From: magalhota
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Sent: Wednesday, December 07, 2005 9:38 PM
Subject: Re: [LIIB - Icomos/Brasil] Mais Novidades no pedaço!
Como foi a audiência, Deozinha? Como sou do Rio de Janeiro, fico torcendopor vocês.Estive lá no seu movimentado blog. O convite é bonito.
O Thales
Goiânia, 08 de dezembro de 2005.
Thales,
Bom dia !
Vou comentar o que vi e ouvi lá, abaixo mando o noticiário que saiu nos jornais locais:
A audiência foi excelente no aspecto político por que foi denunciado pelo legislativo a postura do secretário de cultura. O cidadão promoveu uma farsa que denominou de "Conferência de Cultura" como o objetivo de escolher os outros conselheiros para o CMC. Denunciado à Justiça pela FETEG , duas liminares foram concedidas pelo juiz Dr. Eduardo Siade cancelando os atos do cidadão. E em ambas as situações ele fugiu para não ser intimado.
Depois foi ao presidente do Tribunal de Justiça, onde alegou que se as liminares causariam greve lesão pois impediriam a chegada de verbas federais para Goiânia. Uma mentira descarada. Goiânia e Goiás sequer possuem delegados para a Conferencia Nacional de Cultura, pois não foram capazes de assinar em tempo os protocolos necessários. O Presidente do Tribunal de Justiça cancelou as liminares, aceitando como verdadeiros os falsos argumentos apresentados pela Procuradoria do Municipio e o secretário de cultura.
Na Audiência Pública o cidadão não compareceu, encaminhou como representante o seu Diretor de Políticas e Eventos Culturais, e a sua Assessora de Imprensa. Um possui com principal característica a ampla capacidade de ser "menino de recado" com ele mesmo se qualificou no dia 11 de maio de 2005 e a outra de acreditar que pode intimidar o legislativo colocando na frente do vereador um gravador. Diga-se de passagem, sem gravar nada.
A ação que exige o cancelamento desta farsa continua a correr na justiça, e a sentença final deverá sair em breve, pois até mesmo o parecer do MP é favoravel à FETEG.
E a Câmara Municipal irá votar um decreto legislativo cancelando tanto o decreto do executivo que se apropria do FAC - Fundo de cultura, quanto a farsa da Conferência.
Sabe o que deixa o povo encabulado? O Prefeito parece não perceber o que o seu secretário foi denunciado pela Universidade Federal de Goiás por fraude na sua tese de doutorado, estilo ctrl+C e ctrl+V, em seguida no mesmo modo de operar, a fraude da Conferência, e culmina isso com induzir o Presidente do Tribunal de Justiça a acreditar que o povo que reclama é um grupelho e que podem, ao exigir que a Conferência Municipal de Cultura seja realizada dentro da Lei, causar uma grave lesão a administração pública: impedindo a chegada de verbas federais. E nem preciso juntar a isso a situação do Museu de Arte de Goiânia que atualmente possui 02 diretores: um designado através de portaria pelo secretário - mais uma vez revelando a sua queda para situações no minímo duvidosas- e outra por decreto do Prefeito Municipal, por acaso uma bibliotecária, servidora da Universidade Federal de Goiás e esposa de um dos secretários municipais - desde quando um servidor da União pode acumular cargos no município sem seguir os preceitos da Constituição Federal? Novo ilícito.
Enfim, a verdade é que a cultura em Goiânia está lascada - literalmente estamos voltando a idade da pedra lascada - no regime do compadrio e do coronelismo.
Um grande abraço,
Deolinda
PS: Obrigado pela opinão sobre o BLOG e pela torcida. Gostaria de discutir aqui ações para participação da sociedade nos espaços de memória, mas nos ultimos tempos só tenho conseguido é colocar as denuncias de desmandos da Secretaria de Cultura de Goiânia. É triste. Mas fazer o quê? É característico do PMDB em Goiás achar que cultura boa é a do pasto para engordar boi. E infelizmente a justiça é lenta, as vezes cega também.
Material da imprensa local:
- JORNAL O POPULAR - MAGAZINE - VARIEDADES
Ausência sentida
“A verdade suporta a crítica. A mentira não. Já fica claro quem tem razões nesta história”, analisou o vereador Elias Vaz (PSOL) sobre a ausência, ontem, do secretário municipal de Cultura, Kleber Adorno, à audiência pública que discutiria o impasse sobre a eleição do Conselho Municipal de Cultura. Uma ação corre na justiça para que a decisão que cassou a liminar que suspendia a conferência para eleger os novos membros do conselho seja revista. Compareceram à audiência cerca de 20 pessoas, ligadas a entidades que contestam o processo de escolha dos membros do conselho. Segundo Elias, por volta do meio-dia de ontem (a audiência estava marcada para as 15 horas), ele recebeu um fax dizendo que o secretário não poderia comparecer por ter “compromissos anteriormente agendados”. “É uma falta de respeito não somente comigo, mas com o Poder Legislativo e com a sociedade. Nossa próxima providência será convocar o secretário para dar satisfações”, disse Elias. O vereador lembrou que foi a primeira vez que um secretário da administração Iris Rezende não compareceu a uma audiência pública na Câmara Municipal. “O próprio prefeito esteve aqui por duas vezes”, ressaltou. Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Cultura, o secretário estava na abertura de uma oficina de teatro na Faculdade Sul Americana (Fasam). A posse dos novos conselheiros está marcada para hoje, às 10 horas, no Instituto Histórico e Geográfico de Goiás. Na foto, Elias Vaz comunica que Doracino Naves (de branco), diretor de política e ação cultural, não será aceito como representante da Secult na audiência, apesar da intervenção do vereador Bruno Peixoto (PMDB).
fonte: jornal OPOPULAR ,07/12/2005 - caderno Magazine Variedades
08/12/2005
Novos membros
Depois de muitos impasses e batalhas jurídicas, a Secultempossa os novos integrantes do Conselho Municipal de Cultura
Renato Queiroz
O secretário municipal de Cultura, Kleber Adorno, empossou, na manhã de ontem, os novos membros do Conselho Municipal de Cultura em cerimônia no Instituto Histórico e Geográfio de Goiás. Eles terão mandato de dois anos. Ao todo, são 14 nomes (veja quadro), sete deles nomeados pelo secretário e os outros sete escolhidos pelo prefeito Iris Rezende de uma lista tríplice de opções apresentada pela Secretaria Municipal de Cultura (Secult), após um processo de indicação tumultuado. Para Kleber, que também é presidente do conselho, a posse marca o fim do impasse entre a Secult e algumas entidades culturais que se arrasta desde o início de setembro.
“O conselho é muito representativo e está disposto a ouvir e dialogar inclusive com os descontentes. Goiânia está vivendo um momento luminoso na área cultural e a hora é de união”, afirmou. Sobre sua ausência anteontem na audiência pública da Câmara Municipal de Goiânia que discutiu o processo de indicação dos novos membros, Kleber reafirmou que compromissos anteriormente agendados o impediram de ir. “Mandei o Doracino Naves, diretor de Política e Ação Cultural da Secult, que tinha toda a capacidade de discutir o assunto”, afirmou.
O vereador Elias Vaz (PSOL) não aceitou o representante e disse que tinha convidado o secretário com uma semana de antecedência. Além de classificar a ausência como desrespeitosa, Elias disse ao POPULAR que convocará Kleber para dar explicações à sociedade. Apesar de acreditar que o “movimento dos descontentes já tenha se esvaziado”, Kleber ressaltou que sempre esteve aberto ao diálogo e que se for convocado vai comparecer à Câmara.
Primeiras açõesDepois da cerimônia de posse, foram apresentadas as primeiras propostas do novo Conselho Municipal de Cultura. A primeira é a criação do Prêmio Anatole Ramos de Jornalismo Cultural. Proposto pela conselheira Marley Regina Costa Leite, que é assessora de imprensa da Secult, a premiação se destina às matérias de abrangência cultural veiculadas em rádios, TVs e jornais impressos da capital. O segundo projeto, apresentado pelo conselheiro Aidenor Aires, é a criação da Ordem do Mérito Cidade de Goiânia, destinada a personalidades e empresas com trabalhos relevantes na área cultural do município. As propostas serão discutidas e formatadas nas próximas reuniões do conselho. A primeira está marcada para segunda-feira , dia 12.
Diferentemente do processo de composição do conselho, o ato de posse foi marcado pela tranqüilidade. Nenhum dos representantes do movimento que questiona os métodos utilizados pela Secult esteve presente. Na época, os manifestantes acusaram Kleber Adorno de tentar manobrar o processo de composição do conselho, elegendo para os cargos vagos pessoas de seu interesse, o que tiraria a independência do órgão para fiscalizar e contestar medidas da Secult. A Secult rebateu a crítica, afirmando que houve sim a devida publicação do evento no Diário Oficial e reafirmou o caráter democrático da conferência.
A Federação de Teatro de Goiás (Feteg) entrou com uma ação judicial pedindo a suspensão da conferência. O pedido foi acatado pelo juiz Eduardo Siade. O secretário Kleber Adorno, porém, não foi encontrado para ser citado da decisão, o que invalidou a liminar. Nos dias da votação, houve um boicote da eleição por parte dos grupos descontentes que, em seguida, pediram a anulação da votação. O mesmo juiz voltou a acolher os argumentos da Feteg e anulou o resultado da conferência. A Secult recorreu da decisão.
O desembargador Jamil Macedo, presidente do Tribunal de Justiça de Goiás, acatou o pedido da secretaria e, em decisão judicial, manteve válido o resultado da conferência. Os descontentes já avisaram que não desistirão de anular a escolha dos novos conselheiros. Eles tentam agendar uma audiência com o juiz Eduardo Siade para novamente debater a questão e pedirão ao Tribunal de Justiça que rediscuta a decisão do desembargador Jamil Macedo. Fonte: JORNAL O POPULAR - CADERNO MAZINE - 08/12/05
CulturaEm calmaria, Conselho toma posse
Após tumulto na eleição, secretário comanda solenidade tranqüila e anuncia novidade na área
08/12/2005
Carlos BrandãoDa editoria do DMRevistaO novo Conselho de Cultura de Goiânia tomou posse ontem pela manhã, no auditório do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás. Se a eleição foi tumultuada, com manifestações de artistas ligados ao Fórum Permanente de Cultura, a posse foi calma. O secretário Kleber Adorno comandou toda a reunião e cuidou de, pesoalmente, empossar os novos conselheiros. E o Conselho já começou fazendo propostas à Secult. A mais interessante, feita durante discurso do conselheiro Aidenor Aires, é a de audiências públicas do Conselho, para saber das reivindicações e anseios de todas as entidades culturais. Outras duas propostas querem instituir o Prêmio Anatole Ramos de Jornalismo Cultural e a Ordem do Mérito Cidade de Goiânia. As idéias foram recebidas pelo presidente da entidade, secretário Kleber Adorno, que nomeou relatores para o estudo dos projetos.Para Kleber, o novo Conselho, “assim como o anterior”, é formado por pessoas representativas da área, com notório reconhecimento e militância. O mandato é de dois anos, sendo permitida a recondução. A única conselheira reconduzida ao cargo é Andréia Teixeira. O secretário diz que os novos membros foram nomeados pelo prefeito, “que é quem tem competência legal para isso”.Aidenor Aires, novo conselheiro, entende que ele e seus pares assumem num “momento emblemático para a cultura e o setor cultural de Goiânia, em que a pluralidade deve ser respeitada”. E afirma que a função do Conselho é assessorar na aplicação de políticas públicas, fiscalizar a distribuição de recursos e servir de interlocutor entre entidades culturais e secretaria.O teatrólogo Carlos Moreira, que também tomou posse ontem, vê a situação como de “extrema legalidade”. Ele diz que “vê pessoas se negando a discutir e não aceitando um processo de renovação normal”. Fala também que “essa meia dúzia tem direito ao contraditório, teve chance de ser eleita para o Conselho, mas não quis participar do processo, alegando que não houve tempo”. Moreira, ao ser questionado sobre a real função do Conselho, afirma que será de muita participação. “Eu e todos os outros conselheiros temos toda uma história de participação e luta em favor da cultura em Goiás e não aceitaremos ser vacas de presépio”. A afirmação vem em resposta aos integrantes da oposição a Kleber e ao novo Conselho, que acreditam que o secretário vai manipular a entidade.O fato de Kleber Adorno não ter ido à audiência pública na Câmara Municipal, na segunda-feira, deixou o vereador Elias Vaz bastante irritado, classificando o fato como “afronta ao Legislativo”. Kleber alegou outros compromissos para não ir ao evento, mas mandou representante.
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