Mas o que quero observar é que um título assim, é um tipo de crença local, em Goiânia tudo é melhor e maior, antigamente tínhamos o maior diorama da América Latina, o maior jato d'água instalado no Bosque dos Buritis, o problema, penso eu, é quem foi mesmo que fez essas comparações ou medições? Comparou com o quê?
Pois é, a megalomania, natural do goianiense, faz com que percam o senso de realidade e se acostumem com qualquer porcaria.
Abaixo segue um questionamento do jornalista Eduardo Horácio sobre o assunto e o inusitado, a proposição de Lei, imaginem para o pedestre. Goiânia, a capital do carro, pensando no pedestre? Epa!
E o Chorinho no Grande Hotel agora já ocupa o passeio central da Avenida Goiás com mesas e cadeiras. Pois, pedestre merece é paulada, tá vivo de teimoso em Goiânia!
Foto: Domingos Elias/Secom
Goiânia levou o título de cidade campeã em qualidade de vida.
O prêmio que o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), foi receber é, no mínimo, questionável.
Goiânia campeã em qualidade de vida? Que critérios foram usados?
Como pode ser uma cidade campeã de qualidade de vida se estamos entre as cidades brasileiras líderes em casos de dengue?
E o trânsito infernal (inferno causado pela má-gestão da prefeitura e pelos motoristas)?
E o ar altamente pesado e poluído, também conseqüência do trânsito?
E o abandono do Centro de Goiânia?
E o transporte coletivo, que é seguramente um dos piores do Brasil, como inclusive atestam os usuários? E as filas nos hospitais, o sucateamento das escolas?
Sem contar o desrespeito aos direitos humanos, a violência policial, os 18 casos de assassinatos e desaparecimentos atribuídos a policiais militares de Goiás nos últimos sete anos. Tudo isso denunciado à ONU.
Goiânia pode ter muitas qualidades, mas está longe de ser minimamente boa em qualidade de vida.
http://www.jornalx.com.br/blog.php?id_post=754&categoria_mat=post
Sexta-feira, 30 de Maio de 2008, JORNAL TRIBUNA DO PLANALTO
Comunidades - Por João Camargo Neto
Os irmãos Wanderson Pereira Silva, 24, e João Carlos Silva, 22, moram em Trindade e enfrentam uma romaria diária. O martírio não acontece, porém, na Rodovia dos Romeiros, trecho tradicional procurado por católicos fiéis ao Divino Pai Eterno, que buscam na cidade a segunda maior basílica do Brasil.É no Centro de Goiânia que o cadeirante Wanderson e João, sempre na condução da cadeira de rodas, enfrentam os literais obstáculos do dia-a-dia. Apesar de receber um salário mínimo de aposentadoria pela invalidez física, ele recorre às ruas para aumentar a renda e tentar dar uma vida mais digna à família.O sofrimento que parece não ter fim no início do trajeto em Trindade, onde toma um ônibus até o Terminal de Integração Padre Pelágio, tem continuidade no Eixo Anhangüera. Desembarcam em um dos pontos do cruzamento com a Avenida Goiás e, no chão, mais dificuldades.Para um passante sem limitações físicas já é complicado transitar nas ruas da Capital, principalmente nas regiões central e de Campinas. Em meio a vendedores ambulantes e o tumulto de pessoas apressadas, a cadeira de Wanderson, conduzida por João Carlos, não raro vê-se diante ou dentro de um dos vários buracos espalhados nos calçamentos das vias goianienses. Parece cenário de bairro periférico, mas não é este o contexto do Centro.Pensando nessas e outras situações, a Câmara de Goiânia aprovou, em primeira votação, na quarta-feira, 28, o Estatuto do Pedestre. O mecanismo visa atender às necessidades de tráfego tanto de transeuntes com necessidades específicas quanto aos ilesos e estabelece os deveres dos mesmos. Na terça-feira, 3, o Projeto de Lei 142/2007 será encaminhado ao plenário da Casa para a segunda votação. Se se repetir a cena da primeira, será novamente aprovado sem restrições. Assim, restará apenas ao prefeito Iris Rezende sancionar ou vetar a matéria.Presidenta da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Câmara de Goiânia e autora do projeto, a vereadora Cidinha Siqueira diz que o número de acidentes envolvendo pedestres em 2007 a motivou a criar o Projeto de Lei. "Foram 74 óbitos por atropelamento", destaca. Ela denomina o Estatuto do Pedestre como um "passaporte de segurança". Uma vez sancionado, Cidinha pretende dar ampla divulgação, encomendando a impressão em larga escala do documento, que será distribuído aos goianienses como forma de conscientizá-los e reduzir as tragédias que ceifam a vida de pedestre no trânsito da Capital.
Controvérsia
Para a secretária executiva bilíngüe e estudante de Psicologia Kamyla Gomes, 28, o conjunto de leis específicas não trará grandes mudanças. "O pedestre falha muito mais do que o motorista. Raramente quem está a pé usa a faixa para atravessar a rua", diz.Apesar de apostar na idéia de que o pedestre que também dirige seja um motorista melhor, ela não defende nenhum dos dois. "Ninguém pára. Para atravessar a Avenida Universitária, onde estudo, ou espero juntar mais umas cinco pessoas ou arrisco minha vida e vou entrando na frente dos veículos", confessa.Foi em uma das travessias em faixa de pedestre que o aposentado João Basílio, 74, fraturou algumas costelas recentemente. Este ano ele já foi atropelado duas vezes no Centro de Goiânia. Na última, enquanto ele fazia a travessia com o sinal aberto para ele, foi colhido por um motociclista que desconsiderou o sinal vermelho para os veículos. Ele não prestou socorro e João Basílio sofre até hoje as dores do acidente.A imprudência de motoristas e pedestres é facilmente notada em qualquer ponto movimentado da capital goiana. Seja na Praça Universitária, no Centro, em Campinas ou em qualquer outro ponto de grande fluxo, independente de horário.Motoristas de carros e motocicletas desrespeitam as faixas e, conseqüentemente, os pedestres. Passantes desconsideram que a travessia é possível apenas quando o sinal está verde para os transeuntes e são surpreendidos por veículos. As duas cenas não são raras. Nem as calçadas se livram da confusão. O acúmulo de vendedores ambulantes (de meias, alimentos, pilhas, lanternas, varas de pescar, óculos, fotografias 4x4, venenos para matar baratas, ratos e insetos) tumultua os calçamentos da Avenida Anhangüera, principalmente no Centro e em Campinas.O superintendente municipal de Trânsito, coronel Paulo Sanches, conhece a situação apenas do tráfego de veículos de Goiânia. Quanto ao de pedestres, ele não esconde falta de conhecimento da real situação. "Eu achava que não tinha camelôs na cidade. Pensei que esse povo já tivesse saído", confessa. A mesma ignorância Sanches demonstra em relação ao Projeto de Lei 142/2007, que prevê a criação do Estatuto do Pedestre na Capital. "Não o conheço. O texto passou por aqui. Mandei aprovar, mas não li", conta.A matéria recebeu aprovação dos presidentes da SMT, Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) e Secretaria de Planejamento do Município (Seplam). Os pareceres favoráveis, apesar da confissão de desconhecimento do teor do projeto por parte de Paulo Sanches, indica que o prefeito Iris Rezende deve sancionar a lei assim que aprovada na Câmara.
Saiba mais
O que o Estatuto do Pedestre prevê Os direitos do pedestre:
*À paisagem livre da intrusão visual;
*Ao meio ambiente saudável e ao desenvolvimento sustentável da cidade;
*De ir e vir;
*De circular livremente a pé, com carrinho de bebê ou em cadeiras de rodas, nas travessias das vias, passeios, calçadas e praças públicas, sem obstáculos e constrangimentos de qualquer natureza, sendo-lhes assegurada mobilidade, acessibilidade e segurança.
É assegurado ao pedestre:
*Calçadas limpas, conservadas, com piso antiderrapante, em inclinação e largura adequadas à circulação e mobilidade, livres e desimpedidas de quaisquer obstáculos, públicos e particulares;
*Tempo de travessia de vias adequado ao seu ritmo;
*Calçadas, vias, praças e passeios limpos e seguros;
*Equipamento e mobiliário urbano que facilite a mobilidade e a acessibilidade de pessoas com deficiência e idosos.
São deveres do pedestre:
*Permanecer e andar nas calçadas e somente atravessar as vias nas faixas destinadas aos pedestres;
*Respeitar a sinalização de trânsito e utilizar as faixas de segurança, passarelas e passagens subterrâneas;
*Atravessar somente em trajetória perpendicularàs vias;
*Não jogar lixo nas vias públicas e manter seus cães com coleiras e focinheiras, portando coletor de fezes dos animais quando caminhar nas vias, entre outros deveres.
O Estatuto determina:
*A penalização de condutores e pedestres que descumprirem o que ele prevê;
*A obrigatoriedade dos prédios que não possuem marquise de proteção para queda de objetos de instalá-la;
*Os postos de venda de combustível deverão, num prazo de 180 dias da publicação da lei, demarcar os locais de passagem dos pedestres com destaque para sinalização e diferenciação do piso nos termos do Código de Trânsito Brasileiro;
*O Município terá de delimitar as áreas e estabelecer normas de utilização das calçadas após as 18 horas por bares, restaurantes e por feiras de artes e artesanato.
Fonte: Projeto de Lei 142/2007, que estabelece o Estatuto do Pedestre
http://www.tribunadoplanalto.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=5606&mode=thread&order=0&thold=0
5 comentários:
De: anadinizarq diniz [mailto:anamariadiniz@gmail.com]
Enviada em: segunda-feira, 2 de junho de 2008 10:02
Para: deolindataveira@terra.com.br
Assunto: Re: A GOIANIA QUE QUEREMOS?!
Ótimo!
Temos também de falar sobre o maior acervo art déco nacional! Goiãnia capital nacional do art déco! Outra mentira. Construção de uma identidade inexistente.
Chamaram uns arquitetos cubanos que estavam morrendo de fome para jantar com o governador e afirmarem para nós pobres ignorantes que temos o maior e mais belo acervo art déco!
Ana,
Concordo com você que é preciso discutir o assunto, mas discordo sobre o nivel da fome dos arquitetos(hehehehe).
Em todo caso, o prêmio em questão, é um concurso que recebe quem paga. E no caso de Goiânia é a garantia de midia gratuita.
Bom mesmo em Goiânia, é o "Centro Cultural Oscar Niemeyer": Uma obra ao acaso. Obra de politicagem. Algum dia, poderá até servir de abrigo para sem teto, menos, é claro, para o que foi construído. Ninguém usa aquilo, fica mais ao tempo... Com tantos milhões investido naquilo, e ainda revelaram que é obra inacabada! Estão dizendo que ainda falta muita grana para finalizar. É mole ou quer mais?!
dona Deolinda a senhora ao menos morol em goiania?
viveu por algum tempo?
conhece os cidadoes?
e quem e vc para criticar o que nao conhece das criticas que vc fez ateo ponto que eu li so foram verdadeiras essa parte
''E o transporte coletivo, que é seguramente um dos piores do Brasil, como inclusive atestam os usuários? E as filas nos hospitais, o sucateamento das escolas?
Sem contar o desrespeito aos direitos humanos, a violência policial, os 18 casos de assassinatos e desaparecimentos atribuídos a policiais militares de Goiás nos últimos sete anos. Tudo isso denunciado à ONU.''
bandidos tem para todos os lugares e em muitos nao tem uma policia que fassa o serviço direito a ''ROTAM'' e a policia que mais mata ja matou um primo meu ele nao era pessoa boa nao morreu bem feito a rotam mata e nao e pouco nao ela esta nas ruas pra isso goiania nao tem mais casos de dengue nao quem tem e o rio de janeiro me mande resposta
lucasbarrosfaria@hotmail.com
e faça uma retrataçao pois goiania nao e isso nao
Prezado Lucas,
Imagino que pelo naipe das colocações você é um daqueles garotos no terceiro ano do 2º grau, filhote de papai e mami e completamente alienado.
Sou eu que te pergunto, mora em Goiânia? Anda de ônibus? Já levou baquelejo da nossa educada e amistosa policia? Assiste os telejornais? Lê os jornais locais?
Goiânia vive hoje o drama de parecer moderna, de parecer civilizada, de parecer que tem políticos decentes, e tudo que temos, é o caos no trânsito, na saúde, na marmota que virou sua arquitetura, nos imensos painéis que encobrem tudo, nas policia que mata sem dó a nossa juventude, corruptos em todos os lugares e um elite consumista e alienada.
Goiânia é isso e muito mais, bairrismo, no seu caso, só serve para empurrar a sujeira para debaixo do tapete. Seja sincero e não compare Goiânia com outras cidades, pense se quer viver na Goiânia de hoje, seja leal com a cidade que ama, e queira para ela e para todos nós uma cidade bacana,digna, amigavél, essa é a cidade que vivíamos a pouco mais de 10 amos e que sumiu no caos instalado por falta de planejamento dos gestores públicos e pela acomodação de seus municípes.
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