terça-feira, agosto 29, 2006

ASSOCIAÇÃO GOIANA DE ARTES VISUAIS

AGAV – ASSOCIAÇÃO GOIANA DE ARTES VISUAIS


A AGAV convida os artistas plásticos e visuais, audiovisuais, fotógrafos e demais categorias da produção cultural goianiense para a solenidade que empossará primeira diretoria da recém criada Associação Goiana de Artes Visuais, nesta sexta-feira, 1º de setembro, as 18:30 horas, no mezanino do SEBRAE, Rua T-3 Nº 1000 – Setor Bueno.

A composição da primeira diretoria da AGAV envolve artistas plásticos, galerista e ativista cultural: Juca de Lima é o presidente, Vânia Ferro é a vice presidente, Miriam Baeta, 1ª tesoureira, Telma Alves é a 2ª tesoureira, todos artistas plásticos, Deolinda Taveira, conservadora restauradora é a 1ª secretária , Bento Cassiano é o 2º secretário e é também artista plástico. Para o Conselho Fiscal foram eleitos Alexandre Liah, Elizeth Horbilon, Elenita Macedo, artistas plásticos e galerista respectivamente e ainda como suplentes Fábia Oliveira, Lúcia Ribeiro e Cida Mendanha, todas artistas plásticas.

A primeira diretoria da AGAV tem como missão no período que vai de 25 de julho de 2006 a 15 de maio de 2007 a organização e legalização da entidade, bem como, a promoção de atividades que propicie a união da categoria e a ocupação dos espaços públicos destinados as artes.

A AGAV é uma associação sem fins lucrativos e que tem por finalidade precípua a defesa e a representação legal da categoria profissional dos artistas visuais e plásticos, artistas audiovisuais, fotógrafos, empregados ou não.

E de acordo com o Estatuto constituem-se ainda objetivos e finalidades da AGAV:
I – Representar perante as autoridades administrativas e judiciárias os interesses individuais dos associados, relativo à categoria profissional representada pela AGAV.
II – Colaborar com as municipalidades e Estado, como órgão técnico consultivo no estudo das soluções de problemas relacionados com a respectiva categoria profissional.
III – Promover a realização de conferências, cursos, seminários, exposições e debates relacionados com as atividades das artes visuais.
IV – Divulgar e documentar as atividades da AGAV e de seus associados.
V – Criar e manter na medida de suas responsabilidades econômicas financeira, uma galeria de arte ou espaços para divulgação, promoção e distribuição dos trabalhos dos associados.
VI – Captar recursos financeiros ou contribuições de quaisquer naturezas, de pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado, para programas e projetos de interesse da AGAV, após análise e aprovação pelo Conselho Diretor.
VII – Contratar técnicos especializados, quando necessário, para elaboração de projetos, programas, implementação de atividades e emissão de pareceres.
VIII - Prestar serviços a terceiros, com distribuição de material didáticos e promocionais, realização de oficinas artísticas, educativas e de capacitação, de seminários e congressos, viagens culturais, bem como a promoção de intercâmbio de exposições de arte.
IX – Promover intercâmbio profissional, técnico cultural com entidades congêneres e instituições culturais, educacionais, sindicais, nacionais e internacionais.
X – Estabelecer convênios com entidades públicas ou privadas, instituições de ensino e pesquisa e congêneres, no Brasil e no Exterior, objetivando promover e apoiar estudos e pesquisas na área de artes plásticas e visuais.

segunda-feira, agosto 28, 2006

XII CONGRESSO DA ABRACOR

25.08.06
XII Congresso da Abracor
Evento, que conta com o apoio da Funarte e do Iphan, vai abordar o tema 'Preservação do Patrimônio Cultural - Gestão e Desenvolvimento Sustentável: Perspectivas'


Será realizado em Fortaleza o XII Congresso da Abracor, no período de 28 de agosto a 1º setembro, com o tema Preservação do Patrimônio Cultural - Gestão e Desenvolvimento Sustentável: Perspectivas. Uma realização da Associação Brasileira de Conservadores-Restauradores de Bens Culturais (Abracor), que tem o apoio da Fundação Nacional de Arte (Funarte) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), do Ministério da Cultura.

Este evento pretende apresentar um painel do estado da arte da conservação-restauração de bens culturais no Brasil além de proporcionar debates em questões específicas do universo da Arqueologia e Etnologia.

Dentre os tópicos que serão desenvolvidos no Congresso estão a importância da preservação dos bens culturais para o desenvolvimento social e os projetos pedagógicos relativos à educação patrimonial; os aspectos relativos à formação profissional em sua dimensão interdisciplinar e ao reconhecimento do profissional conservador-restaurador em todas suas especialidades; incentivos às problemáticas específicas relacionadas a cada área de atuação dos conservadores e a difusão de pesquisas e estudos de casos nas áreas relacionadas à ciência da conservação; políticas voltadas à segurança do patrimônio cultural e a necessidade de adequação da profissão de conservador-restaurador de bens culturais às normas de biossegurança e segurança do trabalho.

Informações: www.abracor.com.br; telefax (21) 2262-2591 (no horário de 13h às 17h), ou pelo email abracor@abracor.com.br.


Veja a programação.



(Fonte: Ascom/Funarte)

MINC divulga relatório da 1ª Conferência Nacional de Cultura

25.08.06
Relatório da 1ª CNC
Registros, dados e informações consolidadas

A Secretaria de Articulação Institucional do Ministério da Cultura (SAI/MinC) torna público o Relatório da 1ª CNC, realizada ao longo do segundo semestre de 2005. Ao todo, cerca de 60 mil pessoas participaram diretamente das conferências municipais, estaduais, setoriais e nacional da Cultura. Os municípios que encaminharam os relatórios das conferências de 2005 ao Ministério da Cultura estão listados no Anexo III ao Relatório. Os perfis da participação social-governamental e das faixas populacionais dos Municípios que organizaram conferências próprias ou que integraram conferências intermunicipais estão reunidos nas tabelas do Anexo IV.O Relatório da 1ª CNC faz, também, uma apresentação e análise transversal das propostas aprovadas pela Plenária Nacional da Conferência. Com a presente publicação, o Ministério da Cultura cumpre uma etapa importante de devolução, aos participantes do processo da Conferência Nacional de Cultura, das questões debatidas e referendadas – que subsidiarão a elaboração do Plano Nacional de Cultura e dos planos municipais e estaduais de Cultura. Tais questões poderão também pautar os debates sobre os compromissos relacionados aos programas de Cultura das diferentes candidaturas proporcionais e majoritárias nos Estados e de âmbito nacional.No último bimestre de 2006, o Ministério da Cultura publicará os registros dos debates e discussões que pautaram a 1ª Conferência Nacional de Cultura, em suas diferentes etapas.Acesse o Relatório da 1ª CNC e os Anexos nos links abaixo:Parte I – Dados de ParticipaçãoParte II – Relatório AnalíticoAnexo I – Propostas aprovadas pela Plenária NacionalAnexo II – 30 propostas prioritáriasAnexo III – Dados espacializados das conferências municipais e intermunicipais em 2005Anexo IV – Informações sobre participação e realização de conferências municipais e intermunicipais em 2005Quaisquer comentários ou pedidos de esclarecimentos devem ser enviados à Secretaria de Articulação Institucional do Ministério da Cultura, pelo endereço sai.info@minc.gov.br. Para eventuais retificações dos dados, que serão reconsolidados para a publicação dos Registros da Conferência, pede-se fazer o encaminhamento, por parte das comissões organizadoras das conferências de cultura de 2005, até o próximo dia 6 de setembro à SAI/MinC.(Secretaria de Articulação Institucional do Ministério da Cultura)

domingo, agosto 27, 2006

CRISE NA CULTURA

O semanário JORNAL OPÇÃO publicou em sua edição do dia 27/08 uma excelente reportagem de autoria da jornalista Heloisa Amaral sobre a crise na área cultural goianiense. E demonstra que jogar a poeira em baixo do tapete não é a melhor opção. Os tempos são outros, e a falsa democracia não acha espaço para sobreviver.

E recusar-se a compactuar com desmandos não é fugir do diálogo, foge do diálogo quem não admite que errou e permanece no erro.

O menino que aponta o dedo e diz que "O rei está nu!", não está mais sozinho, enquanto os amigos do "poder " gritam " Esse menino é doido, a roupa do rei é bela!".

Mas, a verdade é que o rei está nu, o menino está correto e muitos outros acreditam denunciando também a nudez palaciana.

Que vistam o rei!

Produtores culturais criticam gestão de Kleber Adorno

por HELOIZA AMARAL , JORNAL OPÇÃO

"Fundo de Apoio à Cultura (FAC), Festcine, Lei de Incentivo, Cine Ouro, Conselho Municipal de Cultura e o abandono do Grande Hotel são alguns dos pontos questionados por parte das entidades culturais de Goiânia. Produtores culturais afirmam que há uma “panelinha” beneficiada pela Secretaria Municipal de Cultura (Secult). Quem não faz parte dela, estaria, segundo eles, enfrentando dificuldades para conseguir manter seus projetos. Deolinda Taveira, restauradora de bens culturais, está entre os críticos mais ferrenhos. Para não depender de espaço na mídia, resolveu fazer suas denúncias num blog na Internet. Lá, ela discorre sobre todo e qualquer tema ligado à cultura no município e, em especial, ao que considera equívocos da administração do secretário Kleber Adorno. "

Para ler a matéria basta clicar no título do post e será automaticamente encaminhado para o semanário JORNAL OPÇÃO.

sábado, agosto 26, 2006

GRANDE HOTEL IMAGENS DO DESCASO

A invasão do Grande Hotel pela Secretaria de Obras da Prefeitura Goiânia iniciou-se em uma 2ª feira e só foi abortada na 5ª feira, após a mobilização da imprensa e do IPHAN, entretanto, de acordo com a assessoria de imprensa da SECULT isso jamais aconteceu. "A Secretaria de Obras chegou a cogitar a utilização de umas salas, mas desistiram ao conversar com o secretário. Isso foi ontem pela manhã, e a chefe de Gabinete, Rosana, ao sair passou pela minha sala, comentando o resultado da empreitada que não deu certo. " Marley Costa Leite




Aconteceu e tanto aconteceu que na sala de exposição ainda ficaram os móveis da futura SECRETARIA DA HABITAÇÃO e a prova ainda estava lá na 2ª feira seguinte, os armários e as gavetas das mesas. As mesas já haviam sido retiradas ou escondidas.



Uma palestra bastante interessante com a professora Mônica Martins da Silva, co-autora do livro "História das festas e religiosidades em Goiás"para um grupo de estudantes da ESEFEGO, acontecia em meio aos móveis, sob o olhar complacente da chefia da Divisão do Patrimônio Histórico municipal.



A Constituição Federal no seu Artigo 216 § 1º declara que "A proteção dos bens culturais não é só uma prerrogativa com também um dever do poder público". No caso do Grande Hotel estará o poder público fazendo o seu dever de casa?

Será que fingir que os fatos não aconteceram com o objetivo claro de desqualificar qualquer denuncia é a melhor solução?

O Decreto Lei 25 de 30/11/37 no seu artigo 20 diz que " As coisas tombadas ficam sujeitas à vigilância permanente do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que poderá inspecioná-las sempre que julgar conveniente, não podendo os respectivos proprietários ou responsáveis criar obstáculos a inspeção...", entretanto, segundo a assessoria de imprensa da SECULT justificando a proibição do acesso dos fiscais do IPHAN ao prédio,"Existe uma ordem expressa do secretário para não deixar ninguém alheio ao trabalho entrar nas dependências do Grande Hotel. "

E ainda segundo a mesma fonte, os fiscais ficaram furiosos pela denúncia falsa e anônima. Os fiscais do IPHAN furiosos já é um caso a parte, visto que são pagos para fiscalizar e não para ficarem furiosos, mesmo que a comunicação dos fatos fossem falsas e anônimas. E não foi esse o caso. Nem a denúncia foi falsa e muito menos anônima. E se recebido o telefonema comunicando a invasão do prédio, os fiscais tivessem imediatamente procurado apurar os fatos, certamente teriam encontrado os agentes da Secretaria de Obras trabalhando tranquilamente.

No dia seguinte, mais de 24 horas depois da comunicação da invasão o circo já estava armado para ocultar a verdade, aos olhos da fiscalização. E será que não era o caso de ficarem furiosos por terem sido impedidos de realizar o seu trabalho?

A verdade é que existiu uma ordem expressa de impedir o acesso da imprensa ao local, aos fiscais do IPHAN, e desta forma garantir que teriam tempo de apagar os rastros deixados pela "abortada" operação invasão.

Todavia, será que alguém poderia explicar como é que a Secretaria de Obras enviou na 2ª feira o encarregado Sr. Carlos para verificar quantas salas haviam desocupadas ( e são muitas) e a Diretora da Divisão de Patrimônio Histórico, só se deu conta dos fatos na 4ª feira? E olha que na 4ª feira, os móveis já estavam no prédio, e cerca de 12 pessoas estranhas circulavam tranquilamente verificando os melhores locais para passar os cabos de rede de computadores, sem que qualquer funcionário perguntasse o significado ou pedisse um documento.

Na 5ª feira, após a denúncia no Blog, a invasão já estava abortada e a versão dos fatos era a de que o próprio secretário não sabia de absolutamente nada. Não é curioso? A diretora da Divisão de Patrimônio Histórico não sabia de nada, o secretário também não, então que autorizou a Secretaria de Obras a ocupar o prédio para ali fazer instalar a Secretaria de Habitação sob o comando do Senhor Iram Saraiva?

Essas são as imagens do descaso. O contraste no piso é a maior prova da ausência de limpeza no prédio, buracos nas paredes, coleções amontoadas de qualquer maneira ou seja, o Grande Hotel não é um Centro de Memória, se for Centro de Referência, certamente, uma referência de tudo aquilo que não se deve fazer com patrimônio cultural.















E isso tem solução. Basta a SECULT parar de investir em prédios de particular e passar a investir na preservação do patrimônio que já está sob sua responsabilidade.

Enquanto escondem a verdade, como as avestruzes enfiando a cabeça no buraco, o que fica de fora mostra a ausência de políticas públicas no município para cultura. Eventos não são políticas públicas para cultura.

domingo, agosto 20, 2006

E o Grande Hotel, hem?

O jornal Diário da Manhã publicou no seu caderno de OPINIÃO o excelente e irônico texto do escritor Luiz de Aquino, que levanta a lebra de como a cidade está sendo administrada pelos auxiliares do Prefeito Iris Resende.

Para ler a crônica basta clicar no título do post.

O poeta e escritor também publica um blog http://penapoesiaporluizdeaquino.blogspot.com/ .

Goiânia, na gestão da cultura está sem rumo, sem projeto e a abortada invasão do Grande Hotel por parte da Secretaria de Obras só demonstra que, a área vem sendo administrada como foi a falecida AVESTRUZ MASTER(empresa que prometia aos incautos lucros exorbitantes e deu no que deu). E de quebra, só para complementar o desastre, a assessora de imprensa Marley Costa Leite age como uma avestruz, quando em perigo, enfia a cabeça no buraco... E nega! Já começo a ter pena do titular da pasta, com uma assessoria assim, nem Deus ajuda.

De fato Prefeito, alguém precisa lhe contar como andam as coisas em Goiânia.

E só para dar um gostinho e vontade de ler a crônica na íntegra, uma canja:

"E o Grande Hotel, hem? por Luiz de Aquino

Alguém precisa avisar o prefeito. Estão aprontando a mil nesta cidade onde a Primavera já teve doze meses e ele não sabe. Vejo-o solene na tevê, confundindo-se com os atuais pedidores de votos, mas chamando o povo a preservar a cidade, mantê-la limpa (tal como foi outrora, num passando de bem poucos anos).

Alguém precisa dizer ao prefeito que pessoas com uniformes do poder público municipal derrubam criminosamente as árvores que ocultam com suas irritantes frondes umbrosas, os lindos letreiros dos estabelecimentos comerciais. Duvidam? No ano passado, gente da própria prefeitura derrubou uma imensa gameleira no pátio da Creche São Domingos Sávio. A gigantesca planta ocultava parcialmente o mausoléu de mármore branco que serve de sede ao escritório goiano do Tribunal de Contas da União."
Fonte: Diário da Manhã

quarta-feira, agosto 16, 2006

GRANDE HOTEL – PATRIMÔNIO NACIONAL E DESCASO MUNICIPAL



O Grande Hotel está sendo ocupado pela SECRETARIA DE OBRAS DA PREFEITURA MUNICIPAL DE GOIÂNIA!

A necessidade de hospedar adequadamente na moderna Goiânia que surgia, os representantes políticos, empresários e demais visitantes, isso nos idos de 1933, nasceu o Grande Hotel. O edifício tornou-se o maior edifício da cidade na época com os três pavimentos, símbolos de boa hospedagem e modernidade.

Ao longo do tempo, veio a decadência e o que era imponência e gloria foi substituído por usos não tão gloriosos assim. E finalmente é entregue como pagamento de dividas ao INSS.

No dia 11 de dezembro de 2002, foi aprovada pelo Conselho Consultivo do IPHAN a proposta de tornar patrimônio nacional o acervo arquitetônico art déco de Goiânia.

Um trabalho impar foi realizado pela 14ª SR do IPHAN na produção da pesquisa e do material que fundamentou a proposta e sobre a importância do tombamento os organizadores do dossiê de Goiânia afirmam:
“... Com o aval do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, dado ao patrimônio arquitetônico goianiense, o Brasil definitivamente sai do Barroco para entrar no século XX. ... Pois, com a elevação de Goiânia a patrimônio arquitetônico nacional, a mudança desse enfoque consolida-se. Antes de Goiânia, o único outro conjunto urbano do século XX que havia merecido distinção semelhante era o de Brasília., além do complexo da Pampulha em Belo Horizonte. E mais: o conjunto goianiense de 22 edifícios é a primeira distinção que uma obra art déco recebe em todo o Brasil..”

A Prefeitura Municipal de Goiânia publica através da SEPLAN em 2004, o dossiê na integra e estabelece negociações para ocupação do prédio do Grande Hotel com o propósito de ali fazer instalar o Centro de Memória e Referência de Goiânia. Após uma ocupação pela edição da CASA COR, relâmpago e benéfica pois reformou o imóvel, a SECULT transferiu para o prédio a DIVISÃO DE PATRIMÔNIO HISTÓRICO, que diga-se de passagem constitui-se de 18 servidores, 03 computadores cai não cai, móveis com uns 15 ano de uso e documentos, livros, catalogados ou não e muita poeira.

Durante o ano de 2005 por diversas vezes, a SECULT foi a público declarar os planos para uma grande biblioteca a ser instalada no Grande Hotel. E houve até lançamento com direito a presença do prefeito de Goiânia. Para entender basta dar uma olhada na matéria “SECULT PROMETE BIBLIOTECAS” publicada no jornal Diário da Manhã no dia 1º de abril de 2005 (vai ver que o problema é que o primeiro de abril tradicionalmente é o dia mentira)cujo link é
http://www.dm.com.br/impresso.php?id=78693&edicao=6357

O resultado da não ocupação efetiva do prédio, ou melhor da falta de interesse da SECULT em dar continuidades aos projetos da gestão anterior, é a solicitação por parte do INSS junto a Tribunal Regional Federal da reintegração de posse. Ação ainda não conclusa e com audiência de conciliação marcada para o dia 29 de agosto.

Ora, o IPHAN reconhece que Goiânia possui um importante acervo a ser preservado e mais, reconhece, tombando como patrimônio nacional. Mas isso não fez com que o titular da SECULT tomasse consciência, que mais que “fingir” uma ocupação do prédio pelo CENTRO DE MEMÓRIA E REFERENCIA DE GOIÂNIA, que nada mais que um projeto não realizado, que não saiu do papel, era preciso equipar, especializar, referenciar a DIVISÃO DE PATRIMÔNIO HISTÓRICO.

Mas, dar um formato efetivo a DIVISÃO DE PATRIMÔNIO HISTÓRICO não é interessante, bom mesmo é investir os recursos do Fundo de Apoio a Cultura no Cine Ouro, um prédio de particular utilizado pelo poder público.

E agora, pasmem, o Grande Hotel está sendo ocupado desde o dia 14 de agosto pela SECRETARIA DE OBRAS ou seja, o prédio, motivo de litígio entre a Prefeitura e o INSS, deixará de lado todas as possibilidades de uso cultural para se tornar um espaço burocrático. Será que pode?

Hoje após telefonar do celular (o telefone fixo do Grande Hotel só recebe) para quantos números podia, finalmente encontrei alguém que se indignou e ligou para a regional do IPHAN e me surpreendeu com a seguinte frase “Obrigada, por agir como cidadã”. Confesso que fiquei pasma, já estava tão cansada de clamar para montanhas e nem mesmo um eco de retorno, foi surpreendente ouvir que estava agindo com cidadã. E esse é um conceito totalmente desconhecido da diretora da DIVISÃO DE PATRIMÔNIO CULTURAL da SECULT, a senhora Sheila.

Pois é o Grande Hotel está sendo entregue à Secretaria de Obras, assim como a antiga Estação Ferroviária foi entregue a SEDEM. Afinal, quais são as políticas públicas para a cultura em Goiânia?

Depois da transformação do FAC em receita da SECULT, da fraude na 3ª Conferência Municipal de Cultura, da manutenção de um Conselho Municipal de Cultura ilegítimo, da prática ostensiva de perseguição a servidores públicos, o que mais irão inventar para dar uma “cara própria” a essa gestão?

Ou seja, a despeito dos discursos de apoio à cultura do Prefeito de Goiânia, o que efetivamente executa são metros de asfalto que veremos se é do bom quando as chuvas chegarem.
Goiânia art déco: acervo arquitetônico e urbanistico - dossiê de tombamento. org. Celina Fernandes Almeida Manso. 2004. (p.9-10)

domingo, agosto 13, 2006

Monumentos incompreendidos

por Patrícia da Veiga
Goiânia - Do alto do sexto andar de um edifício da Avenida Anhangüera, Suelena Ludovico olha para o leste e se depara com várias cabeças circulando ao mesmo tempo. Ela gosta da movimentação do cruzamento com a Avenida Goiás, dos carros passando apressados e da multidão frenética. “Bom é quando sai briga na fila dos telefones públicos”, brinca.

Um busto localizado bem no meio das duas avenidas, todo em bronze e olhando para o oeste, confronta a visão de Suelena, mas ela pouco percebe. De tão incorporado à rotina da cidade, quase nunca é notado.Quando perguntada sobre a importância daquela estátua em um dos pontos cruciais do centro da cidade, Fabiana, a amiga de Suelena que trabalha no edifício do Banco Real, é categórica e não esconde a indiferença: “O único dia em que todo mundo olhou para o Bandeirante foi quando houve uma ameaça de bomba no prato que ele carrega. Foi um pânico danado, mas depois descobriram que era apenas tijolo enrolado em papel. Engraçado!”. Lá em baixo, um senhor que entrega panfletos políticos puxa conversa e logo opina: “Podiam tirar ele daí e pôr um índio. Afinal, ele dizimou muitos de nossos antepassados, era um sanguinário. É até uma vergonha deixar uma estátua dessas na rua”.

Como um herói bravo e contraditório de livro didático, a imagem de Bartolomeu Bueno resiste até a trote de bomba, fuligem de carro, pichação. Mas, resistirá também ao anonimato? Ele foi o primeiro monumento a contar a história da recente capital. Idealizado em 1938 e instalado em 1942, o Bandeirante já nasceu pomposo. Foi um presente de estudantes de Direito da Universidade de São Paulo, que visitaram Goiânia e, entendendo que o vínculo com os “colonizadores” paulistas nunca deveria ser perdido, cravaram sua marca para a eternidade. Na época, Pedro Ludovico Teixeira, então interventor federal de Goiás, inaugurou-o com louros fartos.

No arquivo municipal, uma descrição da época revela o que representava aquele monumento: mais que um pioneiro pelas terras goianas, a representação da coragem de quem aderiu à Marcha para o Oeste de Getúlio Vargas - a exemplo de Ludovico e seu ego. “Com uma batéia e armado de bacamarte, com a firmeza de seu olhar voltada para o poente, exprime a temeridade de um desbravador, enfrentando o desconhecido, aventurando-se na Marcha para o Oeste”.

Relação política e social que justifica o nascimento de bustos e monumentos em vias públicas. É o que explica o arquiteto Marcus Gebrim, que considera todo mobiliário urbano muito importante para contar a história da cidade, “independente de como ele surgiu”.

No caso do Bandeirante, então, que hoje chama menos atenção que o Eixo Anhanguera e é tão odiado como seu reflexo de “Diabo Velho” (como os índios o chamaram), é bom que ele continue avistando o Oeste e revelando um pedaço de nossa identidade. “Os propósitos de representação mudam e as interpretações também. Tanto é que hoje o Bandeirante é questionado. Contudo, ele nunca vai deixar de contar nosso passado”, afirma Marcus. (P. V.)

Escondidos pela má conservaçãoO Sucesso escolheu três monumentos para contar a história de Goiânia em diferentes fases. Contudo, outras dezenas estão espalhadas pela cidade, é só olhar à volta. De bustos a painéis, vários artistas já interferiram na capital comentando o trajeto do goiano. E o próximo, estima a Agência de Cultura Pedro Ludovico (Agepel), será uma estátua do fundador de Goiânia sobre um alazão. Este trabalho também foi feito por Neuza Moraes, mas nunca saiu do gesso. Hoje, Ludovico montado a cavalo encontra-se numa fundição do interior de São Paulo à espera de verba para sua finalização.Enquanto isso, o que já pode ser apreciado é escondido sobre fuligem e maus tratos.

A esfera das 15 lâminas, por exemplo, nunca teve seu jato d'água funcionando regularmente, não tem sua luz acesa todas as noites, está pichada e enferrujada.

Na Secretaria de Cultura, onde deveria haver um cadastro completo deste e de outros trabalhos, mal souberam informar quem era o autor da obra. (Leia-se desinformação obtidas no Grande Hotel, lembram? Centro de Memória ou de Esquecimento.)

O Bandeirante e as Três Raças foram tombados pelo Estado em 1998, mas, de lá para cá, receberam apenas uma reforma cada um.

15 anos aguardando para ser erguido.Uma esfera formada por 15 lâminas convexas de metal foi instalada na Rua 26, entre as sedes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, 40 anos depois do Golpe Militar de 1964. Trata-se de uma homenagem a militantes políticos mortos ou desaparecidos entre 1968 e 79, vítimas do regime militar, idealizada pelo jornalista Pinheiro Sales.O monumento conta a história mais recente de Goiânia, uma das capitais que mais reagiu à revolução militar.

Desenvolvida pelo arquiteto Marcus Gebrim, que no fim dos anos 70 entrou para o grupo de anistia política, a esfera de metal tem o propósito de chamar atenção pelas entrelinhas, os detalhes, o que está implícito. Tanto, que muita gente passa e não detecta sua mensagem.“Existem duas formas de um monumento existir: de maneira direta e indireta. Ao conceber a esfera metálica, optei pela segunda, para que as pessoas demorassem mais seus olhares sobre aquelas 15 lâminas, que representam as 15 pessoas homenageadas”, diz Marcus, avaliando sua própria autoria. As folhas de aço brotam e se reúnem em um mesmo ponto, como se representassem a união. Por entre as frestas da bola está projetado para sair um jato d'água, que indica vida, e vários reflexos de luz, que apontam o ideal de mudança.

Atrás da forma, o fato de o projeto de lei que autorizou a menção honrosa ter sido barrado por mais de 15 anos na Câmara Municipal prova seu sentido histórico e político. “Começamos a pensar nessa homenagem em 1986, quando os primeiros petistas foram eleitos diretamente em Goiás. Acontece que, como todo processo de mudança ideológica é demorado, o projeto foi considerado inconstitucional pelo menos três vezes. Mas, hoje a esfera está lá, simbolizando a vida e marcando a luta de pessoas que morreram pela democracia”, comenta Pinheiro Sales, inflamado e com a emoção de quem também foi militante político, exilado e torturado. (P. V.)

A síntese da identidade nacional Heróis anônimos, três pessoas empurram o pilar de uma cidade que nasceu há pouco. Três esculturas, melhor dizendo, com a mesma forma. Este monumento está na Praça Cívica, foi feito pela artista plástica Neuza Moraes a pedido do Rotary Clube Internacional e inaugurado em 1967. Conforme as indicações de Neuza, a obra foi chamada de “Monumento às Três Raças” para contar o quanto o trabalho cotidiano de brancos, negros e índios (na época, a junção considerada síntese da identidade brasileira) foi importante para erguer a capital, em conceito, moral e concreto.Completamente modernista, a lembrança das Três Raças passou, então, a ser o resumo do homem do centro-oeste, localizado bem no coração da cidade. E fala a linguagem comum, porque mesmo que você não seja goianiense e pouco saiba sobre os Goyazes, expressará algo familiar. Isso nós constatamos ao encontrarmos uma família paulistana definindo aqueles homens imortalizados em gesso e granito. “Segura que vai cair!”, brincou Marcos Leite. “Falando sério, parece que eles estão unidos por um único objetivo”, complementa a esposa de Marcos, Elisabete, na intuição. (P. V.)
Fonte: Jornal O SUCESSO - Goiânia - GO

sexta-feira, agosto 11, 2006

Museu por Wislawa Szymborska

Há pratos, mas falta apetite.

Há alianças, mas falta reciprocidade

Pelo menos desde há 300 anos.

Há o leque – onde os rubores?

Há espadas – onde há ira

E o alaúde nem tange hora gris.

Por falta de eternidade juntaram

Dez mil coisas velhas.

Um guarda musgoso cochila docemente

Com os bigodes caindo sobre a vitrine.

Metais, barro, pluma de ave

Triunfam silenciosamente no tempo.

Apenas um alfinete de galhofeira do Egito

Ri zombeteiro.

A coroa deixou passar a cabeça.

A mão perdeu a luva.

A bota direita prevaleceu sobre a perna.

Quanto a mim, vivo, acreditem por favor.

Minha corrida com o vestido continua

E que resistência tem ele!

E como ele gostaria de sobreviver.

Fonte: PATRIMÔNIO Revista Eletrônica do IPHAN

Iphan lança o Edital Mapeamento e Documentação do Patrimônio Cultural Imaterial

Iphan lança o Edital Mapeamento e Documentação do Patrimônio Cultural Imaterial

Brasília,28/07/2006 -O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional lança o Edital Mapeamento e Documentação do Patrimônio Cultural Imaterial, com o objetivo de promover a salvaguarda do patrimônio cultural brasileiro, em sua dimensão imaterial, por meio da produção e do tratamento de informações sobre bens dessa natureza. Essa é uma ação do Programa Nacional do Patrimônio Imaterial, instituído pelo Governo Federal em 2000.
O Departamento de Patrimônio Imaterial do Iphan receberá, no período de 28 de julho a 30 de outubro de 2006, projetos referentes ao Patrimônio Cultural Imaterial (saberes, celebrações, formas de expressão, lugares e edificações) e que atendam aos seguintes objetivos: pesquisa documental sobre bens culturais de natureza imaterial, com disponibilização e difusão dos resultados ao público. Os projetos devem abranger um dos seguintes Estados: Amapá, Roraima, Rondônia, Amazonas, Pará, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Goiás e Tocantins;
Os projetos deverão ser apresentados de acordo com as condições e exigências estabelecidas no Edital e seus anexos:
Edital PNPI 2006
Anexo 1 Edital PNPI
Anexo 2 Edital PNPI
Anexo 3 Edital PNPI
Anexo 4 Edital PNPI
Anexo 5 Edital PNPI
Anexo 5 Edital Planilha
Anexo 6 Edital PNPI
Anexo 7 Edital PNPI
Anexo 8 Edital PNPI
Fonte: site do IPHAN

Oficinas do SNC -Trinta oficinas em 30 cidades diferentes

No dia 28.07.06 o site do MINC informava sobre a realização de oficinas para consolidação do Sistema Nacional de Cultura, relacionava as 30 cidades que receberão as oficinas. E imaginem, em Goiás, Aparecida de Goiânia, saiu na frente.
Na Capital de Goiás, o SNC é um assunto do tipo letra morta.
Ainda estamos tentando realizar a 3ª Conferência Municipal de Cultura e desta vez, sem voto de marmita.


"O Ministério da Cultura, por intermédio da Secretaria de Articulação Institucional (SAI), informa a realização, nos meses de agosto e setembro, das Oficinas do Sistema Nacional de Cultura (SNC).As Oficinas do SNC serão espaços de informação e articulação, para o fortalecimento da malha institucional que dará a sustentação necessária à consolidação do Sistema Nacional de Cultura, que teve início pelo diálogo estabelecido com os gestores públicos dos estados e dos municípios, formalizado pelo Protocolo de Intenções para o desenvolvimento das condições institucionais para implantação do SNC e pela realização da 1ª Conferência Nacional de Cultura, onde as etapas que antecederam a plenária nacional, foram protagonizadas pelos Estados, pelos Municípios e Sociedade Civil.Para este período, o Ministério da Cultura realizará 30 Oficinas, que terão sede em 30 cidades diferentes, reunirão um público formado pelos municípios que assinaram o Protocolo de Intenções, por agentes culturais do poder público e da sociedade civil, durante dois dias, alcançando todos os Estados do Brasil.
Município/UF
Data
Município/UF
Data
Santarém – PA
03.08 e 04.08
Teresina – PI
24.08 e 25.08
Votorantim – SP
03.08 e 04.08
Blumenau – SC
24.08 e 25.08
Porto Velho – RO
03.08 e 04.08
Aparecida de Goiânia – GO
24.08 e 25.08
Fortaleza – CE
03.08 e 04.08
Maceió – AL
24.08 e 25.08
Uberlândia – MG
03.08 e 04.08
Nova Friburgo – RJ
24.08 e 25.08
Manaus – AM
10.08 e 11.08
Macapá – AP
31.08 e 01.09
Baurú – SP
10.08 e 11.08
Gravataí – RS
31.08 e 01.09
Palmas – TO
10.08 e 11.08
Rio Branco – AC
31.08 e 01.09
Recife – PE
10.08 e 11.08
Campina Grande – PB
31.08 e 01.09
Cataguases – MG
09.08 e 10.08
Camaçarí – BA
31.08 e 01.09
São Luís – MA
17.08 e 18.08
Boa Vista – RR
14.09 e 15.09
Campo Grande – MS
17.08 e 18.08
Foz do Iguaçú – PR
14.09 e 15.09
Cuiabá – MT
17.08 e 18.08
Taguatinga – DF
14.09 e 15.09
Natal – RN
17.08 e 18.08
Lagarto – SE
14.09 e 15.09
Vitória – ES
17.08 e 18.08
Nova Iguaçú – RJ
14.09 e 15.09
Informações: (61) 3316 2153 / 3316 2140 com Romênia de Carvalho Macêdo."
(Secretaria de Articulação Institucional)
Fonte: site do Ministério da Cultura

domingo, agosto 06, 2006

FESTIVAL DE DANÇA DO CENTRO OESTE


6º Festdança

Atenção bailarinos!
As inscrições para o 6º Festdança – o maior festival de dança do Centro-Oeste - estão abertas até 20 de agosto. O evento será realizado de 7 a 10 de setembro, no Teatro Goiânia, e reunirá profissionais e estudantes de dança de várias regiões do Brasil. Além das apresentações competitivas também serão promovidos cursos de Ballet Clássico, Jazz, Dança de Rua e Dança Contemporânea.

Inscrições: Instituto Passo de Arte, Rua José Bonifácio, 160, Vila Assunção, Santo André, SP, CEP 09030 550 ou http://www.passodearte.com.br/ Informações: starsdance@starsdance.com.br, telefone 011- 4979 5709. A promoção é da Unidança, Associação Goiana de Dança Artística e Acadêmica de Goiás. Produção, Star’s Dance.