Grupo da Oficina 1 - Avaliação de Riscos
Aconteceu em São Paulo o Seminário Segurança em Museus: um olhar multidisciplinar, entre os dias 23 a 27 de novembro de 2009.
Proposto com o objetivo de ampliar a discussão sobre a segurança em museus, a partir de diferentes enfoques e experiências, contribuindo na formação dos profissionais que lidam com o patrimônio cultural no Brasil, contou com a participação de representantes do museus de diversos estados brasileiros. De Goiás estavamos presentes Henrique de Freitas, diretor do Museu Goiano Prof. Zoroastro Artiaga e eu, da Diretoria de Patrimônio Histórico e Artístico da AGEPEL.
A proposta do ICOM adotou ainda como estratégia incluir na programação profissionais da área da segurança pública, da justiça, dos museus, arquivos e bibliotecas de forma a enriquecer a discussão do tema e proporcionar uma visão multidisciplinar da questão da segurança em museus.
No primeiro dia duas falas, penso que se destacaram, a primeira da Bernice Murphy, sobre ética e em especial referindo-se a ética nas aquisições e a do juiz Fausto De Sanctis, que demonstra o importante papel do judiciário, sempre tão moroso e caprichoso, no entendimento das questões que envolvem o tráfico, lavagem de dinheiro, usando bens culturais, e ainda a sua exemplar atuação.
No segundo dia a mesa-redonda "Os diversos olhares sobre a segurança do patrimônio museológico" reuniu representantes do MPF, PF/INTERPOL, Receita Federal, MPE - SP e a brilhante atuação do MPE-MG marcou o debate. Todavia tornou-se evidente a falta de preparo das instituições, para atuarem no combate ao tráfico ilícito de bens culturais. Entretanto, o Estado de Minas Gerais demonstrou que o MPE tem obrigação de fiscalizar, e no caso de MG o faz, o que não significa que em outros estados, os MPEs atuem com a mesma compreenção quando se trata de bens culturais. E vamos relembrar o caso do Zoológico de Goiânia, as denúncias surgiram em 2005, e só em 2009, pressionados pela imprensa e pela população, houve alguma ação, e quanto ao patrimônio cultural? A única noticia que se tem de uma ação data da época de Sullivan Silvestre.
No terceiro dia a mesa-redonda "Ações positivas para a proteção patrimônio cultural" contou com a participação Vitor Manoel Marques da Fonseca do Arquivo Nacional - RJ, de Marcelo Araújo da Pinacoteca do Estado, de Teodora Carneiro do Comitê Paulista do Escudo Azul e ainda de Leonor Sá do Museu Judiciário de Portugal.
O projeto Igreja Segura - Igreja Aberta, apresentado por Leonar Sá demonstra a segurança (registro, catalogação e outros) como fator importante para que as igrejas, principais vítimas de furtos, possam permancer abertas.
O IEPHA publicou uma entrevista excelente com Leonor Sá e vale a leitura http://www.iepha.mg.gov.br/noticias/655-iephamg-entrevista-leonor-sa
Além do seminário aconteceram três oficinas simultâneas entre os dias 24 e 26 de novembro:
Oficina 1 - Avaliação de Riscos.
Ministrada, em espanhol, por Carmen Rallo - Ministério da Cultura da Espanha-, Marta Hernández - Museo Del Prado-, e Encanarción Hidalgo - Museo de América -, ensinaram como elaborar um plano de proteção para os acervos dos museus.
Oficina 2 - Legislação sobre patrimônio cultural e combate ao tráfico ilicito de bens culturais.
Ministrada por Ana Cristina Bandeira Lins(MPF-SP), Célia Corsino(Museu de Artes e Ofícios -MG), Claudia Lage(MPF), Antônio Fernando B. dos Santos (IPHAN-MG), Daury de Paula Júnior(Justiça do Meio Ambiente de Santos-SP), Eduardo Nocetti Horns(6º Grupamento de Bombeiros - SP).
Oficina 3 - Conservação preventiva com enfoque na segurança em museus, instituições afins e coleções particulares(reserva técnica, exposição, catalogação, conservação e segurança).
A oficina contou com vários ministrantes e foi coordenada pelo Grupo Patrimônio & Proteção.
Maiores informações no site do www.icom.org.br O evento foi transmitido ao vivo pelo pessoal do FÓRUM PERMANENTE www.forumpermanente.org
Esse Blog tem como objetivo discutir a produção do patrimônio cultural brasileiro e a sua permanência. Os AMIGOS DOS MUSEUS atuam diretamente de Goiânia, capital do Estado de Goiás. Coração do Brasil. Do cerrado para o mundo!
domingo, novembro 29, 2009
sábado, novembro 21, 2009
AGAV - Associação Goiana de Artes Visuais
Uma excelente notícia nos foi enviada pela grande batalhadora das artes visuais em Goiás, Vânia Ferro conseguiu enfim que o setor tenha uma entidade de representação da categoria. Parabéns, Vânia e todos e todas que participaram e participam da AGAV!
Abaixo o comunicado enviado pela Vânia Ferro:
"Oi pessoal,
Hoje dirijo-me a vocês não para convidá-los para o trabalho das oficinas e reuniões da AGAV, mas sim para comunicar-lhes que Associação Goiana de Artes Visuais agora existe de verdade.
Ela acaba de ser registrada.Temos agora nosso CNPJ. Peçamos a Deus sabedoria, paciencia, dicernimento, humildade mais esforços um pouco de raciocínio como disse Raymond Chaudler, quanto mais o artista raciocina menos ele cria.
Com um pouco de perseverança haveremos de conquistar também nosso espaço neste mundo onde os valores essenciais a muito deixam a desejar.
Abraços
Vania Ferro
Presidente
AGAV"
Abaixo o comunicado enviado pela Vânia Ferro:
"Oi pessoal,
Hoje dirijo-me a vocês não para convidá-los para o trabalho das oficinas e reuniões da AGAV, mas sim para comunicar-lhes que Associação Goiana de Artes Visuais agora existe de verdade.
Ela acaba de ser registrada.Temos agora nosso CNPJ. Peçamos a Deus sabedoria, paciencia, dicernimento, humildade mais esforços um pouco de raciocínio como disse Raymond Chaudler, quanto mais o artista raciocina menos ele cria.
Com um pouco de perseverança haveremos de conquistar também nosso espaço neste mundo onde os valores essenciais a muito deixam a desejar.
Abraços
Vania Ferro
Presidente
AGAV"
sábado, novembro 14, 2009
CONSELHO DE CULTURA 5
Isso é que considero socializar a fedentina!
A diferença entre o Rio de Janeiro, cidade maravilhosa e Goiânia, é que lá se realiza a 1ª Conferência de Cultura e aqui, na 7ª edição, a falta de respeito e de significado da sociedade é a mesma. E ainda, é muito bom não esquecer, em 7 edições, as Conferências de Goiânia, só são legalizadas até a 2ª, tendo em vista, a nulidade da 3ª Conferência, por fraude.
Na 6ª Conferência, um documento, assinado por mais de 20 organizações da sociedade civil, pedindo que a Conferência tivesse um caráter de participação e não fosse apenas uma fachada para se obter verbas federais,foi enviado ao então secretário de Cultura, aquele que transacionou com a justiça e parcelou em três vezes de R$300,00, acusado de peculato, pois se utilizou da Lei de Incentivo para obter vantagens para si e para terceiros. A resposta obtida foi no estilo "vocês não podem com a nossa esperteza". Espertos demais, com certeza, azar de Goiânia.
CARTA ABERTA ENTREGUE AO SR. SUBSECRETÁRIO MÁRIO DEL REY
Rio de Janeiro, 11 de Novembro de 2009.
Por outro modelo de Conselho de Cultura possível
O título do presente documento traduz uma intenção e um compromisso simultaneamente cultural, social e político entre pessoas físicas, profissionais e representantes de entidades da sociedade civil, comprometidos com o produção cultural e artística da cidade do Rio de Janeiro. Nele existe uma referência a uma ação coletiva representada nos programas e teses defendidas por um movimento social de inspiração solidária planetária, o Fórum Mundial Social (FMS). Portanto, a ideia é pensar com o rigor da lógica que mobiliza a legislação voltada para a criação de um Conselho Municipal de Cultura, articulada com a nossa atuação como profissionais de arte e cultura e militantes políticos de um campo que pretende reverter situações e reorientar prioridades.
Nós, entidades e pessoas físicas reunidas à partir da I Conferência Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, entendemos que foi lamentável, na semana de realização desta, a votação da lei que criou o Conselho Municipal de Cultura da Cidade do Rio de Janeiro, a qual a nosso ver não deveria ter ser sido sancionada pelo prefeito, pelos motivos que seguem abaixo:
1. Fora um projeto enviado através de mensagem do Executivo Municipal para a Câmara de Vereadores na data de 20 de agosto de 2009 e que não houve nenhuma audiência pública e/ou atos de esclarecimento e construção conjunta com as entidades representativas e movimentos da Cultura da cidade; sabemos que a Secretária Municipal de Cultura e seus representantes participaram de debates e eventos no período anterior a Conferência, mas nenhum destes com este objetivo e finalidade.
2. Nós esperávamos que durante a I Conferência Municipal de Cultura, realizada nos dias 24 e 25 de outubro de 2009, fosse discutido o modelo de Conselho Municipal de Cultura ideal para a nossa cidade, assim como seus critérios, sua composição e suas competências, dentre outras atribuições;
Nesse sentido, como parcela da sociedade civil, nosso entendimento é que este processo deveria ter sido mais democrático, em consonância com o Sistema Nacional de Cultura. Ressaltamos que trata-se de uma matéria de alto interesse público, que da forma como o processo foi conduzido acaba por decepcionar e frustrar a sociedade civil exatamente por restringir a sua participação. Desse modo, entendemos que:
i. A presidência do Conselho deve ser eleita entre seus membros, alternando entre sociedade civil e o poder público, garantindo equilíbrio entre os membros de cada esfera.
ii. A eleição do Conselho deve ser realizada em Fórum específico convocado para este fim, através de audiência pública, amplamente divulgada, de tal forma que consagre a real representatividade do mesmo.
iii. Nenhum Conselho de caráter democrático e participativo pode ser implementado, ainda que em caráter transitório, a partir da indicação pelo poder Executivo de representantes da sociedade civil sem que estes tenham sido eleitos entre seus pares;
iv. Será garantido em fórum próprio, a sociedade civil, a organização, convocação, a luz da lei de criação, a escolha dos conselheiros/as provisórios/as. A escolha deste se dará em um prazo máximo de sessenta dias, em virtude do processo eleitoral da sociedade civil.
Vimos manter nosso compromisso com a construção de uma democrática política cultural, entendendo como um avanço a realização da I Conferência Municipal de Cultura, assim como a elaboração das políticas públicas que virão nos desdobramentos desta e da efetivação do Conselho Municipal de Cultura.
Assinam as seguintes entidades e/ou participantes da I Conferência Municipal de Cultura: Coletivo de Produção Cultural Aracy de Almeida/CPC â Instituto Palmares de Direitos Humanos/IPDH â Secretaria Estadual de Cultura do Partido dos Trabalhadores â Iyún Asé Orin- Coral de Cânticos Sagrados â UNEGRO â Coletivo de Mulheres Negras do Rio de Janeiro - Cia. de Teatro É Tudo Cena! - Associados â Associação Brasileira de Museologia - Centro de Estudos e Cooperação Brasil Continente Africano e Diáspora/COBRA - Coletivo de Entidades Negras / Rio de Janeiro- CEN - Morgana Eneile: Secretária Nacional de Cultura do PT e delegada Eleita na I Conferência Municipal de Cultura â Roberta Martins: Coletivo da Secretária Nacional de Cultura do PT - Léo Borges: Presidente da Cooperativa de Músicos Independentes do Rio de Janeiro/COMUSI e delegado eleito na I Conferência Municipal de Cultura- Elieth Silva: Secretária da COMUSI - Aduni Benton - Eleita pelo segmento de Teatro Delegada do segmento de Teatro da I Conferência Municipal de Cultura para a Estadual - Diretora de Artes Cênicas , Atriz e Produtora - Fernando Lima: presidente da Associação dos Servidores da FUNARJ/ASSEFAERJ â Paulo César Nunes dos Santos: Coletivo de Produção Cultural Aracy de Almeida - Adua Nesi: museologa, membro da Associação Brasileira de Museologia - Henrique Brandão: jornalista e assessor do Vereador Eliomar Coelho, Psol-RJ - Cássia Liberatori: Diretora Sintergia/RJ Sindicato do Trabalhadores nas Empresas de Energia do Rio de Janeiro e delegada eleita pelo segmento sociedade civil na I Conferência Municipal de Cultura - Sidney Schuindt: Pedagogo â Álvaro Maciel: Secretário Estadual de Cultura do PT/RJ - Flavio Aniceto: coordenador do CPC Aracy de Almeida e delegado eleito pelo segmento sociedade civil na I Conferência Municipal de Cultura - Eurípedes Gomes da Cruz Júnior â Claudia Fernandes Canarim â Suely Nascimento (área de audiovisual) â Marcelo Antunes: eleito delegado-suplente pela sociedade civil - Adagoberto Arruda: Professor, Ator, Presidente da ACEC-Associação Cultural Embaixada das Caricatas, Diretor do IPCN-Instituto de Pesquisa das Culturas Negras e 1º Suplente de Delegado eleito pelo segmento Sociedade Civil na I Conferência Municipal de Cultura - Vivian Cáfaro, artista independente e Arte-Educadora - Wilian Santiago: Ator, Bailarino e Produtor -
A diferença entre o Rio de Janeiro, cidade maravilhosa e Goiânia, é que lá se realiza a 1ª Conferência de Cultura e aqui, na 7ª edição, a falta de respeito e de significado da sociedade é a mesma. E ainda, é muito bom não esquecer, em 7 edições, as Conferências de Goiânia, só são legalizadas até a 2ª, tendo em vista, a nulidade da 3ª Conferência, por fraude.
Na 6ª Conferência, um documento, assinado por mais de 20 organizações da sociedade civil, pedindo que a Conferência tivesse um caráter de participação e não fosse apenas uma fachada para se obter verbas federais,foi enviado ao então secretário de Cultura, aquele que transacionou com a justiça e parcelou em três vezes de R$300,00, acusado de peculato, pois se utilizou da Lei de Incentivo para obter vantagens para si e para terceiros. A resposta obtida foi no estilo "vocês não podem com a nossa esperteza". Espertos demais, com certeza, azar de Goiânia.
CARTA ABERTA ENTREGUE AO SR. SUBSECRETÁRIO MÁRIO DEL REY
Rio de Janeiro, 11 de Novembro de 2009.
Por outro modelo de Conselho de Cultura possível
O título do presente documento traduz uma intenção e um compromisso simultaneamente cultural, social e político entre pessoas físicas, profissionais e representantes de entidades da sociedade civil, comprometidos com o produção cultural e artística da cidade do Rio de Janeiro. Nele existe uma referência a uma ação coletiva representada nos programas e teses defendidas por um movimento social de inspiração solidária planetária, o Fórum Mundial Social (FMS). Portanto, a ideia é pensar com o rigor da lógica que mobiliza a legislação voltada para a criação de um Conselho Municipal de Cultura, articulada com a nossa atuação como profissionais de arte e cultura e militantes políticos de um campo que pretende reverter situações e reorientar prioridades.
Nós, entidades e pessoas físicas reunidas à partir da I Conferência Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, entendemos que foi lamentável, na semana de realização desta, a votação da lei que criou o Conselho Municipal de Cultura da Cidade do Rio de Janeiro, a qual a nosso ver não deveria ter ser sido sancionada pelo prefeito, pelos motivos que seguem abaixo:
1. Fora um projeto enviado através de mensagem do Executivo Municipal para a Câmara de Vereadores na data de 20 de agosto de 2009 e que não houve nenhuma audiência pública e/ou atos de esclarecimento e construção conjunta com as entidades representativas e movimentos da Cultura da cidade; sabemos que a Secretária Municipal de Cultura e seus representantes participaram de debates e eventos no período anterior a Conferência, mas nenhum destes com este objetivo e finalidade.
2. Nós esperávamos que durante a I Conferência Municipal de Cultura, realizada nos dias 24 e 25 de outubro de 2009, fosse discutido o modelo de Conselho Municipal de Cultura ideal para a nossa cidade, assim como seus critérios, sua composição e suas competências, dentre outras atribuições;
Nesse sentido, como parcela da sociedade civil, nosso entendimento é que este processo deveria ter sido mais democrático, em consonância com o Sistema Nacional de Cultura. Ressaltamos que trata-se de uma matéria de alto interesse público, que da forma como o processo foi conduzido acaba por decepcionar e frustrar a sociedade civil exatamente por restringir a sua participação. Desse modo, entendemos que:
i. A presidência do Conselho deve ser eleita entre seus membros, alternando entre sociedade civil e o poder público, garantindo equilíbrio entre os membros de cada esfera.
ii. A eleição do Conselho deve ser realizada em Fórum específico convocado para este fim, através de audiência pública, amplamente divulgada, de tal forma que consagre a real representatividade do mesmo.
iii. Nenhum Conselho de caráter democrático e participativo pode ser implementado, ainda que em caráter transitório, a partir da indicação pelo poder Executivo de representantes da sociedade civil sem que estes tenham sido eleitos entre seus pares;
iv. Será garantido em fórum próprio, a sociedade civil, a organização, convocação, a luz da lei de criação, a escolha dos conselheiros/as provisórios/as. A escolha deste se dará em um prazo máximo de sessenta dias, em virtude do processo eleitoral da sociedade civil.
Vimos manter nosso compromisso com a construção de uma democrática política cultural, entendendo como um avanço a realização da I Conferência Municipal de Cultura, assim como a elaboração das políticas públicas que virão nos desdobramentos desta e da efetivação do Conselho Municipal de Cultura.
Assinam as seguintes entidades e/ou participantes da I Conferência Municipal de Cultura: Coletivo de Produção Cultural Aracy de Almeida/CPC â Instituto Palmares de Direitos Humanos/IPDH â Secretaria Estadual de Cultura do Partido dos Trabalhadores â Iyún Asé Orin- Coral de Cânticos Sagrados â UNEGRO â Coletivo de Mulheres Negras do Rio de Janeiro - Cia. de Teatro É Tudo Cena! - Associados â Associação Brasileira de Museologia - Centro de Estudos e Cooperação Brasil Continente Africano e Diáspora/COBRA - Coletivo de Entidades Negras / Rio de Janeiro- CEN - Morgana Eneile: Secretária Nacional de Cultura do PT e delegada Eleita na I Conferência Municipal de Cultura â Roberta Martins: Coletivo da Secretária Nacional de Cultura do PT - Léo Borges: Presidente da Cooperativa de Músicos Independentes do Rio de Janeiro/COMUSI e delegado eleito na I Conferência Municipal de Cultura- Elieth Silva: Secretária da COMUSI - Aduni Benton - Eleita pelo segmento de Teatro Delegada do segmento de Teatro da I Conferência Municipal de Cultura para a Estadual - Diretora de Artes Cênicas , Atriz e Produtora - Fernando Lima: presidente da Associação dos Servidores da FUNARJ/ASSEFAERJ â Paulo César Nunes dos Santos: Coletivo de Produção Cultural Aracy de Almeida - Adua Nesi: museologa, membro da Associação Brasileira de Museologia - Henrique Brandão: jornalista e assessor do Vereador Eliomar Coelho, Psol-RJ - Cássia Liberatori: Diretora Sintergia/RJ Sindicato do Trabalhadores nas Empresas de Energia do Rio de Janeiro e delegada eleita pelo segmento sociedade civil na I Conferência Municipal de Cultura - Sidney Schuindt: Pedagogo â Álvaro Maciel: Secretário Estadual de Cultura do PT/RJ - Flavio Aniceto: coordenador do CPC Aracy de Almeida e delegado eleito pelo segmento sociedade civil na I Conferência Municipal de Cultura - Eurípedes Gomes da Cruz Júnior â Claudia Fernandes Canarim â Suely Nascimento (área de audiovisual) â Marcelo Antunes: eleito delegado-suplente pela sociedade civil - Adagoberto Arruda: Professor, Ator, Presidente da ACEC-Associação Cultural Embaixada das Caricatas, Diretor do IPCN-Instituto de Pesquisa das Culturas Negras e 1º Suplente de Delegado eleito pelo segmento Sociedade Civil na I Conferência Municipal de Cultura - Vivian Cáfaro, artista independente e Arte-Educadora - Wilian Santiago: Ator, Bailarino e Produtor -
quarta-feira, novembro 11, 2009
MAG E ELIO GASPARI
O artigo de Elio Gaspari me lembra de comentar o situação do MAG - Museu de Arte de Goiânia, com o acervo abandonado literalmente a céu aberto devido a uma troca de telhado. A Prefeitura de Goiânia, finalmente decidiu-se a fazer a troca do telhado do prédio do MAG e terminar de vez com as eternas e anuais inundações, todavia, de uma forma muito inteligente escolheu o período de chuvas para fazer o serviço.
Uma parte do acervo foi transferido, outra ficou lá mesmo, no meio do caos, assim como o mobiliário financiado pela Fundação Vitae para reserva técnica.
A falta de compromisso e de respeito com o patrimônio cultural goianiense é total, um caso de polícia e o Ministério Público deveria agir em defesa, como fez com o Zoológico!
Parte da coleção de Lévi-Strauss virou pó
“Curioso retorno”, observou o antropólogo francês Claude Lévi-Strauss quando viu que os missionários da Amazônia guardavam em estojos os lindos diademas de plumas dos índios bororo, e só os emprestavam à tribo em ocasiões festivas. O retorno era curioso porque os primeiros missionários chegaram à Amazônia pensando em tirar aquelas penas das cabeças dos selvagens.
ELIO GASPARI
A morte de Lévi-Strauss permitiu à repórter Gabriela Longman mostrar a trajetória de outro curioso retorno, no qual centenas de objetos da cultura indígena, conservados em Paris, reaparecem na agenda brasileira, expondo os maus costumes dos brancos de Pindorama na preservação de seu patrimônio cultural.
Lévi-Strauss viveu no Brasil de 1935 a 1938, pesquisando a vida de tribos da Amazônia. Coletou milhares de peças da cultura dos bororos, nambiquaras e cadiuéus, entre outros. Pelas leis da época o professor podia mandar metade de sua coleção para a França. De um lote de cerca de mil objetos, o Brasil ficou com 328. Em duas viagens, ele e a mulher embarcaram um total de 1.200 peças. Desde 33 arcos e pequenas cerâmicas até quatro diademas de penas de araras, periquitos e papagaios. Essa coleção está no Museu du Quai Branly, catalogada, fotografada e acessível na internet.
Os 328 objetos que ficaram no Brasil foram divididos entre três instituições e mais tarde reagrupados no Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, onde está um magnífico diadema. Ao longo de mais de meio século, uma parte misturou-se com outras peças, pois não foi catalogada e etiquetada, outra quebrou-se e sabe-se lá quantas plumas simplesmente apodreceram. Em 2005, o próprio Lévi-Strauss identificou algumas peças para uma exposição em Paris.
Coisas assim acontecem nos museus brasileiros porque eles padecem de duas pragas. Há as instituições que são criadas ou socorridas por conta do peso político de seu diretor. (Em geral esses museus estão em obras.) Há também as instituições que são mantidas como se fossem patrimônio dos competentes servidores que lá trabalham. (Essas são facilmente identificáveis: não abrem nos fins de semana.)
A USP tem nove museus. A universidade Yale tem quatro. Consultando-se o Cadastro Nacional de Museus percebe-se que no eixo Rio-Niterói-Petropolis há algo como 110 museus. Roma tem 104.
A proliferação museológica é produto do casamento de ministros, governadores e prefeitos que querem inaugurar novos museus e amigos de ministros, governadores e prefeitos que querem dirigir museus. Afinal, o diretor do Metropolitan, em Nova York, tem carro, gabinete e secretária. (No chute, estima-se que seu acervo valha 400 bilhões de dólares.) É possível que o diretor do Museu do Esporte Mané Garrincha, que funcionava das 10 às 16 horas e não abria nos fins de semana, tivesse as mesmas facilidades. (O Ministério da Cultura diz que ele está fechado.)
Há excesso de museus banais e redundantes e escassez de instituições comprometidas com o acervo e o atendimento ao público. Como resolver semelhante problema? À falta de ideia melhor, o governo federal, os governadores e os prefeitos poderiam estabelecer um piso de visitantes mensais para cada museu. Quando essa meta não for cumprida vai embora o diretor. Depois, caso não tenha outra utilidade, fecha-se a instituição.
ELIO GASPARI é jornalista
Fonte: 11 de novembro 2009. Opinião - O POPULAR
Uma parte do acervo foi transferido, outra ficou lá mesmo, no meio do caos, assim como o mobiliário financiado pela Fundação Vitae para reserva técnica.
A falta de compromisso e de respeito com o patrimônio cultural goianiense é total, um caso de polícia e o Ministério Público deveria agir em defesa, como fez com o Zoológico!
Parte da coleção de Lévi-Strauss virou pó
“Curioso retorno”, observou o antropólogo francês Claude Lévi-Strauss quando viu que os missionários da Amazônia guardavam em estojos os lindos diademas de plumas dos índios bororo, e só os emprestavam à tribo em ocasiões festivas. O retorno era curioso porque os primeiros missionários chegaram à Amazônia pensando em tirar aquelas penas das cabeças dos selvagens.
ELIO GASPARI
A morte de Lévi-Strauss permitiu à repórter Gabriela Longman mostrar a trajetória de outro curioso retorno, no qual centenas de objetos da cultura indígena, conservados em Paris, reaparecem na agenda brasileira, expondo os maus costumes dos brancos de Pindorama na preservação de seu patrimônio cultural.
Lévi-Strauss viveu no Brasil de 1935 a 1938, pesquisando a vida de tribos da Amazônia. Coletou milhares de peças da cultura dos bororos, nambiquaras e cadiuéus, entre outros. Pelas leis da época o professor podia mandar metade de sua coleção para a França. De um lote de cerca de mil objetos, o Brasil ficou com 328. Em duas viagens, ele e a mulher embarcaram um total de 1.200 peças. Desde 33 arcos e pequenas cerâmicas até quatro diademas de penas de araras, periquitos e papagaios. Essa coleção está no Museu du Quai Branly, catalogada, fotografada e acessível na internet.
Os 328 objetos que ficaram no Brasil foram divididos entre três instituições e mais tarde reagrupados no Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, onde está um magnífico diadema. Ao longo de mais de meio século, uma parte misturou-se com outras peças, pois não foi catalogada e etiquetada, outra quebrou-se e sabe-se lá quantas plumas simplesmente apodreceram. Em 2005, o próprio Lévi-Strauss identificou algumas peças para uma exposição em Paris.
Coisas assim acontecem nos museus brasileiros porque eles padecem de duas pragas. Há as instituições que são criadas ou socorridas por conta do peso político de seu diretor. (Em geral esses museus estão em obras.) Há também as instituições que são mantidas como se fossem patrimônio dos competentes servidores que lá trabalham. (Essas são facilmente identificáveis: não abrem nos fins de semana.)
A USP tem nove museus. A universidade Yale tem quatro. Consultando-se o Cadastro Nacional de Museus percebe-se que no eixo Rio-Niterói-Petropolis há algo como 110 museus. Roma tem 104.
A proliferação museológica é produto do casamento de ministros, governadores e prefeitos que querem inaugurar novos museus e amigos de ministros, governadores e prefeitos que querem dirigir museus. Afinal, o diretor do Metropolitan, em Nova York, tem carro, gabinete e secretária. (No chute, estima-se que seu acervo valha 400 bilhões de dólares.) É possível que o diretor do Museu do Esporte Mané Garrincha, que funcionava das 10 às 16 horas e não abria nos fins de semana, tivesse as mesmas facilidades. (O Ministério da Cultura diz que ele está fechado.)
Há excesso de museus banais e redundantes e escassez de instituições comprometidas com o acervo e o atendimento ao público. Como resolver semelhante problema? À falta de ideia melhor, o governo federal, os governadores e os prefeitos poderiam estabelecer um piso de visitantes mensais para cada museu. Quando essa meta não for cumprida vai embora o diretor. Depois, caso não tenha outra utilidade, fecha-se a instituição.
ELIO GASPARI é jornalista
Fonte: 11 de novembro 2009. Opinião - O POPULAR
segunda-feira, novembro 02, 2009
CONSELHO DE CULTURA 4
7ª Conferência Municipal de Cultura de Goiânia consolidação do “modus operandis”.
Goiânia nasceu sob o signo da modernidade, mas a modernidade do estado novo e aos 76 anos, já uma senhorinha, ainda não perdeu o ranço, pelo menos na área da cultura.
Entre os dias 05 a 14 de outubro novamente, em Goiânia, tivemos novamente o espetáculo da “democracia” promovido pela SECULT, a 7ª Conferência Municipal de Cultura. E nesta edição, curiosamente, a sociedade civil viu-se representada por Fábio Tokarski (vereador PCdo B), Virgílio Alencar (Pontão de Cultura República do Cerrado), Márcio Mário da Paixão Jr. (Monstro Discos), todos, teoricamente, descomprometidos com os interesses da SECULT. E o mais incrível, também havia um facilitador pago com recursos públicos pelo MINC.
Com tantos representantes da sociedade civil, ainda assim entidades foram impedidas de votar na lista tríplice. Das 23 participantes, 10 foram impedidas. E ficaram impedidas por que não possuíam certidão negativa de débitos municipais, da entidade e de seus diretores. Tal impedimento consta do Artigo 3º, §3º do Regulamento, citando que tudo se passa nos termos da Lei Ordinária 8.154/03 e o Decreto n° 2.596, de 22 de setembro de 2003.
Vamos combinar que a representação da sociedade civil na organização da 7ª Conferência ou não leu, ou concordou com o texto do regulamento, e assim, expurgou do processo entidades, legítimas, com uma regra abusiva, que não consta nem no corpo da Lei e menos ainda no Decreto citado. A citação de Leis e Decretos dá uma aparente credibilidade a qualquer documento e como ninguém lê, nem leis e menos ainda decretos, acreditam piamente que o Poder Público não será capaz de citar o Santo nome em vão. Só que é, e ainda aponta o dedo “verde” para o antecessor, acusando-o de produzir leis “tortas”, as quais, atualmente, são aplicadas ao pé da letra. Que sirva de lição aos inocentes úteis, e de aviso, aos menos avisados. Quando a hiena ri é por que já avistou a carniça que vai comer. (Anônimo).
Todavia, para entender o modus operandis da SECULT e a luta dos fazedores de cultura pela democracia na cultura goianiense é preciso retornar ao processo da 3ª Conferência, anulada por sentença judicial, transitada em julgado e desobedecida pela Prefeitura de Goiânia. E não apenas a justiça anulou a 3ª Conferência , também o MINC através da Resolução nº 001/2005, de 9/12/05, com 4 páginas, invalidou a III Conferência Municipal de Cultura.
E mesmo não realizando a 3ª Conferência Municipal de Cultura, Goiânia através da SECULT, convoca em 2009 a 7ª Conferência e sendo esta uma conferência "eleitoreira", tal como foi a de 2005. Deste modo, a necessidade de produzir novas regras e garantir que no Conselho Municipal de Cultura, só tivessem assento aqueles que de algum modo possuem compromisso assumido publicamente com o atual secretário. E mais grave, reconduzindo, a despeito da proibição expressa da Lei Ordinária 8.154/03, Artigo 1º § 1º, os conselheiros, além de “facilitar” para que cargos comissionados, possuidores de informações privilegiadas e com status de organizadores da própria Conferência fossem eleitos, representando a sociedade civil.
Afinal, o que pretende o MINC ao promover as Conferências de Cultura e sugerir que sejam instalados os Conselhos de Cultura? Supostamente a democratização da cultura e a participação da sociedade civil nas instâncias de decisão e de discussão de políticas públicas. Entretanto, no caso de Goiânia, considerando os antecedentes, invés de pagar um facilitador, o MINC deveria contratar um observador. E que poderia ser até mesmo o juiz aposentado Eduardo Siade. Alguém com maturidade e conhecimento de políticas públicas, e que facilmente verificaria o espetáculo burlesco oferecido à sociedade pela SECULT na realização da 7ª Conferência Municipal de Cultura.
Como pode ter validade uma Conferência Municipal de Cultura, que estabelece o palco das suas discussões, locais distantes um do outro geograficamente e estrategicamente, com muitos estudantes para fazer volume e garantir um maior número de delegados junto a Conferência Estadual, que proíbe de modo abusivo e ilegal, a participação das entidades legitimas no processo de indicação e votação na lista tríplice?
Para ler a lei na íntegra use o link abaixo
http://www.goiania.go.gov.br/sistemas/sileg/asp/sileg01020r0.asp?tipo=0&buscaTextual=sim&strBusca=8154
Para ler o decreto na íntegra use o link abaixo http://docs.google.com/Doc?id=dddcwv6f_208n9p2j
Para saber mais sobre o assunto visite http://entreatos.blogspot.com/search/label/confer%C3%AAncia
Se sentiu enganado? Reclama no PROCON!
Goiânia nasceu sob o signo da modernidade, mas a modernidade do estado novo e aos 76 anos, já uma senhorinha, ainda não perdeu o ranço, pelo menos na área da cultura.
Entre os dias 05 a 14 de outubro novamente, em Goiânia, tivemos novamente o espetáculo da “democracia” promovido pela SECULT, a 7ª Conferência Municipal de Cultura. E nesta edição, curiosamente, a sociedade civil viu-se representada por Fábio Tokarski (vereador PCdo B), Virgílio Alencar (Pontão de Cultura República do Cerrado), Márcio Mário da Paixão Jr. (Monstro Discos), todos, teoricamente, descomprometidos com os interesses da SECULT. E o mais incrível, também havia um facilitador pago com recursos públicos pelo MINC.
Com tantos representantes da sociedade civil, ainda assim entidades foram impedidas de votar na lista tríplice. Das 23 participantes, 10 foram impedidas. E ficaram impedidas por que não possuíam certidão negativa de débitos municipais, da entidade e de seus diretores. Tal impedimento consta do Artigo 3º, §3º do Regulamento, citando que tudo se passa nos termos da Lei Ordinária 8.154/03 e o Decreto n° 2.596, de 22 de setembro de 2003.
Vamos combinar que a representação da sociedade civil na organização da 7ª Conferência ou não leu, ou concordou com o texto do regulamento, e assim, expurgou do processo entidades, legítimas, com uma regra abusiva, que não consta nem no corpo da Lei e menos ainda no Decreto citado. A citação de Leis e Decretos dá uma aparente credibilidade a qualquer documento e como ninguém lê, nem leis e menos ainda decretos, acreditam piamente que o Poder Público não será capaz de citar o Santo nome em vão. Só que é, e ainda aponta o dedo “verde” para o antecessor, acusando-o de produzir leis “tortas”, as quais, atualmente, são aplicadas ao pé da letra. Que sirva de lição aos inocentes úteis, e de aviso, aos menos avisados. Quando a hiena ri é por que já avistou a carniça que vai comer. (Anônimo).
Todavia, para entender o modus operandis da SECULT e a luta dos fazedores de cultura pela democracia na cultura goianiense é preciso retornar ao processo da 3ª Conferência, anulada por sentença judicial, transitada em julgado e desobedecida pela Prefeitura de Goiânia. E não apenas a justiça anulou a 3ª Conferência , também o MINC através da Resolução nº 001/2005, de 9/12/05, com 4 páginas, invalidou a III Conferência Municipal de Cultura.
E mesmo não realizando a 3ª Conferência Municipal de Cultura, Goiânia através da SECULT, convoca em 2009 a 7ª Conferência e sendo esta uma conferência "eleitoreira", tal como foi a de 2005. Deste modo, a necessidade de produzir novas regras e garantir que no Conselho Municipal de Cultura, só tivessem assento aqueles que de algum modo possuem compromisso assumido publicamente com o atual secretário. E mais grave, reconduzindo, a despeito da proibição expressa da Lei Ordinária 8.154/03, Artigo 1º § 1º, os conselheiros, além de “facilitar” para que cargos comissionados, possuidores de informações privilegiadas e com status de organizadores da própria Conferência fossem eleitos, representando a sociedade civil.
Afinal, o que pretende o MINC ao promover as Conferências de Cultura e sugerir que sejam instalados os Conselhos de Cultura? Supostamente a democratização da cultura e a participação da sociedade civil nas instâncias de decisão e de discussão de políticas públicas. Entretanto, no caso de Goiânia, considerando os antecedentes, invés de pagar um facilitador, o MINC deveria contratar um observador. E que poderia ser até mesmo o juiz aposentado Eduardo Siade. Alguém com maturidade e conhecimento de políticas públicas, e que facilmente verificaria o espetáculo burlesco oferecido à sociedade pela SECULT na realização da 7ª Conferência Municipal de Cultura.
Como pode ter validade uma Conferência Municipal de Cultura, que estabelece o palco das suas discussões, locais distantes um do outro geograficamente e estrategicamente, com muitos estudantes para fazer volume e garantir um maior número de delegados junto a Conferência Estadual, que proíbe de modo abusivo e ilegal, a participação das entidades legitimas no processo de indicação e votação na lista tríplice?
Para ler a lei na íntegra use o link abaixo
http://www.goiania.go.gov.br/sistemas/sileg/asp/sileg01020r0.asp?tipo=0&buscaTextual=sim&strBusca=8154
Para ler o decreto na íntegra use o link abaixo http://docs.google.com/Doc?id=dddcwv6f_208n9p2j
Para saber mais sobre o assunto visite http://entreatos.blogspot.com/search/label/confer%C3%AAncia
Se sentiu enganado? Reclama no PROCON!
domingo, novembro 01, 2009
MUSEU DA CORRUPÇÃO
Sabiam que já existe o Museu da Corrupção? Existe! O link abaixo dá acesso a página principal, a visita vale a pena.
http://www.dcomercio.com.br/muco/home.htm
A corrupção como nunca se viu
O Diário do Comércio inaugura o Museu da Corrupção on-line, para dar aos seus leitores uma medida referencial do que acontece de vergonhoso nos bastidores de todas as esferas de poder.
Por Luiz Octavio de Lima
No dia em que se comemoram os 509 anos do descobrimento do Brasil e em que a farra das passagens aéreas no Congresso ganha as manchetes do noticiário, o Diário do Comércio inaugura o seu Museu da Corrupção on-line, um espaço de exibição e reflexão sobre os escândalos que marcaram a história do País. Num primeiro momento, o site vai tratar do período entre a década de 1970 e os dias atuais. A proposta, porém, é recuar década a década, século a século, até os tempos coloniais. Afinal, não seria exagero afirmar que a corrupção nasceu quase em seguida ao descobrimento.
Em meados do século XVI, na Bahia do primeiro governador-geral, Tomé de Souza, já se roubava muito, conforme atestam os relatos da época. O próprio Padre Antônio Vieira escreveu um sermão intitulado 'Sermão do Toma", no qual atacava as autoridades locais que desviavam verbas dos cofres públicos e "tomavam" propinas. No tempo de D. João VI, o tesoureiro Targini tinha fama de desonesto e de ter enriquecido no cargo. Dele disse o fundador do jornalismo brasileiro, Hipólito da Costa (1774-1823), que, "sem outros bens mais que o seu minguado salário, tornara-se tesoureiro-mor do Erário, fora elevado a Barão de São Lourenço, em 1811, e era agora um homem riquíssimo, enquanto o erário se achava pobre". E completou: "Se a habilidade de um indivíduo em aumentar suas riquezas fosse por si só bastante para qualificar alguém a ser administrador das finanças de um reino, sem dúvida Targini devia reputar-se um excelente financista". Temos, portanto, longa tradição neste ramo, e dedicar um "espaço cultural" ao vasto acervo existente sobre o tema é uma iniciativa que já chega com atraso.
Pensado como um trabalho em permanente construção, o Museu da Corrupção on-line, cuja pesquisa inicial é da jornalista Kássia Caldeira, dará destaque, em sua versão inaugural, aos 15 episódios mais rumorosos dos últimos anos no País. Entre eles, a Operação Satiagraha, a Máfia das Sanguessugas, o Escândalo do Mensalão, o caso do TRT de São Paulo (do juiz Nicolau "Lalau" dos Santos Neto), a Operação Anaconda e o incidente dos dólares na cueca. A cada um será destinada uma "sala" com um relato, imagens e uma lista de reportagens que mostram a repercussão na grande imprensa.
O usuário do site do DC poderá encontrar na área a relação completa dos escândalos ocorridos desde o início da década de 1970 e de grande parte das operações realizadas pela Polícia Federal no período.
Haverá uma seção com sugestões de links sobre o tema da corrupção e outra com publicações recomendadas sobre o assunto. Nos próximos meses, serão agregadas uma "sala" de charges, uma linha do tempo ilustrada e destaque para o escândalo do momento.
O tour pelo Museu termina na lojinha da "instituição", onde o visitante encontrará lembranças como camisetas, algemas, aparelhos de escuta, malas pretas e até propinas virtuais.
Está em estudo a criação de um Wiki por meio do qual os leitores poderão enviar informações e contribuições. Desde já, no entanto, eles poderão comentar o conteúdo pelo endereço museu@dcomercio.com.br
Fonte: Museu da Corrupção.
http://www.dcomercio.com.br/muco/home.htm
A corrupção como nunca se viu
O Diário do Comércio inaugura o Museu da Corrupção on-line, para dar aos seus leitores uma medida referencial do que acontece de vergonhoso nos bastidores de todas as esferas de poder.
Por Luiz Octavio de Lima
No dia em que se comemoram os 509 anos do descobrimento do Brasil e em que a farra das passagens aéreas no Congresso ganha as manchetes do noticiário, o Diário do Comércio inaugura o seu Museu da Corrupção on-line, um espaço de exibição e reflexão sobre os escândalos que marcaram a história do País. Num primeiro momento, o site vai tratar do período entre a década de 1970 e os dias atuais. A proposta, porém, é recuar década a década, século a século, até os tempos coloniais. Afinal, não seria exagero afirmar que a corrupção nasceu quase em seguida ao descobrimento.
Em meados do século XVI, na Bahia do primeiro governador-geral, Tomé de Souza, já se roubava muito, conforme atestam os relatos da época. O próprio Padre Antônio Vieira escreveu um sermão intitulado 'Sermão do Toma", no qual atacava as autoridades locais que desviavam verbas dos cofres públicos e "tomavam" propinas. No tempo de D. João VI, o tesoureiro Targini tinha fama de desonesto e de ter enriquecido no cargo. Dele disse o fundador do jornalismo brasileiro, Hipólito da Costa (1774-1823), que, "sem outros bens mais que o seu minguado salário, tornara-se tesoureiro-mor do Erário, fora elevado a Barão de São Lourenço, em 1811, e era agora um homem riquíssimo, enquanto o erário se achava pobre". E completou: "Se a habilidade de um indivíduo em aumentar suas riquezas fosse por si só bastante para qualificar alguém a ser administrador das finanças de um reino, sem dúvida Targini devia reputar-se um excelente financista". Temos, portanto, longa tradição neste ramo, e dedicar um "espaço cultural" ao vasto acervo existente sobre o tema é uma iniciativa que já chega com atraso.
Pensado como um trabalho em permanente construção, o Museu da Corrupção on-line, cuja pesquisa inicial é da jornalista Kássia Caldeira, dará destaque, em sua versão inaugural, aos 15 episódios mais rumorosos dos últimos anos no País. Entre eles, a Operação Satiagraha, a Máfia das Sanguessugas, o Escândalo do Mensalão, o caso do TRT de São Paulo (do juiz Nicolau "Lalau" dos Santos Neto), a Operação Anaconda e o incidente dos dólares na cueca. A cada um será destinada uma "sala" com um relato, imagens e uma lista de reportagens que mostram a repercussão na grande imprensa.
O usuário do site do DC poderá encontrar na área a relação completa dos escândalos ocorridos desde o início da década de 1970 e de grande parte das operações realizadas pela Polícia Federal no período.
Haverá uma seção com sugestões de links sobre o tema da corrupção e outra com publicações recomendadas sobre o assunto. Nos próximos meses, serão agregadas uma "sala" de charges, uma linha do tempo ilustrada e destaque para o escândalo do momento.
O tour pelo Museu termina na lojinha da "instituição", onde o visitante encontrará lembranças como camisetas, algemas, aparelhos de escuta, malas pretas e até propinas virtuais.
Está em estudo a criação de um Wiki por meio do qual os leitores poderão enviar informações e contribuições. Desde já, no entanto, eles poderão comentar o conteúdo pelo endereço museu@dcomercio.com.br
Fonte: Museu da Corrupção.
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