, ausente a motivação, inválido se mostra o ato administrativo praticado, impondo-se a sua ineficaz ação. Embargos infringentes conhecidos e improvidos." Embargos infringentes 1528-0/196 (200702415868), de Goiânia. Relator: juiz convocado pelo TJ de Goiás José Ricardo Machado. TJE de 1/03/08."

E também de um modo meio torto e depreciativo na Coluna Armazém Geral, e olha que tentando ver o lado bom da coisa, asseguro que o jornalista só faz o que todo jornalista faz em Goiás, morde e assopra.
Começa assim:

"Kleber x Deolinda
Dois talentos da cultura goiana, Kleber Adorno (como gestor) e Deolinda Taveira (como restauradora), se estapeiam em público, principalmente via e-mail (aliás, e-mail metendo a ripa em Kleber é a especialidade dela)..."

Lá vai a resposta: O jornalista se equivoca, ao que me consta, jamais houve e nem haverá uma cena de estapeiamento em público e nem em qualquer outro lugar, entre mim e o nobre “doutor” secretário.

E falar a verdade não é meter a ripa. Aliás, diga-se de passagem nada do que levanto e aponto é novidade, todos conhecem o grande talento que é. E não por e.mail, mas pelo blog mesmo! Só para recordar aos mais esquecidos e aos usuários do balcão da SECULT, o verdadeiro e grande talento do atual secretário de cultura não é exatamente a gestão pública, mas, entre outros talentos controvertidos, a elaboração de teses de doutorado sem muitas explicações sobre de quem são as citações. Um acidente de percurso, ah, talvez?

E continua assim:
"De carteirinha
Agora, Deolinda teve a primeira vitória legal: Tribunal de Justiça decidiu que não usurpa função. Ela envia carteirinha e edital de décadas atrás mostrando que realmente passou em concurso para restauradora."

A resposta: O repórter desconhecia que a carteirinha do concurso, assim como o edital e o termo de posse são parte do processo e que a procuradoria, a mando do Secretário de Cultura, inseriu uma série de meias verdades para ver se colava. Não colou. E ponto para o judiciário goiano que demonstra claramente que não tem dono e que a Lei é única.

E de quebra essa não é a primeira vitória, a primeira foi aquela do INQUERITO ADMINISTRATIVO a que fui submetida em dezembro de 2005, onde ficou provado a inserção de documentos forjados por parte da SECULT da lavra especial do Diretor Administrativo e Financeiro que se diz, ex-menino de rua, advogado e de quebra, membro da CPC e promotor de duplas sertanejas, com dinheiro público é claro.

A 2ª vitória veio quando como resultado do inquérito administrativo a SECULT foi obrigada a devolver parte do meu salário, que havia sido bloqueado através de ordem verbal do Diretor Administrativo e Financeiro em agosto de 2005.

A 3ª vitória veio quando o MP entrou com uma AÇÃO CIVIL PÚBLICA DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA contra o mui digno secretário de cultura de Goiânia e seu apaniguados.

A 4ª vitória aconteceu quando o TJ – GO ANULOU o ato que me REMOVEU para o Grande Hotel, considerando total ausência de motivação.
E essa é a 5ª vitória, quando o TJ- GO reafirma com certíssima a decisão que anula o memorando quem me REMOVE para Grande Hotel.

E ainda tem mais um finalmente:
"Trabalhe, gente
Então, vá restaurar, Deolinda, e deixe o Kleber em paz. Então, Kleber, cumpra o que determina a Justiça e dê local e obras pra Deolinda restaurar em paz. Goiânia ganha mais com vocês dois trabalhando que brigando."

O texto pode ser lido direto no site do jornal onde foi publicado no link: http://www.hojenoticia.com.br/editoria_materia.php?id=15717

E a última resposta ao Nilson Gomes: vai sonhando que o cidadão vai cumprir o que determina a justiça. Lembra da sentença a respeito da 3ª Conferência Municipal de Cultura? Pois é .... Recordando o post "O TEÓRICO DO CINISMO" http://amigosdemuseu.blogspot.com/2008/01/um-terico-do-cinismo.html pois é entre arrulhos e arrotos, afirma textualmente que a vitória é de Pirro. Ou seja, morre, mais cumprir jamais. Mas que vai ser muito engraçado, supor que recorrerão ao STJ para obter a reforma da decisão do TJ- GO, na verdade com o único objetivo de protelar e nada mais.

A motivação do secretário é claro, para manter no Museu de Arte de Goiânia a situação irregular de USURPAÇÃO DE CARGO PÚBLICO por parte de um apaniguado seu, era fundamental e essencial o meu afastamento. E para isso, recorreu a tudo, ameaças, a bloqueio de salário, elaboração de inquérito administrativo com documentos forjados, ameaças às chefias imediatas e ordens para que usem a imaginação para dar aquela sacaneada básica.

O MAG é o único museu brasileiro que se dá ao luxo de DISPENSAR um profissional especializado, e justo em um Estado onde a categoria deve ser representada no máximo por umas 08 aves raras – restauradores.

Esse é o talentoso secretário de cultura de Goiânia. Pobre Goiânia, não merece tanto!!!!

Só haverá vitória se houver a punição de homens que ocupando cargos públicos se dedicam a atos ímprobos, essa é a minha opinião, a justiça é lenta, mas chegará ao ponto que interessa.

quinta-feira, março 20, 2008

ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO

Em Goiânia todos estão contra o ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO, o movimento começou com uma manifestação da Guarda Municipal - vejam post anterior - e reuniu populares e guardas.

A pretenção é recolher 15 mil assinaturas e com isso transformar em Lei, o projeto que proibe o ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO em Goiânia.

Abaixo um link para fotos e imagens do primeiro dia de manifestação.
http://picasaweb.google.com/jaksonperdigao/MOVIMENTOCONTRAOASSDIONOTRABALHOGOINIA

NO MAG O CRIME É DE USURPAÇÃO DE FUNÇÃO PÚBLICA


Já ouviram falar em usurpação de função pública? Pois é, eu acreditava que o que acontece no MAG desde 2005 fosse a mera prática de falsidade ideológica.


O filho de um prefeito do interior de Goiás, vereador na cidade, aproveitou-se da doença do pai para juntamente com o Secretário de Finanças, assinar cheques e fazer um limpa nos cofres de Prefeitura. O crime cometido é o de usurpação de função pública.


"CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO COMETIDOS POR PARTICULAR

328 – USURPAÇÃO DE FUNÇÃO PÚBLICA


Usurpação de função pública

Art. 328 - Usurpar o exercício de função pública:Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.

Parágrafo único - Se do fato o agente aufere vantagem:Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.


O nome deste crime deriva de USURPARE, que significa apossar-se sem ter direito, fazer-se passar por funcionário.A punição dá-se quando alguém toma para si, indevidamente, uma função pública alheia, praticando algum ato correspondente."



Não é singelo? O "diretor do museu" nunca foi nomeado como tal e quem foi nomeado admite que o cidadão se passe por tal. Eis ai um caso claro, cantado em prosa e versos em todos os jornais locais, páginas de internet, de crime de usurpação de função pública.


A festa vai começar e vai sobrar merda no ventilador de muita gente, uma questão de tempo apenas, agora.


Vale a pena refletir sobre o que motiva gestores públicos a agirem ao arrepio da Lei. Será que acham que estão acima dela? Que todos vão continuar de cabeça baixa? Os tempos são outros, a justiça é lenta, mas prospera, e seguirá os envolvidos mesmo depois de terminada essa administração. E o futuro não está tão distante assim.


E gostei da parte previsão da pena de reclusão. Já pensaram? Se já prenderam o juiz Rocha Mattos, muito mais poderoso, imagina se não vão chegar em quem é uma matinha nesse floresta de colarinhos brancos?


MEPHISTO

Ainda outro dia me vi metida em um discussão estranha: é possivel desvincular cultura de política? Acredito que não, cultura é política. Em todos os tempos, os governos se preocupam em calar a boca dos que se ocupam com cultura.

Um filme interessante sobre o assunto é "Mephisto", na Alemanha, 1930, Hendrik Höfgen é um ambicioso ator que não se interessa por política, se dedicando somente à sua carreira. Quando os nazistas começam a tomar o poder, aproveita a oportunidade para interpretar peças de propaganda nazista para o Reich, e logo em seguida acaba se transformando no mais popular ator da Alemanha.


Consumido pela fama, Handrik precisa sobreviver em um mundo onde a ideologia do mal é o seu pior pesadelo.

Mesmo sem interesse pela política, vê os amigos desaparecerem e descobre qual o verdadeiro preço da alma de um homem.

Sobre o preço dos homens, uma carta muito interessante acaba de chegar e a reproduzo abaixo, que cada um seja capaz de tirar as suas próprias conclusões.



quarta-feira, março 19, 2008

Assédio Moral no Trabalho


Guardas Municipais fazem manifestação contra assédio moral no trabalho.

Por Deolinda Taveira – Goiânia- GO, 19 de março de 2008, 10:45h.

Aconteceu agora pela manhã,em Goiânia, em frente ao Restaurante Cidadão uma manifestação dos Guardas Municipais contra o ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO.

Jakson Perdigão, guarda municipal e líder da manifestação recolheu centenas de assinaturas visando a criação da Lei de iniciativa popular contra assédio moral na cidade de Goiânia e especialmente na Prefeitura de Goiânia.

O Assédio Moral no Trabalho é a exposição dos trabalhadores a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções. Sendo humilhado em relações hierárquicas autoritárias. Sofrendo e recebendo ordens que não possuem amparo na Lei. Submetidos condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefe dirigida a um ou mais subordinados, desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o inclusive a desistir do emprego.

E ainda se caracteriza pela degradação deliberada das condições de trabalho e prevalecem as atitudes e condutas negativas dos chefes em relação aos subordinados, constituindo uma experiência subjetiva que acarreta prejuízos práticos e emocionais para o trabalhador.

Todo o protesto está motivado por situações permanentes de assédio moral, onde os guardas municipais não dispõem de condições de trabalho, muitos usam recursos próprios para aquisição de cassetetes, pois a Prefeitura de Goiânia não fornece.

Os guardas presentes no protesto se recusavam a se deixar fotografar de frente, estavam sem uniforme, e deste modo evitavam a identificação. Pois é comum que os guardas que se manifestam sejam trocados de posto ou suspensos em retaliação.

terça-feira, março 18, 2008

Recuperando a memória histórica.

Como sabem participo do Fórum Permanente de Cultura em Goiânia, que basicamente é um espaço permanente de discussões sobre cultura e a gestão pública da cultura.

O nosso momento em Goiânia é de absoluto espanto diante dos últimos acontecimentos no PT - Partido dos Trabalhadores. Onde militantes optam entre firmar aliança com o PMDB, e neste caso, teoricamente, se postarem como vices do atual prefeito e candidato, ou candidatura própria, como é tradicional ao PT em Goiânia.

Qualquer um que acompanhe a questão poderá concluir que uma parcela do PT em Goiânia opta neste momento pela aliança antecipada e espera em troca, cargos e benesses. O que é comum nesses casos.

Ana Lúcia enviou ao Fórum Permanente de Cultura, uma carta onde recupera a memória histórica do PT em Goiás e creio seja importante na discussão sobre o loteamento de cargos públicos em Goiás.

Ao que parece, tudo na política acaba na vala comum, tristemente.

"As alianças do PT.

Por Ana Lúcia Silva

Para alguém, como eu, que participo, há 40 anos, da luta de classes em Goiânia, é assustador ver como parte da militância do PT perdeu as referências históricas do Partido ao qual pertencem. Quem é o mandatário mor do PMDB, com o qual algumas alas do PT estão propondo aliança? Íris Rezende Machado. Quem é este político?Acompanho sua história desde quando era um advogado, que possuía uma Variant velha, até torna- se este milionário e poderoso político. Estes militantes já se interessaram em saber como ele construiu sua trajetória?

Íris foi cassado pela ditadura. Quando começamos a campanha da anistia em Goiás, Pedro Wilson na presidência do Comitê, o procuramos e ele se recusou a participar desta luta. O mesmo aconteceu nas Diretas já. Recusou-se a participar da campanha. Só o fez, quando vendo esta vitoriosa resolveu subir no palanque, no último comício em Goiânia.

Ela governava Goiás quando criamos a CUT em 1983. Será que os petistas que na época dirigiam o atual Sintego (Neide e Osmar, por exemplo) não se lembram dos 10.000 trabalhadores que demitiu, como ele nos reprimiu, como botou polícia e bombas em nossas manifestações? Será que não se lembram da violência da polícia, quando os sem teto ocuparam o Jardim Nova Esperança? Iris, inclusive, proibiu a imprensa de citar o nome da CUT. Nada disto já não importa? Por que?

Será que esta militância sabe que foram Íris Rezende e Maguito que iniciaram a nefasta política de não repassar os 30% constitucionais para a educação? Marconi Perillo só continuou o processo. Logo, a CPI da Educação proposta pelo deputado Luis César Bueno é uma pizza anunciada, pois não fará a devassa também nos governos do PMDB agora, possível aliado.

Será que esta militância se esqueceu de todos os escândalos econômicos envolvendo Íris e Maguito? Caixego, Serradourada, dentre outros? Isto já não importa? Então, assumem que PMDB e PT são farinha do mesmo saco, como o senso comum diz, portando, a aliança é natural.

Será que para esta militância não importa tudo que falaram do PT, dos seus dirigentes e militantes nas últimas eleições? Já se esqueceram da violência física que vários militantes sofreram, principalmente na Região Noroeste? Por que e em nome de que? Li, nos jornais, que é em nome do projeto Lula. Todo mundo sabe que o PT é um partido, com milhares de filiados e militantes, agora tornou - se um nome?

Será que para esta militância já não importa todas as promessas que Íris fez nas últimas eleições e não as cumpriu. Aliás, cumpriu a de asfaltar Goiânia que foi sempre seu carro chefe na aliança histórica que tem com os empreiteiros em Goiás.

Será que os que defendem a aliança conhecem a situação da Rede Municipal de Ensino em Goiânia ? Não construiu nem reformou nenhuma escola. Deu aumentos ridículos para o funcionalismo e mesmo estes, não os pagou integralmente. Não fez nenhuma jornada pedagógica para a progressão dos professores. Já se perguntaram sobre que é feito dos 25% do orçamento da prefeitura que deve ir para a educação? Corre uma investigação no Ministério Público.

Será que os que defendem a aliança têm andado pelos cais para ver a situação da saúde em relação aos profissionais e aos usuários?

Nada fez pelo transporte. Agora, está fazendo uma licitação altamente suspeita.

Será que sabem o que está passando com os vários programas sociais que estavam em processo de estruturação e crescimento?

Será que esta militância se perguntou por que o PMDB desprezou a aliança com o PT nas eleições anteriores e agora quer a aliança?

Se sabem sobre tudo o que citamos e mesmo assim querem a aliança, é mais grave. Aí, além de se jogar no lixo a história de luta da classe trabalhadora em Goiás, estão voltando às costas para as mentiras que são ditas.

Será que o PT não tem propostas para governar Goiânia e precisa ficar a reboque do PMDB e do Íris? Se não tem, por que ?

Por fim, com quais mecanismos se construiu em três meses (as eleições internas foram em dezembro) uma nova maioria no PT em Goiás?

Sugiro que esta militância pro aliança ande mais, converse mais com o povão e perceberão que o povo, no calado, vai dar o troco e teremos surpresas nas eleições em Goiás. "

Ana Lúcia da Silva é historiadora e militante política.

quarta-feira, março 12, 2008

14ª SR- IPHAN loteada por políticos goianos.

Uma noite dessas, ou melhor na virada da madrugada, por que o Jornal da Globo é para os insones,assisti na TV uma interessante matéria sobre os hábitos da corte portuguesa quando aqui aportou.

O Rio de Janeiro era uma cidade de 46 ruas, do tamanho de Porangatu. Dá até para filosofar “tudo que começa pequeno vai terminar grande.” Piadinha inocente gente!

Mas, se você não é insone e não assistiu, o resumo. Na corte portuguesa os cargos públicos eram comprados. E todos esperavam que tais cargos fossem um bom negocio. Um negocio de futuro, onde o dono do cargo fazia a coisa render ao ponto de enriquecer com os lucros auferidos. Não tinha esse papo de proventos, a coisa andava como quem compra uma fazenda, uma floricultura ou funda uma sucursal da Igreja Universal do Reino de Deus.

Nesta mesma época devido a pequena dimensão da cidade, o Príncipe Regente autorizou aos poderosos que chegavam de além mar, a mandar desocupar as casas dos “nativos” e nas portas das casas escolhidas aplicavam a marca PR (Príncipe Regente) e ao coitado do morador só restava cair fora. O povo “carioca” sempre levou a fama de ser um tipo alegre e zombeteiro, mas nesse caso se superou e passaram a traduzir PR como “Ponha-se na Rua”.

Atenção, os mais desavisados, não estou comentando os hábitos dos políticos na atualidade brasileira, refiro-me à época da chegada da corte portuguesa ao Brasil, isso nos idos de 1808.

No dia seguinte, 10 de março de 2008, na coluna de Carta ao Leitor o jornal O POPULAR publica a mensagem indignada de Augusta Faro, nobre escritora goiana, sobre possiveis mudanças na 14ª SR- IPHAN e novamente atenção, agora estamos no século XXI:

"Nova direção
Tomei conhecimento de uma movimentação para afastar a historiadora Salma Saadi da superintendência do Iphan, onde desenvolveu um trabalho único e fenomenal, ao longo de 28 anos. É voz geral que, anteriormente, o cargo não possuia a menor expressividade, mas ela soube realçar a importância de tudo o que se refere à preservação do patrimônio cultural nos Estados afetos à superintendência.
Salma conseguiu restaurar incontáveis patrimônios que estavam em ruínas em Goiás, Mato Grosso e Tocantins, deflagrou o movimento art déco, hoje uma realidade consagrada, lutou com unhas e dentes para que a cidade de Goiás obtivesse o título de Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade - isto à guisa de exemplificação.
Hoje, o Iphan é uma realidade que tem peso, medida, valor e respeito.
AUGUSTA FARO FLEURY DE MELO Setor Marista – Goiânia "


E hoje, no Blog FAXINA GERAL duas notas sobre o INCRA e o protestos dos sem terra. Pasmei!

"12/03/2008 10:49
b) Sem Terra GO
Estão fazendo manifestação em frente à Alego, neste momento, contra a indicação de Rogério Arantes! Prometem não liberar o Incra GO, onde estão acampados, enquanto a situação não for resolvida, inclusive a agilidade na desapropriação de propriedades dos narcotraficantes e ladrões presos que tenham terras em Goiás!
will
comentários(0 ) 12/03/2008 10:41
a) Sem Terra GO
Boatos dos movimentos sociais ligados à terra, ventilam que a indicação de Rogério Arantes para a Superintendência do Incra em Goiás, não teria moral para o cargo por ser ligado ao jogo do bicho e de família que há muito tempo desrespeitam o movimento!
will
comentários(0 ) "

O que acham? Não será hora de começarmos um movimento pela moralização do serviço público?Observem o que aconteceu nos CORREIOS, lotearam os cargos, no que foi mesmo que acabou?

O IPHAN e o INCRA são instituições primordialmente técnicas, e lidam com assuntos que nem sempre agradam os políticos municipais, mas infelizmente para eles e felizmente para a Nação, atuam de forma impar e com trabalho exemplar na defesa do Patrimônio Cultural e do Trabalhador sem terra. E isso dentro do caminho estrito da Lei.

Será que a Salma e o superintendente do INCRA vão encontrar aplicadas às portas dos órgãos onde trabalham “PR”? Definitivamente perdeu-se a vergonha e a dignidade no serviço público.

Os cargos públicos tornaram-se moeda de troca e de barganha, do mesmo modo que acontecia no século XVIII. O servidor público de carreira, aquele que passou por concurso público é tratado como se fosse um bandido, um ser de 5ª categoria por que não entrou no serviço público via “QI” (Quem Indica).

De quatro em quatro anos em todas as esferas da administração pública, os servidores de carreira, concursados, são caçados. A caçada se dá para facilitar o acesso aos cofres públicos dos cargos comissionados – aqueles que trazem nas costas a marca “QI”.

O acesso aos cargos públicos deve se dar via concurso público. E mesmo aqueles onde é livre a nomeação e exoneração, jamais poderiam ser ocupados por pessoas que não tivessem qualquer habilidade ou formação compatível com o cargo.

Ou será que vamos continuar a viver em uma sociedade no século XXI e como os mesmo hábitos do século XVII? Vai gostar de manter tradição errada lá nos quintos do inferno, sÔ!

Chega de políticas de governo e passemos a exigir políticas de ESTADO!

sexta-feira, março 07, 2008

Museu do Ipiranga: 12 vigias para 125 mil obras

Dá para comentar um absurdo desses?

Falta de segurança obriga local a ficar fechado também às terças

porVitor Hugo Brandalise para O Estado de São Paulo

No início do ano, o Museu do Ipiranga foi fechado para visitação às terças-feiras. Turistas, só de quarta a domingo. A medida, tomada pela administração por falta de pessoal, além de irritar visitantes desavisados, revela a situação dos 12 seguranças do museu - que são obrigados a escolher, entre as 30 salas com mais de 125 mil obras de arte reunidas desde 1890, qual delas terão de vigiar.Os vigias que ficam no andar superior têm ordem expressa: caso estejam sozinhos nos 1,6 mil m2 do pavimento, devem ficar de olho na tela Independência ou Morte, de Pedro Américo, pintada em óleo em 1888 e que cobre uma parede inteira (4,10m por 7,60m). “Deve ser a mais importante”, diz um dos funcionários do museu, que recebe R$ 900 mensais. Enquanto isso, nas 14 salas ao lado, telas que retratam os ofícios e o comportamento dos cidadãos paulistas na transição entre os séculos 19 e 20 permanecem penduradas sozinhas, muitas sem vigilância eletrônica - na ala Cotidiano e Sociedade, também no pavimento superior, quatro das sete salas não têm câmeras de segurança. “Nos desdobramos para vigiar o local”, diz a assistente administrativa do museu, Cláudia Toledo. A fragilidade da vigilância se reflete nas obras expostas no museu. Na sala do Comércio, basta se aproximar da tela Inundação da Várzea do Carmo , pintada por Benedito Calixto em 1892, para ver que o canto esquerdo do quadro está rasgado. “As pessoas encostam nas telas, forçam as peças. Se tivesse algum vigia na sala, é claro que não aconteceria”, revela outro funcionário. Na sala ao lado, outra peça histórica danificada é a cadeira de repouso que pertenceu à Marquesa de Santos, no século 19 - um furo na palha que cobre a cadeira e outro rasgão, de 30 centímetros, na borda do assento. Hoje, o quadro de vigias do museu é de 19 funcionários - mas apenas 12 estão na ativa. Eles se revezam, em turnos, para cobrir os 4,6 mil m2 da área do local que recebem em média mil pessoas por dia - em feriados, a visitação sobe para até 7 mil pessoas. “A situação complicou no início do ano passado, quando quatro vigias se aposentaram e não foram substituídos”, explica Cláudia. O museu é administrado pela Universidade de São Paulo (USP), que gasta R$ 50 mil com 103 funcionários. Todas as contratações são feitas por concurso público. FALTA DE ENERGIAO estudante universitário Lucas Martins, de 22 anos, deu azar ontem - terá de voltar outro dia para terminar o trabalho de história da arte. “É a segunda vez que venho aqui e o subsolo está fechado. Enfrentei esse calorão para ter de voltar outro dia? Incrível”, diz, com ironia. Ontem, o fechamento nada teve a ver com segurança, motivo que impedia a visitação no ano passado pelo menos duas vezes por semana. “Faltou luz no quarteirão”, apressou-se a dizer a assistente de administração. A USP, através de sua Assessoria de Imprensa, diz que a necessidade de fechar o museu para visitação na terça-feira - o local já fechava às segundas - é provisória e será normalizada “o mais breve possível”. Nem a administração do museu nem a USP arriscam um prazo. “Esperamos que até abril ,quando as excursões escolares aumentam”, diz Cláudia. NÚMEROSR$ 50 mil é a verba destinada pela Universidade de São Paulo para manter os 103 funcionários do museu R$ 20 mil é o montante repassado pela USP para custear as demais despesas do museu1.000 visitantespassam, em média, diariamente pelas 30 salas do Museu do Ipiranga
fonte: http://txt.estado.com.br/editorias/2008/03/07/cid-1.93.3.20080307.19.1.xml