Muito já foi dito sobre onde colocar a última obra de Neusa Moraes. Um obra monumental e que não pode ser instalada em qualquer lugar, sob pena de desaparecer ou aparecer demais.
Osmar Pires, na minha opinião é quem melhor demonstra a necessidade de garantir o diálogo necessário para proteção de obra e do local onde vai ser instalada.
Neusa recebeu essa encomenda da Prefeitura de Goiânia, e como é muito comum, assim que terminou o mandato do Prefeito "encomendador", o próximo ignorou a artista e sua obra. Com sua morte, a AGEPEL foi a público dizer que finalmente seria dado um destino a obra e claro garantir a sua conclusão.
Bom, e a confusão segue sem um solução final, até mesmo por que a obra da Neusa, nessa caso, não é obra para ficar em qualquer lugar.
Boa proposta a do Osmar, vamos ver se as vaidades serão deixadas de lado e observado o bem maior.
DIÁRIO DA MANHÃ
Goiânia, 25/1/2008 – sexta-feira - edição n° 7.385 - página 10 - Economia
MONUMENTO EQÜESTRE: IMPLICAÇÕES DE UMA ESCOLHA CORRETA,
por Osmar Pires Martins Júnior*
A Agência Goiana de Cultura (Agepel) anunciou o local para instalar o monumento eqüestre de Pedro Ludovico. A estátua de bronze, com quatorze metros de altura, esculpida em gesso e fundida em bronze, com Pedro Ludovico montado em um cavalo, cavalgando no ponto mais alto de onde avistou o vale escolhido para sediar a nova capital do estado de Goiás. A obra escultural, da artista Neusa Moraes, “será instalada no Morro da Serrinha”, divulgou Linda Monteiro, presidenta da Agepel, que realiza uma gestão dinâmica e profícua em prol da cultura goiana.
Sobre este assunto, eu escrevi dois artigos publicados neste espaço, em dezembro do ano passado: o primeiro, no dia 06, intitulado Um monumento à altura da obra de Pedro; e, o segundo, dia 13, Resgate de uma dívida histórica. Volto ao assunto para acrescentar que, além do significado histórico e cultural, outros aspectos igualmente importantes devem ser considerados na escolha do local para instalar um monumento que possui significado tridimensional: histórico, cultural e ambiental. Sobre os dois primeiros, deixo de discorrer, tendo em vista que personalidades da estatura de José Mendonça Teles e Mauro Borges já se pronunciaram a respeito. Enfoco aqui a natureza urbanístico-ambiental do Morro da Serrinha, como necessária e importante, que não deve ser colocada em segundo plano, sob pena de se reduzir, involuntariamente, a dimensão da obra de Neusa Moraes a um objeto físico portentoso, mas destituído de vida.
O monumento ganhará vida na medida que a escultura integrar profundamente os seus aspectos multidimensionais. O Morro da Serrinha é o ponto mais alto de onde, na década de 30, se projetou o futuro; mas, simultaneamente, é o testemunho do cerrado típico, que outrora cobria extensamente o Centro-Oeste e, hoje, remanesce dentro de um tecido urbano dilacerado pela ocupação humana desordenada. Sobrevivem no Morro da Serrinha mais de 70 espécies de uma vegetação típica brasileira, como araticum, murici, piqui, cagaita, jacarandá, bacupari, mangericão-do-campo, ipê-amarelo. O monumento, portanto, expressa a memória histórico-ambiental brasileira, na sua jornada de interiorazação e conflito desbravador - preservador.
A visibilidade, a estética e o acesso ao monumento, necessários à valorização da própria obra, requer a implantação de uma estrutura adequada e sustentável, implicando na recuperação do Morro da Serrinha e na implantação do Parque de mesmo nome. Portanto, representa o resgate de um patrimônio urbanístico-ambiental da cidade que foi relegado à sanha especulativa dos que dilapidam os bens de uso comum da população.
O Parque da Serrinha é um espaço-livre constante do plano original da cidade que, implantado, revitalizará corretamente uma região urbana importante, mas esquecida. O parque possui área de mais de 2 alqueires, localização privilegiada e com vocação para nele se instale, adequadamente, equipamentos ambientais, culturais e históricos. E sem provocar impactos negativos, como a construção de prédios comerciais de dezenas de andares, pretendida num passado recente.
O prefeito Iris Rezende, o secretário de Cultura, Kléber Adorno, o presidente da Agência Municipal do Meio Ambiente, Clarismino Júnior, juntamente com a presidenta da Agepel e o governador Alcides Rodrigues, dirigentes comprometidos com os interesses maiores da coletividade, têm um desafio e uma oportunidade única de promover um entendimento capaz de quitar uma dívida do Poder Público com a história, a cultura e o meio ambiente da Capital dos goianos.
Na esteira da iniciativa da Câmara Municipal de Goiânia, por meio do vereador Pastor Rusemberg, um possível fruto do entendimento entre a prefeitura e o governo estadual, seria a promoção de um concurso público para a elaboração do projeto de implantação de um belo e moderno parque ecológico, no Morro da Serrinha, contendo um mirante com o monumento eqüestre de Pedro Ludovico. A população agradeceria esta iniciativa como sinal de amadurecimento e avanço das políticas públicas no nosso Estado.
*Osmar Pires Martins Júnior, biólogo, engenheiro agrônomo, mestre em Ecologia, professor universitário, é presidente da Academia Goianiense de Letras (AGnL).
Esse Blog tem como objetivo discutir a produção do patrimônio cultural brasileiro e a sua permanência. Os AMIGOS DOS MUSEUS atuam diretamente de Goiânia, capital do Estado de Goiás. Coração do Brasil. Do cerrado para o mundo!
sexta-feira, janeiro 25, 2008
quinta-feira, janeiro 24, 2008
quarta-feira, janeiro 23, 2008
UM TEÓRICO DO CINISMO.
O artigo acima foi publicado hoje no jornal Diário da Manhã e reflete bem o cinismo de determinados gestores públicos. Não costumo ler esse tipo de lixo, mas, esse vale a leitura, pois explica bem como é a unidade pensante de um grande intelectual goiano.
E ainda demonstra que Goiânia é realmente a terra dos coronéis e no pior sentido, pois é dos coronéis que acham que a Lei só foi elaborada para ser burlada. São uns tipos que envergonham no cotidiano as pessoas de bem, que deixam com sentimento de culpa quem acredita que a vida deve ser encarada de frente com ética e honestidade.
Ontem, um dos mentores em tempos passados do atual secretário de Cultura de Goiânia reafirmou que a SECULT é um antro, e que a Lei é burlada ali cotidianamente, o erário usado para beneficiar diretores e outros tipos, em detrimento daqueles que efetivamente produzem cultura e hoje, no mesmo jornal, o próprio secretário tece uma teia de letrinhas para informar aqueles que denunciam que não há chance de vitória contra ele. (Para recordar leia o post anterior "Quem não chora não mama 2")
Ele, que se julga o próprio deus, acima da lei, dos demais, homens e mulheres, segue ileso, mesmo sendo apontado claramente pela UFG, como autor de uma tese de doutorado elaborada com base no ctrl+C e ctrl+V, como mentor e ordenador da fraude da 3ª CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE CULTURA, como chefe do antro que usa a Lei de Incentivo a Cultura em beneficio próprio, como IMPROBO pelo MP e tantas outras atitudes bem pouco dignas de um gestor público.
Será que o cidadão tem razão? A Lei e justiça goiana só mandam para cadeia ladrão de galinha? Será que o erário é realmente o pasto onde os coronéis colocam para pastar as suas mulas? Haja cinismo!
Ontem, um dos mentores em tempos passados do atual secretário de Cultura de Goiânia reafirmou que a SECULT é um antro, e que a Lei é burlada ali cotidianamente, o erário usado para beneficiar diretores e outros tipos, em detrimento daqueles que efetivamente produzem cultura e hoje, no mesmo jornal, o próprio secretário tece uma teia de letrinhas para informar aqueles que denunciam que não há chance de vitória contra ele. (Para recordar leia o post anterior "Quem não chora não mama 2")
Ele, que se julga o próprio deus, acima da lei, dos demais, homens e mulheres, segue ileso, mesmo sendo apontado claramente pela UFG, como autor de uma tese de doutorado elaborada com base no ctrl+C e ctrl+V, como mentor e ordenador da fraude da 3ª CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE CULTURA, como chefe do antro que usa a Lei de Incentivo a Cultura em beneficio próprio, como IMPROBO pelo MP e tantas outras atitudes bem pouco dignas de um gestor público.
Será que o cidadão tem razão? A Lei e justiça goiana só mandam para cadeia ladrão de galinha? Será que o erário é realmente o pasto onde os coronéis colocam para pastar as suas mulas? Haja cinismo!
Com já havia comentando antes, o calcanhar de Aquiles do Prefeito de Goiânia é a SECULT. Não que isso importe muito, considerando que o Prefeito ainda acredita que na área cultural voto é que menos conta, mas morre de medo da pena afiada dos "escritores" na defesa de seus interesses.
terça-feira, janeiro 22, 2008
QUEM NÃO CHORA NÃO MAMA 2
O título é sugestivo, mas dessa vez não tem quase nada haver com a questão do CHORINHO NO GRANDE HOTEL, exceto talvez pela intimidade entre a coordenadora do CHORINHO e o ANTRO a que se refere PX SILVEIRA em seu artigo publicado hoje 22/01/08 no jornal DIÁRIO DA MANHÃ e do qual transcrevo o último parágrafo.
LARANJA COM MARIMBONDO NO PÉ
“De minha parte, essa expressão, vindo do antro que vem, ou seja, dos mesmos incógnitos aproveitadores dos Editais cujos resultados estão sem explicação outra que não o favorecimento explícito de projetos de diretores, estagiários, igrejas e programas de TV de conflituosos interesses; realmente é o caso de me fazer distinguir.
Com certeza não somos laranja do mesmo pé.” PX Silveira
Como o DM não possui o hábito saudável de publicar opiniões contrarias ao antro e ao chefão abaixo um comentário postado por mim no site e claro, não publicado.
“PX,muito provavelmente os seus projetos LARANJAS foram aprovados a título de cala a boca, mas como um sujeito que vê mais do que ponta do próprio nariz, você PX ousou denunciar publicamente o uso da Lei de Incentivo a Cultura Municipal para financiar projetos do diretor de Eventos Culturais e não por acaso PRESIDENTE da CPC. Além de LARANJA é visto como TRAIDOR. Afinal fizeram um pacto com você, ainda que não formal foi intencional, mas esqueceram de avisar que havia tal pacto secreto.
Resultado, indignado botou a boca no trombone, clamou aos céus e terras. Os céus estão dando risada até agora e na terra, nem o PREFEITO e nem o MP se interessou pelo assunto.
Resultado, agora você é LARANJA. Como era LARANJA do pé preferido do SECRETÁRIO, um certo diretor de teatro e seu PUNHAL RELUZENTE.
Êh, Goiás, com sorte a febre AMARELA cuida deles!”
segunda-feira, janeiro 21, 2008
A semana foi bastante agitada em Goiânia e com uma grande vitória por parte da sociedade organizada.
GATOS DO BOSQUE
Depois da manifestação realizada no sábado no Bosque dos Buritis, no dia 16/01 a Prefeitura de Goiânia anunciou que irá dispor da área junto ao velho CCZ para a construção de um abrigo para os gatos. A decisão não é a melhor, tendo em vista que em outras cidades a opção foi pela construção de abrigos para os animais nos locais a onde estavam inseridos. Todavia, melhor que a política matança lá isso é!
“14/01/2008 - MP reforça medidas para interdição do Circo Bolshoi
http://e-commerce.cultura.com.br/shopping/mostra_noticia.asp?txtEntidade=125651
Parabéns ao MP-GO, à Associação de Defensores do Vaca Brava, ao ex secretário de Meio Ambiente Osmar Pires e todos que se mobilizaram para defender uma área pública, grilada e que deve retornar ao patrimônio da cidade.
Que fique clara a crítica que faço. Conheço alguns dos autores e não questiono, aqui, suas obras. Mas que todas as obras e seus autores ficaram diminuídos com este desserviço, isso eu afirmo.
QUEM NÃO CHORA NÃO MAMA
A figura “plantou” a imprensa local depois de um escândalo no final do ano passado que a venda de bebidas seria efetuada em parceria com a FOSFOROS e de fato foi, uma única vez. E mais que os valores arrecadados seriam para o pagamento do cachê dos músicos, todavia ganha um doce que mostrar um recibo de pagamento dos tais cachês. E a venda do chopes está sendo feita com noticiado na imprensa local, pelo filho da mesma, o tal JUNINHO.
GATOS DO BOSQUE
Depois da manifestação realizada no sábado no Bosque dos Buritis, no dia 16/01 a Prefeitura de Goiânia anunciou que irá dispor da área junto ao velho CCZ para a construção de um abrigo para os gatos. A decisão não é a melhor, tendo em vista que em outras cidades a opção foi pela construção de abrigos para os animais nos locais a onde estavam inseridos. Todavia, melhor que a política matança lá isso é!
VACA BRAVA X CIRCO BOLSHOI
A promotora de justiça Marta Moriya Loyola, a mesma que mandou retirar os gatos do Bosque dos Buritis, também recomendou no dia 14/01 a interdição imediata do Circo Bolshoi. Calma, não é por que ela esteja de birra com gatos e circos. O Circo Bolshoi que chegou à Goiânia e segundo o noticiário local, com amplo apoio da Prefeitura, e especialmente da AAMA e da SECULT, a primeira deixou que ocupassem uma área de preservação ambiental e a segunda, iniciou um estudo para FINANCIAR uma escola de circo, acabou sendo alvo de investigação do MP-GO.
A promotora de justiça Marta Moriya Loyola, a mesma que mandou retirar os gatos do Bosque dos Buritis, também recomendou no dia 14/01 a interdição imediata do Circo Bolshoi. Calma, não é por que ela esteja de birra com gatos e circos. O Circo Bolshoi que chegou à Goiânia e segundo o noticiário local, com amplo apoio da Prefeitura, e especialmente da AAMA e da SECULT, a primeira deixou que ocupassem uma área de preservação ambiental e a segunda, iniciou um estudo para FINANCIAR uma escola de circo, acabou sendo alvo de investigação do MP-GO.
“14/01/2008 - MP reforça medidas para interdição do Circo Bolshoi
http://e-commerce.cultura.com.br/shopping/mostra_noticia.asp?txtEntidade=125651
A promotora de justiça Marta Moriya Loyola expediu hoje (14/01) recomendação à Secretaria Municipal de Fiscalização (Sefur), reforçando orientação feita por meio de ofícios, em dezembro do ano passado, no sentido de interdição imediata do Circo Bolshoi. O empreendimento está instalado numa área na Avenida T-5, esquina com Avenida T-3 e Rua T-56, em frente ao Parque Vaca Brava, no Setor Bueno. “
Para ler a matéria na íntegra basta clicar no link.
Parabéns ao MP-GO, à Associação de Defensores do Vaca Brava, ao ex secretário de Meio Ambiente Osmar Pires e todos que se mobilizaram para defender uma área pública, grilada e que deve retornar ao patrimônio da cidade.
ÁRVORE MOREIRA
Outra importante ação e dessa vez o herói foi o Prefeito Íris foi o tombamento com bem cultural da árvore Moreira. A sobra dessa árvore, Pedro Ludovico em 1937 fez os primeiros despachos oficiais, concretizando a mudança da capital de Goiás da antiga Vila Boa para Goiânia. A MOREIRA agora é patrimônio Histórico e Cultural de Goiânia. Infelizmente, a área onde a árvore se encontra é particular, na Rua 24 no Centro. Sobre esse assunto voltaremos em outro post.
Outra importante ação e dessa vez o herói foi o Prefeito Íris foi o tombamento com bem cultural da árvore Moreira. A sobra dessa árvore, Pedro Ludovico em 1937 fez os primeiros despachos oficiais, concretizando a mudança da capital de Goiás da antiga Vila Boa para Goiânia. A MOREIRA agora é patrimônio Histórico e Cultural de Goiânia. Infelizmente, a área onde a árvore se encontra é particular, na Rua 24 no Centro. Sobre esse assunto voltaremos em outro post.
ATACADÃO LITERÁRIO OU CALA BOCA?
E como não podia deixar de acontecer, a coleção Goiânia em Prosa e Verso foi um fiasco. A critica foi geral. Aqui no blog foi tema do post “Atacadão literário ou cala a boca?” E para encerrar esse assunto, publico abaixo uma carta enviada ao jornal O POPULAR do dia 18/01/08 e que resume bem a opinião de todos. Claro, exceto a dos 71 escritores, secretário e de seus assessores. Ah, e também de uma certa professora da UCG que aproveitou a onda para publicar vários livretos de sua produtiva lavra.
E como não podia deixar de acontecer, a coleção Goiânia em Prosa e Verso foi um fiasco. A critica foi geral. Aqui no blog foi tema do post “Atacadão literário ou cala a boca?” E para encerrar esse assunto, publico abaixo uma carta enviada ao jornal O POPULAR do dia 18/01/08 e que resume bem a opinião de todos. Claro, exceto a dos 71 escritores, secretário e de seus assessores. Ah, e também de uma certa professora da UCG que aproveitou a onda para publicar vários livretos de sua produtiva lavra.
"Goiânia em Prosa e Verso
Professor da unidade curricular Design Editorial, me sinto obrigado a tecer alguns comentários sobre o que foi chamado de “atacadão literário”. Teço meus comentários a partir do que ouvi e do que li na matéria de 10 de janeiro deste jornal.
A Secretaria Municipal de Cultura, com a colaboração da Editora da UCG, fez lançar obras de 71 autores cometendo um dos maiores crimes editoriais de que tenho ciência. A belíssima matéria de Rodrigo Alves deixa transparecer nas diversas falas dos interessados e nos comentários a insensatez de tal feito.
O projeto Coleção Goiânia em Prosa e Verso, que está em sua segunda edição, teve como único critério a inscrição, como afirma o secretário de Cultura Kleber Adorno. Não foi estabelecido nenhum critério de seleção.
Que fique clara a crítica que faço. Conheço alguns dos autores e não questiono, aqui, suas obras. Mas que todas as obras e seus autores ficaram diminuídos com este desserviço, isso eu afirmo.
Marcos Amaral Lotufo Setor Pedro Ludovico – Goiânia "
QUEM NÃO CHORA NÃO MAMA
E por último, como não podia deixar passar em branco, na sexta-feira o Grande Hotel foi palco de mais um desmando por parte da coordenadora do CHORINHO. O filho da moça, conhecido por JUNINHO teve um chilique e destratou os servidores do Grande Hotel, pois notou a “falta” de 04 barris de chope que deveriam ser vendidos a noite em mais uma edição do CHORINHO.
Os barris haviam sido recolhidos pela fornecedora sabe-se lá por quê. Algumas teorias já estão sendo ventiladas, tal o afinco da Coordenadora durante a semana para "vigiar" mesas e cadeiras alugadas da mesma fornecedora dos chopes. Será que esperavam que recolhessem tudo? Como ocorreu no final do ano passado? O caso acabou com um BO na delegacia. Nada mais justo.
Aparentemente ninguém notou que as apresentações do CHORINHO estão se repetindo e o grande motivo é a falta de cachê. Para os músicos não tem cachê, mas sabe-se que a coordenadora recebe e recebe bem por cada edição semanal do projeto.
A figura “plantou” a imprensa local depois de um escândalo no final do ano passado que a venda de bebidas seria efetuada em parceria com a FOSFOROS e de fato foi, uma única vez. E mais que os valores arrecadados seriam para o pagamento do cachê dos músicos, todavia ganha um doce que mostrar um recibo de pagamento dos tais cachês. E a venda do chopes está sendo feita com noticiado na imprensa local, pelo filho da mesma, o tal JUNINHO.
E mais, ao que se fala a boca pequena, o povo que vende qualquer coisa nas imediações e que estão vestidos à caráter – camiseta laranja- estão sendo obrigados a dar uma contribuição básica. Será? Se for, há que se afirmar que estamos bem além da frase “pequenas igrejas, grande negócios”, e já vamos para “quem não chora não mama”.
Às vésperas de uma disputa eleitoral importante e talvez a última de uma carreira vitoriosa no campo político, o Prefeito Íris Rezende parece não perceber que seu calcanhar de Aquiles, nessas eleições será a Caixa Preta da SECULT. Quem viver ....
Depois tem mais!
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sexta-feira, janeiro 11, 2008
ATACADÃO LITERÁRIO OU CALA BOCA 2?
Está no blog FAXINA GERAL
1 - 11/01/2008 12:35
Prefeitura de massa de Goiânia!
Jockey Club, ontem à noite no Goiânia em Prosa e Verso. 71 (setenta e um) intelectuais fizeram o mutirão de lançamentos. Conseguiram achar 71 escritores, poetas, ensaístas, cronistas em Goiás. A terra é fértil em quantidade e não em qualidade. Apesar de pouquíssimos de relativa, e põe relativa nisso, qualidade, o que se viu foi um monte de lixo que em centros sérios e com comissão editorial de nível não seriam editados! Coisa de louco, aliás, coisa política.O Prefeito Iris Rezende Machado PMDB estava lá. Para quem o observou bem pôde notar que estava cansado, sem a agressividade costumeira de atenção e vivacidade. Após todos os badaladores discursarem dizendo montes de asneiras, ele discursou e não disse nada! No início do discurso deu para se notar que não trafega bem pela cultura, demorou para sacar um veio e quando o achou, disse a seguinte besteira : acha (demagogicamente) que escrever é um dom divino e que ali estavam os 71 que foram escolhidos por deus para, quem sabe, guiarem o povo, traçando paralelo geral que fez com grandes escritores da humanidade!Quando citou o Projeto, demonstrou senilidade avançando, ao dizer o nome "Prosa e Verso" que trocou por "Prose e Voto" e depois corrigiu. Ao citar a população de Goiânia disse 1.250 habitantes em mais uma afirmação do avanço de senilidade.Digo isso porque na campanha à prefeitura de Goiânia, o segui em vários comícios e pude ver que terminava sua peroração para a plateia, exausto! Quase não conseguia ficar no palanque para ouvir e deferir os candidatos a vereador! Uma filha sua me disse do seu cansaço. Conclui que quando na agenda diária de campanha aparecia reunião com empresários ele estava descansando! Agora as marcas da senilidade agindo. No Jockey apareceram não mais de 1500 pessoas...Os dois eventos, pela organização e pelo alcance, somados ao folículo asfalto que tem feito, a burrice engenharítica da Praça do ratinho, demonstraram um governo em fim de festa que já não comanda mais a cidade!É uma pena. will
2 - 11/01/2008 10:18
Prefeitura de Goiânia GO
Asfalto em massa, livros em massa, casamentos em massa, cantores em massa, mutirões em massa e para a massa, vida de gado e massa de mansidão bovina. Nada de formação de massa crítica que possa contribuir para elevar o goianiense como cidadão pensante. Tudo é massa e é massiva a cooptação de neurônios reai$. É de dar dó!will
O blog vale a leitura diária.
http://www.faxinageral.blog-se.com.br/blog/conteudo/home.asp?pg=2&idBlog=14232&arquivo=&inicio=&fim=&mes=&ano=2006
1 - 11/01/2008 12:35
Prefeitura de massa de Goiânia!
Jockey Club, ontem à noite no Goiânia em Prosa e Verso. 71 (setenta e um) intelectuais fizeram o mutirão de lançamentos. Conseguiram achar 71 escritores, poetas, ensaístas, cronistas em Goiás. A terra é fértil em quantidade e não em qualidade. Apesar de pouquíssimos de relativa, e põe relativa nisso, qualidade, o que se viu foi um monte de lixo que em centros sérios e com comissão editorial de nível não seriam editados! Coisa de louco, aliás, coisa política.O Prefeito Iris Rezende Machado PMDB estava lá. Para quem o observou bem pôde notar que estava cansado, sem a agressividade costumeira de atenção e vivacidade. Após todos os badaladores discursarem dizendo montes de asneiras, ele discursou e não disse nada! No início do discurso deu para se notar que não trafega bem pela cultura, demorou para sacar um veio e quando o achou, disse a seguinte besteira : acha (demagogicamente) que escrever é um dom divino e que ali estavam os 71 que foram escolhidos por deus para, quem sabe, guiarem o povo, traçando paralelo geral que fez com grandes escritores da humanidade!Quando citou o Projeto, demonstrou senilidade avançando, ao dizer o nome "Prosa e Verso" que trocou por "Prose e Voto" e depois corrigiu. Ao citar a população de Goiânia disse 1.250 habitantes em mais uma afirmação do avanço de senilidade.Digo isso porque na campanha à prefeitura de Goiânia, o segui em vários comícios e pude ver que terminava sua peroração para a plateia, exausto! Quase não conseguia ficar no palanque para ouvir e deferir os candidatos a vereador! Uma filha sua me disse do seu cansaço. Conclui que quando na agenda diária de campanha aparecia reunião com empresários ele estava descansando! Agora as marcas da senilidade agindo. No Jockey apareceram não mais de 1500 pessoas...Os dois eventos, pela organização e pelo alcance, somados ao folículo asfalto que tem feito, a burrice engenharítica da Praça do ratinho, demonstraram um governo em fim de festa que já não comanda mais a cidade!É uma pena. will
2 - 11/01/2008 10:18
Prefeitura de Goiânia GO
Asfalto em massa, livros em massa, casamentos em massa, cantores em massa, mutirões em massa e para a massa, vida de gado e massa de mansidão bovina. Nada de formação de massa crítica que possa contribuir para elevar o goianiense como cidadão pensante. Tudo é massa e é massiva a cooptação de neurônios reai$. É de dar dó!will
O blog vale a leitura diária.
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quinta-feira, janeiro 10, 2008
O jornal de Fortaleza "O POVO" de 10/01/2008 na coluna "O POVO nos Bairros" publicou uma nota sobre a atuação positiva do Ministério Público no sentido de coibir a matança de animais sadios no CCZ.
Goiânia bem que poderia ter um peitudo no MP que obrigasse o Prefeito de Goiânia a adotar medidas positivas tais como campanhas de castração, de posse responsável, ao invés de estimular a captura de animais sadios no Bosque dos Buritis para serem mortos no CCZ.
Atualmente, as entidades de proteção ainda tentam resolver o problema criado pela súbita RECOMENDAÇÃO da 15ª Promotoria do MP-GO de retirada imediata dos gatos do Bosque dos Buritis. Os animais passaram a ser caçados com zarabatanas e apontados como culpados, pela possibilidade de proliferação da contaminação das pessoas pela febre amarela.
Qual o crime? Acusados de comer a carcaça dos macacos mortos e que estariam possivelmente contaminados pelo vírus.
Entretanto, já é certo que não existe qualquer estudo em Goiânia sobre o comportamento dos animais. Existe sim, a lenda, gatos comem passarinhos e agora carcaça de macacos.
Não seria mais lógico o controle da população de gatos? Os gatos do Bosque dos Buritis devidamente cadastrados, castrados, vermifugados, vacinados, em número de tantos animais sob os cuidados de uma das entidades de proteção em parceria com a Prefeitura?
Punição severa para quem abandonar no local outros animais. Campanhas de castração de animais domésticos, de posse responsável.
Todavia o que vemos é apenas a pressa em obedecer a recomendação de retirar os gatos, e nada de projeto de educação ambiental e posse responsável, também recomendado pelo MP-GO.
Abaixo a nota publicada no jornal O POVO.
"MP
O promotor de Justiça José Francisco de Oliveira Filho informa que notificou, na última segunda-feira, 7, a prefeita Luizianne Lins e o secretário municipal de Saúde, Odorico Monteiro, para que, no prazo de 20 dias, proíbam o Centro de Controle de Zoonoses de Fortaleza (CCZ) de proceder a eutanásia de animais caninos e felinos antes do período de quarentena e sem exame médico-veterinário que aponte a doença incurável ou terminal para justificar tal sacrifício.
Na notificação, o promotor orienta que seja desenvolvida campanha maciça de castração e esterilização dos animais, de modo a evitar a crueldade da matança desordenada ."
http://www.opovo.com.br/opovo/colunas/opovonosbairros/757789.html
Goiânia bem que poderia ter um peitudo no MP que obrigasse o Prefeito de Goiânia a adotar medidas positivas tais como campanhas de castração, de posse responsável, ao invés de estimular a captura de animais sadios no Bosque dos Buritis para serem mortos no CCZ.
Atualmente, as entidades de proteção ainda tentam resolver o problema criado pela súbita RECOMENDAÇÃO da 15ª Promotoria do MP-GO de retirada imediata dos gatos do Bosque dos Buritis. Os animais passaram a ser caçados com zarabatanas e apontados como culpados, pela possibilidade de proliferação da contaminação das pessoas pela febre amarela.
Qual o crime? Acusados de comer a carcaça dos macacos mortos e que estariam possivelmente contaminados pelo vírus.
Entretanto, já é certo que não existe qualquer estudo em Goiânia sobre o comportamento dos animais. Existe sim, a lenda, gatos comem passarinhos e agora carcaça de macacos.
Não seria mais lógico o controle da população de gatos? Os gatos do Bosque dos Buritis devidamente cadastrados, castrados, vermifugados, vacinados, em número de tantos animais sob os cuidados de uma das entidades de proteção em parceria com a Prefeitura?
Punição severa para quem abandonar no local outros animais. Campanhas de castração de animais domésticos, de posse responsável.
Todavia o que vemos é apenas a pressa em obedecer a recomendação de retirar os gatos, e nada de projeto de educação ambiental e posse responsável, também recomendado pelo MP-GO.
Abaixo a nota publicada no jornal O POVO.
"MP
O promotor de Justiça José Francisco de Oliveira Filho informa que notificou, na última segunda-feira, 7, a prefeita Luizianne Lins e o secretário municipal de Saúde, Odorico Monteiro, para que, no prazo de 20 dias, proíbam o Centro de Controle de Zoonoses de Fortaleza (CCZ) de proceder a eutanásia de animais caninos e felinos antes do período de quarentena e sem exame médico-veterinário que aponte a doença incurável ou terminal para justificar tal sacrifício.
Na notificação, o promotor orienta que seja desenvolvida campanha maciça de castração e esterilização dos animais, de modo a evitar a crueldade da matança desordenada ."
http://www.opovo.com.br/opovo/colunas/opovonosbairros/757789.html
MASP X MAG
Se o MASP que é considerado o maior museu da América Latina nunca cumpriu normas de segurança, imaginem o MAG - Museu de Arte de Goiânia?
O MASP se diferencia apenas em um detalhe, o diretor. No caso do MASP as denúncias de má gestão são direcionadas ao diretor, conhecido e provido no cargo, no caso do MAG, o falso diretor aparece nos jornais locais, mas que vai pagar o pato será a diretora "laranja".
Curiosidades da cena cultural goiana.
"Museu nunca cumpriu normas
São Paulo - Inaugurado em novembro de 1968, o prédio do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, região central da capital paulista, nunca teve brigada de incêndio nem cumpriu exigências do Departamento de Controle do Uso de Imóveis (Contru), da Prefeitura de São Paulo.
Só agora, 39 anos após a inauguração do prédio, o Contru decidiu agir. Só o fez por causa das notícias recentes – divulgadas após o furto das obras – de que o prédio do Masp tem problemas de segurança. O departamento da prefeitura não exigia o cumprimento das regras por considerar que a freqüência de público é pequena.
Um laudo parcial do Contru foi entregue ontem aos administradores do museu com uma série de exigências. Deve ser assinado hoje um termo de ajustamento de conduta que prevê, entre outras coisas, o compromisso do museu de realizar todas as alterações em 15 dias, sob pena de interdição. Até lá, poderá funcionar normalmente. Entre as exigências previstas no laudo está a apresentação de um laudo do Corpo de Bombeiros, documento que o Masp não tinha, providenciou nos últimos dias e entregou ontem mesmo. O Contru também estabelece a criação de uma brigada de incêndio no prédio. (Folhapress) "
O MASP se diferencia apenas em um detalhe, o diretor. No caso do MASP as denúncias de má gestão são direcionadas ao diretor, conhecido e provido no cargo, no caso do MAG, o falso diretor aparece nos jornais locais, mas que vai pagar o pato será a diretora "laranja".
Curiosidades da cena cultural goiana.
"Museu nunca cumpriu normas
São Paulo - Inaugurado em novembro de 1968, o prédio do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, região central da capital paulista, nunca teve brigada de incêndio nem cumpriu exigências do Departamento de Controle do Uso de Imóveis (Contru), da Prefeitura de São Paulo.
Só agora, 39 anos após a inauguração do prédio, o Contru decidiu agir. Só o fez por causa das notícias recentes – divulgadas após o furto das obras – de que o prédio do Masp tem problemas de segurança. O departamento da prefeitura não exigia o cumprimento das regras por considerar que a freqüência de público é pequena.
Um laudo parcial do Contru foi entregue ontem aos administradores do museu com uma série de exigências. Deve ser assinado hoje um termo de ajustamento de conduta que prevê, entre outras coisas, o compromisso do museu de realizar todas as alterações em 15 dias, sob pena de interdição. Até lá, poderá funcionar normalmente. Entre as exigências previstas no laudo está a apresentação de um laudo do Corpo de Bombeiros, documento que o Masp não tinha, providenciou nos últimos dias e entregou ontem mesmo. O Contru também estabelece a criação de uma brigada de incêndio no prédio. (Folhapress) "
ATACADÃO LITERARIO OU CALA BOCA?
Até parece que foi ontem que o escritor Luiz de Aquino publicou uma denúncia de ação entre amigos, o assunto tinha haver com distribuição de honrarias entre os escritores. Esse tipo de ação é bastante comum e tem escritor que paga caro para parecer que é intelectual, pertencendo a inúmeras academias. O duro é que a maioria escreve, mas haja paciência e disposição de quem, além do autor e familiares, se propõe a ler.
Outros são talentosos e infelizmente soterrados pela política de balcão implementada pela SECULT, acabam sendo jogados na vala comum do "cala boca" de publicações sem revisão e mal acabadas.
No jornal O POPULAR uma boa matéria sobre o assunto, que sugere as suspeitas de favorecimento e manifesta a alegria de membros do "CMC", já declarado ilegal pela justiça goiana.
"Atacadão literário
71 autores lançam livros hoje em coleção da Prefeitura de Goiânia. Quem se inscreveu no projeto teve a obra incluída, segundo Secult
por Rodrigo Alves
São 71 livros que têm em comum somente o fato de terem sido escritos em língua portuguesa. Hoje, a partir das 20 horas, no Joquéi Clube de Goiás, serão lançadas as obras que fazem parte do Projeto Goiânia em Prosa e Verso, da Secretaria Municipal de Cultura. Entre elas, trabalhos inéditos de autores conhecidos e escritores de primeira viagem. O critério de escolha para serem publicados? Terem sido inscritos no projeto. Pelo menos é o que garante a Secretaria Municipal de Cultura (Secult), que organiza a coleção. “Não foi um processo de competição. Quem se inscreveu teve o livro publicado. Ninguém foi excluído, pelo que sei”, garantiu ao POPULAR o titular da pasta, Kleber Adorno.
O lançamento total custou cerca de R$ 200 mil do orçamento da Secult referente a 2007. O projeto tem parceria com a Editora da Universidade Católica de Goiás (UCG) e está na segunda edição. A primeira, realizada em novembro de 2005 durante as comemorações dos 72 anos da cidade, lançou 40 títulos de variados gêneros. Nomes conhecidos da literatura goiana como Augusta Faro, Lêda Selma, Miguel Jorge, Bariani Ortencio, Brasigóis Felício e José Mendonça Teles figuravam na lista à época e continuam nesta.
Assim como na primeira edição, inicialmente o projeto previa 40 títulos, aprovados já em maio passado. A data para o lançamento era, então, o aniversário de 74 anos de Goiânia. Mas, em meio ao atraso da publicação, mais candidatos apareceram. Em outubro, já somavam 68 obras. Semanas depois mais três retardatários foram incluídos. A impressão dos últimos exemplares atrasou e só terminou durante o Natal. Segundo Kleber, não houve a publicação de um edital ou de um regulamento para a participação na coleção, mas apenas o anúncio do projeto, no início do ano. Aqueles que procuraram a Secult tinham, então, seus livros encaminhados.
“Promover a leitura”Dos 71 livros que serão publicados hoje (veja lista completa nesta página), 14 deles foram selecionados pelo Conselho Editorial da UCG. “Ficamos somente neles, o restante a Secretaria de Cultura escolheu. Fomos responsáveis só pela arte e diagramação”, diz a representante do conselho, a professora Regina Lúcia Araújo. Não faltaram livros dos envolvidos com o projeto. “Isso não que dizer que não sejam autores de bom nível”, afiança Regina. Ela, por exemplo, publica Abraço Quântico e a professora Heloísa Capel, também integrante do conselho, teve dois livros incluídos na coleção: O Morador e Flores: Comunidade Negra. Sua mãe Alice Capel, que morreu na semana passada, aparece na lista com Vidas em Cenas.
O secretário Kleber Adorno também não vê problemas na inclusão de obras na coleção de pessoas que participaram do projeto. “Não estabelecemos nenhum critério de seleção, a não ser de que não fossem livros acadêmicos”, frisa, embora os títulos de algumas das obras da coleção sugiram que se trata de estudos acadêmicos (a exemplo de Estudos Cartesianos: A Formação Acadêmica, de Duelci A. de F. Vaz, e O Ser do Narrador nos Romances de Clarice Lispector, de Maria Teresinha Martins).
Não houve, como ele esclarece, nenhuma leitura prévia das obras apresentadas. Segundo Kleber, a única intenção do projeto é “promover a leitura”, o que, na sua visão, não exclui a possibilidade de que nomes de peso como Gilberto Mendonça Teles dividam espaço na coleção com o do adolescente Lucas Leão Alves (PW – O Mundo Impossível), de 12 anos, filho do escritor Luiz de Aquino, que também participa da coletânea com Poemas de amor e Terra.
Para deixar a miscelânea de livros uniforme, foi preciso dar um rosto comum a todos. O trabalho da Editora da UCG começou em abril, na confecção do projeto gráfico. As publicações, impressas na Gráfica Renascer, prestam homenagem a Frei Confaloni, um dos fundadores da Escola de Belas de Artes, hoje Faculdade de Arquitetura da UCG. Na capa de cada livro, há detalhes de alguma obra do artista italiano.
Pelo fato de terem sido lançados com dinheiro público, os livros não poderão ser vendidos. Cerca de mil exemplares foram impressos para cada título. Desse total, entre 300 e 400 destinam-se às bibliotecas e escolas municipais e à UCG, que fará uma espécie de intercâmbio com editoras universitárias. O restante ficará à disposição dos autores. A iniciativa empolga os beneficiados que ganharam a chance de publicar seus livros.
É o caso de Miguel Jorge. Membro do Conselho Municipal de Cultura, o autor visualiza no lançamento a possibilidade de muitos autores terem a emoção do primeiro livro. “Não houve seleção. As pessoas ofereciam o livro e ganhavam a chance”, reafirma. “Não posso dizer se são bons ou não, porque não pude conhecer todos. Mas talvez seja um bom começo”, emenda. O escritor, entretanto, dá uma sugestão para a próxima edição: separar a coleção em duas, uma chamada Bernardo Élis, para autores conhecidos, e a outra, Yêda Schmaltz, para os iniciantes. "
FONTE: O POPULAR
Outros são talentosos e infelizmente soterrados pela política de balcão implementada pela SECULT, acabam sendo jogados na vala comum do "cala boca" de publicações sem revisão e mal acabadas.
No jornal O POPULAR uma boa matéria sobre o assunto, que sugere as suspeitas de favorecimento e manifesta a alegria de membros do "CMC", já declarado ilegal pela justiça goiana.
"Atacadão literário
71 autores lançam livros hoje em coleção da Prefeitura de Goiânia. Quem se inscreveu no projeto teve a obra incluída, segundo Secult
por Rodrigo Alves
São 71 livros que têm em comum somente o fato de terem sido escritos em língua portuguesa. Hoje, a partir das 20 horas, no Joquéi Clube de Goiás, serão lançadas as obras que fazem parte do Projeto Goiânia em Prosa e Verso, da Secretaria Municipal de Cultura. Entre elas, trabalhos inéditos de autores conhecidos e escritores de primeira viagem. O critério de escolha para serem publicados? Terem sido inscritos no projeto. Pelo menos é o que garante a Secretaria Municipal de Cultura (Secult), que organiza a coleção. “Não foi um processo de competição. Quem se inscreveu teve o livro publicado. Ninguém foi excluído, pelo que sei”, garantiu ao POPULAR o titular da pasta, Kleber Adorno.
O lançamento total custou cerca de R$ 200 mil do orçamento da Secult referente a 2007. O projeto tem parceria com a Editora da Universidade Católica de Goiás (UCG) e está na segunda edição. A primeira, realizada em novembro de 2005 durante as comemorações dos 72 anos da cidade, lançou 40 títulos de variados gêneros. Nomes conhecidos da literatura goiana como Augusta Faro, Lêda Selma, Miguel Jorge, Bariani Ortencio, Brasigóis Felício e José Mendonça Teles figuravam na lista à época e continuam nesta.
Assim como na primeira edição, inicialmente o projeto previa 40 títulos, aprovados já em maio passado. A data para o lançamento era, então, o aniversário de 74 anos de Goiânia. Mas, em meio ao atraso da publicação, mais candidatos apareceram. Em outubro, já somavam 68 obras. Semanas depois mais três retardatários foram incluídos. A impressão dos últimos exemplares atrasou e só terminou durante o Natal. Segundo Kleber, não houve a publicação de um edital ou de um regulamento para a participação na coleção, mas apenas o anúncio do projeto, no início do ano. Aqueles que procuraram a Secult tinham, então, seus livros encaminhados.
“Promover a leitura”Dos 71 livros que serão publicados hoje (veja lista completa nesta página), 14 deles foram selecionados pelo Conselho Editorial da UCG. “Ficamos somente neles, o restante a Secretaria de Cultura escolheu. Fomos responsáveis só pela arte e diagramação”, diz a representante do conselho, a professora Regina Lúcia Araújo. Não faltaram livros dos envolvidos com o projeto. “Isso não que dizer que não sejam autores de bom nível”, afiança Regina. Ela, por exemplo, publica Abraço Quântico e a professora Heloísa Capel, também integrante do conselho, teve dois livros incluídos na coleção: O Morador e Flores: Comunidade Negra. Sua mãe Alice Capel, que morreu na semana passada, aparece na lista com Vidas em Cenas.
O secretário Kleber Adorno também não vê problemas na inclusão de obras na coleção de pessoas que participaram do projeto. “Não estabelecemos nenhum critério de seleção, a não ser de que não fossem livros acadêmicos”, frisa, embora os títulos de algumas das obras da coleção sugiram que se trata de estudos acadêmicos (a exemplo de Estudos Cartesianos: A Formação Acadêmica, de Duelci A. de F. Vaz, e O Ser do Narrador nos Romances de Clarice Lispector, de Maria Teresinha Martins).
Não houve, como ele esclarece, nenhuma leitura prévia das obras apresentadas. Segundo Kleber, a única intenção do projeto é “promover a leitura”, o que, na sua visão, não exclui a possibilidade de que nomes de peso como Gilberto Mendonça Teles dividam espaço na coleção com o do adolescente Lucas Leão Alves (PW – O Mundo Impossível), de 12 anos, filho do escritor Luiz de Aquino, que também participa da coletânea com Poemas de amor e Terra.
Para deixar a miscelânea de livros uniforme, foi preciso dar um rosto comum a todos. O trabalho da Editora da UCG começou em abril, na confecção do projeto gráfico. As publicações, impressas na Gráfica Renascer, prestam homenagem a Frei Confaloni, um dos fundadores da Escola de Belas de Artes, hoje Faculdade de Arquitetura da UCG. Na capa de cada livro, há detalhes de alguma obra do artista italiano.
Pelo fato de terem sido lançados com dinheiro público, os livros não poderão ser vendidos. Cerca de mil exemplares foram impressos para cada título. Desse total, entre 300 e 400 destinam-se às bibliotecas e escolas municipais e à UCG, que fará uma espécie de intercâmbio com editoras universitárias. O restante ficará à disposição dos autores. A iniciativa empolga os beneficiados que ganharam a chance de publicar seus livros.
É o caso de Miguel Jorge. Membro do Conselho Municipal de Cultura, o autor visualiza no lançamento a possibilidade de muitos autores terem a emoção do primeiro livro. “Não houve seleção. As pessoas ofereciam o livro e ganhavam a chance”, reafirma. “Não posso dizer se são bons ou não, porque não pude conhecer todos. Mas talvez seja um bom começo”, emenda. O escritor, entretanto, dá uma sugestão para a próxima edição: separar a coleção em duas, uma chamada Bernardo Élis, para autores conhecidos, e a outra, Yêda Schmaltz, para os iniciantes. "
FONTE: O POPULAR
quarta-feira, janeiro 09, 2008
Elogios para a polícia e críticas a museus
Filho de Portinari diz que desfecho do caso não elimina ‘vergonha’
por Bruno Paes Manso e Rodrigo Brancatelli
João Cândido Portinari fala correndo, às vezes atropelando as palavras. “Acabei de ficar sabendo da notícia, a minha esposa me ligou do shopping center para contar que encontraram os quadros do Masp”, diz o diretor-geral do Projeto Portinari, responsável pela preservação da obra e da memória do pintor. “Graças a Deus, que alegria, que alegria.”O filho de Cândido Portinari, cuja obra O Lavrador de Café foi furtada do Masp no dia 20, é taxativo ao pedir mudanças nos museus brasileiros. “O que aconteceu foi uma vergonha”, conta. “Estava profundamente triste. No começo, até achava que iam pedir resgate e devolver o quadro. Mas depois, quando o tempo começou a passar, perdi as esperanças. A sensação que eu tive foi de quase um luto. Era um 11 de setembro, tinham atingido um grande símbolo da nação, que é o Masp. Não tinham roubado o nosso bolso, mas sim um pedaço da nossa memória, da nossa história, da nossa alma. Apesar da alegria desta noite, isso não pode cair no esquecimento. O roubo do patrimônio histórico está acontecendo por todo o País, o governo precisa zelar pela nossa memória.”O diretor do Departamento de Museus do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), José do Nascimento Júnior, também espera que a recuperação dos quadros sirva de exemplo. Segundo ele, o trabalho da polícia paulistana deveria ser exaltado. “Essa notícia vai melhorar a imagem do País”, diz ele, que recentemente enviou carta a todos os governadores, pedindo que criassem uma delegacia especializada na repressão de crimes contra o patrimônio e os bens culturais. “A polícia de São Paulo é exemplar nesse quesito. Encontrou obras roubadas da Biblioteca Mário de Andrade, do Museu do Ipiranga e agora do Masp. Eu me sinto de alma lavada, é uma grande emoção.” Igualmente emocionado, o ex-curador do Masp, Luiz Marques, líder do movimento SOS Masp, que defende a mudança no comando do museu, preferiu só comemorar. “Isso é magnífico. Os quadros pareciam estar perdidos para sempre”, diz. O arquiteto Marcelo Ferraz, ex-diretor-executivo do Instituto Lina Bo Bardi e P. M. Bardi, ressalta que a recuperação das obras não pode esfriar as discussões a respeito das mudanças da diretoria e do conselho do Masp. “Não podemos perder esse olhar que foi voltado ao museu. Está na hora de a diretoria do Masp passar o bastão.”O curador da Bienal Internacional de São Paulo, Ivo Mesquita, reforça a idéia de que a opinião pública não deve perder os problemas do museu de vista. Para o bibliófilo e colecionador Pedro Corrêa do Lago, apesar do trabalho da polícia, era “evidente que o roubo havia sido feito por amadores”. Ele diz que a suposição de que quadrilhas organizadas haviam praticado o crime é irreal. “Não existem colecionadores loucos que encomendam um quadro de um pintor como Picasso para ver escondido em uma salinha. Obras como essa ou valem R$ 100 milhões ou não valem nada.” Corrêa do Lago afirma que a escolha de um Portinari mostrou mais desconhecimento dos ladrões. “Não há mercado lá fora para Portinari.” Segundo afirmou, o destino de ladrões que roubam obras famosas é sentar-se em cima da obra ou acabar preso. “Eles ouvem dizer que valem milhões. Depois que roubam, descobrem que é impossível vender. O maior risco era que eles destruíssem as obras para não ser presos.”
http://txt.estado.com.br/editorias/2008/01/09/cid-1.93.3.20080109.40.1.xml
FONE: O ESTADO DE SÃO PAULO
por Bruno Paes Manso e Rodrigo Brancatelli
João Cândido Portinari fala correndo, às vezes atropelando as palavras. “Acabei de ficar sabendo da notícia, a minha esposa me ligou do shopping center para contar que encontraram os quadros do Masp”, diz o diretor-geral do Projeto Portinari, responsável pela preservação da obra e da memória do pintor. “Graças a Deus, que alegria, que alegria.”O filho de Cândido Portinari, cuja obra O Lavrador de Café foi furtada do Masp no dia 20, é taxativo ao pedir mudanças nos museus brasileiros. “O que aconteceu foi uma vergonha”, conta. “Estava profundamente triste. No começo, até achava que iam pedir resgate e devolver o quadro. Mas depois, quando o tempo começou a passar, perdi as esperanças. A sensação que eu tive foi de quase um luto. Era um 11 de setembro, tinham atingido um grande símbolo da nação, que é o Masp. Não tinham roubado o nosso bolso, mas sim um pedaço da nossa memória, da nossa história, da nossa alma. Apesar da alegria desta noite, isso não pode cair no esquecimento. O roubo do patrimônio histórico está acontecendo por todo o País, o governo precisa zelar pela nossa memória.”O diretor do Departamento de Museus do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), José do Nascimento Júnior, também espera que a recuperação dos quadros sirva de exemplo. Segundo ele, o trabalho da polícia paulistana deveria ser exaltado. “Essa notícia vai melhorar a imagem do País”, diz ele, que recentemente enviou carta a todos os governadores, pedindo que criassem uma delegacia especializada na repressão de crimes contra o patrimônio e os bens culturais. “A polícia de São Paulo é exemplar nesse quesito. Encontrou obras roubadas da Biblioteca Mário de Andrade, do Museu do Ipiranga e agora do Masp. Eu me sinto de alma lavada, é uma grande emoção.” Igualmente emocionado, o ex-curador do Masp, Luiz Marques, líder do movimento SOS Masp, que defende a mudança no comando do museu, preferiu só comemorar. “Isso é magnífico. Os quadros pareciam estar perdidos para sempre”, diz. O arquiteto Marcelo Ferraz, ex-diretor-executivo do Instituto Lina Bo Bardi e P. M. Bardi, ressalta que a recuperação das obras não pode esfriar as discussões a respeito das mudanças da diretoria e do conselho do Masp. “Não podemos perder esse olhar que foi voltado ao museu. Está na hora de a diretoria do Masp passar o bastão.”O curador da Bienal Internacional de São Paulo, Ivo Mesquita, reforça a idéia de que a opinião pública não deve perder os problemas do museu de vista. Para o bibliófilo e colecionador Pedro Corrêa do Lago, apesar do trabalho da polícia, era “evidente que o roubo havia sido feito por amadores”. Ele diz que a suposição de que quadrilhas organizadas haviam praticado o crime é irreal. “Não existem colecionadores loucos que encomendam um quadro de um pintor como Picasso para ver escondido em uma salinha. Obras como essa ou valem R$ 100 milhões ou não valem nada.” Corrêa do Lago afirma que a escolha de um Portinari mostrou mais desconhecimento dos ladrões. “Não há mercado lá fora para Portinari.” Segundo afirmou, o destino de ladrões que roubam obras famosas é sentar-se em cima da obra ou acabar preso. “Eles ouvem dizer que valem milhões. Depois que roubam, descobrem que é impossível vender. O maior risco era que eles destruíssem as obras para não ser presos.”
http://txt.estado.com.br/editorias/2008/01/09/cid-1.93.3.20080109.40.1.xml
FONE: O ESTADO DE SÃO PAULO
terça-feira, janeiro 08, 2008
GATOS DO BOSQUE DE GOIÂNIA
Um belíssimo texto sobre gatos e humanidade.
"É dificil para muitos entender este mundo nosso, este planeta, como um organismo vivo. Uma bactéria intergalática. Uma gota do bico do seio da via lactea. Um vírus aquecido pelo sol. Uma piorra que alguem lançou depois do big bang e não parou de rodar até hoje.
Nós somos o suor da terra.
Nós somos quem vai levar a vida, a nossa vida, às ultimas consequências.
Aquecimento global, camada de ozônio, proteção à natureza. Cada vez mais nos damos conta de como estamos matando a nossa terra.Cada vez mais nos distanciamos dessa harmonia que nos embala e mantém a espécie humana buscando o sentido da própria existência.
Temos a fé mas é muito pouco.
Sabemos cada vez mais e sabendo mais inalamos a nossa infinita mediocridade.
Digo tudo isso porque o mundo fica em apuros toda a vez que uma bomba explode. Pessoas inocentes morrem.
Toda a vez que a gente vê dentro de nossos computadores o que estão fazendo com a nossa casa, o nosso quintal que é cada vez menor;
Qualquer dia desses vamos ser assaltados. Qualquer dia desses uma bala perdida vai nos ferir e ferir os nossos filhos.
Estamos nos dando conta da inflação. Dos índices econômicos. Sabemos mais sobre economia do que os nossos pais imaginavam saber.
Entendemos mais de saúde e de regimes, de anorexia, beleza, perfumes e roupas e moda e desfiles. Temos plena consciência de grandes e infinitos problemas dos jornais e nos esquecemos de um carinho particular. De um beijo de boa noite. De um bom dia. De um abraço. De um mero aperto de mão. Nos esquecemos dos sorrisos.
Nos esquecemos de ser tolerantes.
Nos esquecemos de nossa paciência.
Nos esquecemos de ouvir antes de falar.
Nos esquecemos de fechar a porta que abrimos e abrir a porta que fechamos. As pequenas causas. Isto mesmo. As pequenas causas de nosso dia a dia que não percebemos mais são os nossos piores momentos.
Em Goiânia o Ministério Público resolveu que os gatos de um parque da cidade deveriam ser eliminados. Liminarmente.
Um jornalista tomou para si a defesa desta atitude e ao escrever sobre o assunto comentou que as pessoas que estavam defendendo a sobrevivência dos gatos não tinham o que fazer e precisavam mesmo era de sexo. A maioria dos defensores era de mulheres. Algumas foram arrastadas pelas ruas. Dois preconceitos tardios para o século 21.
Vim falando dos peitos da via lactea para terminar com 60 gatos abandonados pelos seus donos.
Gatos não brotam do asfalto de uma cidade.
Gatos fazem parte de nossa vida como os cavalos, como os cães, como todos os animais que nos acompanham ao longo destes séculos.
Da piorra que dança até os nossos felinos não existe uma distância incomum.
Estes gatos somos nós, amanhã. Abrimos uma ferida em nosso planeta quando ameaçamos a nós mesmo com a poluição e rasgamos a nossa existencia quando tentamos retirar a vida de alguem.
Estes gatos são a bala perdida que um dia vai nos encontrar.
Precisamos não nos acostumar com esta simplificação. A carta que você está recebendo em anexo é uma lição de vida. De saturno até o prego no seu sapato. Espero que vocês entendam que nós somos o universo. O desequilibrio será a nossa destruição.
Hoje são os gatos.
Amanhã ningum vai perceber que nós mesmos estaremos sendo sacrificados porque é preciso que o parque esteja limpo.
Um abraço.
Renato Castelo
renatocastelo@yahoo.com.br "
"É dificil para muitos entender este mundo nosso, este planeta, como um organismo vivo. Uma bactéria intergalática. Uma gota do bico do seio da via lactea. Um vírus aquecido pelo sol. Uma piorra que alguem lançou depois do big bang e não parou de rodar até hoje.
Nós somos o suor da terra.
Nós somos quem vai levar a vida, a nossa vida, às ultimas consequências.
Aquecimento global, camada de ozônio, proteção à natureza. Cada vez mais nos damos conta de como estamos matando a nossa terra.Cada vez mais nos distanciamos dessa harmonia que nos embala e mantém a espécie humana buscando o sentido da própria existência.
Temos a fé mas é muito pouco.
Sabemos cada vez mais e sabendo mais inalamos a nossa infinita mediocridade.
Digo tudo isso porque o mundo fica em apuros toda a vez que uma bomba explode. Pessoas inocentes morrem.
Toda a vez que a gente vê dentro de nossos computadores o que estão fazendo com a nossa casa, o nosso quintal que é cada vez menor;
Qualquer dia desses vamos ser assaltados. Qualquer dia desses uma bala perdida vai nos ferir e ferir os nossos filhos.
Estamos nos dando conta da inflação. Dos índices econômicos. Sabemos mais sobre economia do que os nossos pais imaginavam saber.
Entendemos mais de saúde e de regimes, de anorexia, beleza, perfumes e roupas e moda e desfiles. Temos plena consciência de grandes e infinitos problemas dos jornais e nos esquecemos de um carinho particular. De um beijo de boa noite. De um bom dia. De um abraço. De um mero aperto de mão. Nos esquecemos dos sorrisos.
Nos esquecemos de ser tolerantes.
Nos esquecemos de nossa paciência.
Nos esquecemos de ouvir antes de falar.
Nos esquecemos de fechar a porta que abrimos e abrir a porta que fechamos. As pequenas causas. Isto mesmo. As pequenas causas de nosso dia a dia que não percebemos mais são os nossos piores momentos.
Em Goiânia o Ministério Público resolveu que os gatos de um parque da cidade deveriam ser eliminados. Liminarmente.
Um jornalista tomou para si a defesa desta atitude e ao escrever sobre o assunto comentou que as pessoas que estavam defendendo a sobrevivência dos gatos não tinham o que fazer e precisavam mesmo era de sexo. A maioria dos defensores era de mulheres. Algumas foram arrastadas pelas ruas. Dois preconceitos tardios para o século 21.
Vim falando dos peitos da via lactea para terminar com 60 gatos abandonados pelos seus donos.
Gatos não brotam do asfalto de uma cidade.
Gatos fazem parte de nossa vida como os cavalos, como os cães, como todos os animais que nos acompanham ao longo destes séculos.
Da piorra que dança até os nossos felinos não existe uma distância incomum.
Estes gatos somos nós, amanhã. Abrimos uma ferida em nosso planeta quando ameaçamos a nós mesmo com a poluição e rasgamos a nossa existencia quando tentamos retirar a vida de alguem.
Estes gatos são a bala perdida que um dia vai nos encontrar.
Precisamos não nos acostumar com esta simplificação. A carta que você está recebendo em anexo é uma lição de vida. De saturno até o prego no seu sapato. Espero que vocês entendam que nós somos o universo. O desequilibrio será a nossa destruição.
Hoje são os gatos.
Amanhã ningum vai perceber que nós mesmos estaremos sendo sacrificados porque é preciso que o parque esteja limpo.
Um abraço.
Renato Castelo
renatocastelo@yahoo.com.br "
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Gatos do Bosque,
Goiânia,
Renato Castelo
POR QUE AMEAÇAR?
Diante dos inúmeros comentários ao material postado no blog e como autora e responsável pelo conteúdo, AFIRMO DISCORDAR E REPUDIAR, de quem usando o argumento da causa ambiental ameaça à vida de outro ser humano.
Não serão publicados comentários contendo termos chulos ou ameças a quem quer que seja.
Vivemos em um país democrático, e a liberdade de expressão é um direito constitucional, portanto, a opinião de cada um deve ser respeitada, ainda que seja discordante. A inteligência é o que nos torna parte de uma mesma humanidade, então vamos agir com mais amor e inteligência contra a brutalidade e a violência.Essas sim, nascidas da ignorância, da insensibilidade e passividade dos homens e das mulheres incapazes de compreender que somos todos passageiros de uma mesma nave.
Se agirmos com a mesma brutalidade e violência estaremos sendo iguais aqueles que acham normal, por ignorância, serem brutos e violentos.
Deolinda
Não serão publicados comentários contendo termos chulos ou ameças a quem quer que seja.
Vivemos em um país democrático, e a liberdade de expressão é um direito constitucional, portanto, a opinião de cada um deve ser respeitada, ainda que seja discordante. A inteligência é o que nos torna parte de uma mesma humanidade, então vamos agir com mais amor e inteligência contra a brutalidade e a violência.Essas sim, nascidas da ignorância, da insensibilidade e passividade dos homens e das mulheres incapazes de compreender que somos todos passageiros de uma mesma nave.
Se agirmos com a mesma brutalidade e violência estaremos sendo iguais aqueles que acham normal, por ignorância, serem brutos e violentos.
Deolinda
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quinta-feira, janeiro 03, 2008
E OS PROJETOS ?
E a saga continua... nada de projeto de educação ambiental e posse responsável, nada de campanha de castração, enfim nada de nada por parte do Poder Público.
Para não dizer que tudo se resume a ZERO, capturaram dois animais hoje e proibiram a alimentação dos gatos.
E enquanto isso ... a Operação Condor do Cerrado prossegue, ninguém assume a responsabilidade com o destino do animais, e ao que tudo indica, apenas as pessoas envolvidas como voluntárias estão preocupados em resolver o caso.
Interessante, pois a Prefeitura de Goiânia tem áreas para doar para Igrejas Protestantes, para a Maçonaria, e isso inclui recursos para manutenção, mas não dispõe de recursos e de área para resolver algo que é OBRIGAÇÃO do poder público.
E quem diria os vereadores, hem? Silêncio total e absoluto, mesmo diante do espacamento de mulheres por policiais, mesmo diante de recurso públicos sendo gastos de modo ineficiente.
Quem cuida de gatos, pelo vistoé muito mal visto, hem?
Para não dizer que tudo se resume a ZERO, capturaram dois animais hoje e proibiram a alimentação dos gatos.
E enquanto isso ... a Operação Condor do Cerrado prossegue, ninguém assume a responsabilidade com o destino do animais, e ao que tudo indica, apenas as pessoas envolvidas como voluntárias estão preocupados em resolver o caso.
Interessante, pois a Prefeitura de Goiânia tem áreas para doar para Igrejas Protestantes, para a Maçonaria, e isso inclui recursos para manutenção, mas não dispõe de recursos e de área para resolver algo que é OBRIGAÇÃO do poder público.
E quem diria os vereadores, hem? Silêncio total e absoluto, mesmo diante do espacamento de mulheres por policiais, mesmo diante de recurso públicos sendo gastos de modo ineficiente.
Quem cuida de gatos, pelo vistoé muito mal visto, hem?
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quarta-feira, janeiro 02, 2008
ZARABATANA NA CAPTURA DE GATOS?
No primeiro dia útil do ano, a AMMA – Agencia Municipal de Meio Ambiente e o Zoológico de Goiânia organizaram uma operação de guerra na selva para capturar os gatos do Bosque dos Buritis.
Desde o dia 28 de dezembro, fantasiada de Rambo, a bióloga da AMMA tenta com ajuda da PM, Batalhão Florestal e o Zoológico capturar cerca de 50 gatos. Por sua vez, indiferentes, os felinos passeiam pelo bosque, sem se importarem muito com as guloseimas que colocam nas gaiolas. Bem alimentados, e em bom estado de saúde, pouco se interessam pelo que lhes oferecido.
Diante da indiferença felina, a “bióloga” da AMMA proibiu a alimentação dos gatos, pois os mesmos estavam “cevados” e isso está atrapalhando. Claro, animais com fome realmente tornam-se predadores. É natural.
Desde o dia 28 de dezembro, fantasiada de Rambo, a bióloga da AMMA tenta com ajuda da PM, Batalhão Florestal e o Zoológico capturar cerca de 50 gatos. Por sua vez, indiferentes, os felinos passeiam pelo bosque, sem se importarem muito com as guloseimas que colocam nas gaiolas. Bem alimentados, e em bom estado de saúde, pouco se interessam pelo que lhes oferecido.
Diante da indiferença felina, a “bióloga” da AMMA proibiu a alimentação dos gatos, pois os mesmos estavam “cevados” e isso está atrapalhando. Claro, animais com fome realmente tornam-se predadores. É natural.
Diante do quadro, gatos zombando da cara da habilidosa e bem formada Rambo do Cerrado, algo inusitado está acontecendo: estão usando ZARABATANA para ABATER os animais. Tal procedimento “técnico” está sendo efetuado pelo Zoológico de Goiânia.
E essa operação de guerra na selva não conta com o apoio do CCZ- Goiânia, ÚNICO órgão habilitado para captura de animais abandonados.
E enquanto isso, o MP aqui especificamente falando da 15ª Promotoria, silencia, e como o general do Exercito Brasileiro, na Operação Condor, que apenas capturou e entregou, apenas RECOMENDOU a retirada dos animais. A forma e os meios, e o destino final desses animais, inocentemente, não são problemas da PROMOTORA.
Sinceramente, será que vale a pena continuar a protestar? Capturar GATOS com ZARABATANA já demonstra a qualificação tanto da “bióloga”, quanto do Zoológico de Goiânia. Ou será que estamos falando de TIGRES, LEÕES, ONÇAS? Antes quando acusaram os gatos de “limpar “ o Bosque dos Buritis das carcaças dos macacos, teoricamente, vítimas da febre amarela, eu imaginei, sem entender muito de gatos, que estivessem falando de HIENAS E URUBUS.
Mas ZARABATANA? Tenha paciência, definitivamente, só mesmo ambientalista de província mesmo!
Mais um dia na saga para salvar a pele dos Gatos do Bosque e até agora NADA de projeto de educação ambiental e de posse responsável, RECOMENDAÇÃO do MP.
Absurdo e configura MAUS TRATOS privar os GATOS de alimentação e mais ainda, é evidente que com o uso de ZARABATANA, cuja a ponta contem anestésico, os animais poderão sofrer um choque vindo a ter morte súbita. E esse é o motivo pelo qual o CCZ utiliza GAIOLAS. Privar de alimentação e capturar de forma inadequada está tipificado na LEI COMO CRIME.
É isso que o MP- GO pretende? Maltratar os animais? Que sejam mortos com ZARABATANAS? Por que transmitir FEBRE AMARELA qualquer criança de colo sabe que os GATOS não transmitem, assim como também não comem carcaça de animais mortos. A menos que estejamos falando de outro tipo de felino!
Absurdo!!!
É isso que o MP- GO pretende? Maltratar os animais? Que sejam mortos com ZARABATANAS? Por que transmitir FEBRE AMARELA qualquer criança de colo sabe que os GATOS não transmitem, assim como também não comem carcaça de animais mortos. A menos que estejamos falando de outro tipo de felino!
Absurdo!!!
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terça-feira, janeiro 01, 2008
GATOS DO BOSQUE X MASP X CONDOR
Nos últimos dias a polêmica instalou-se, matar ou não matar os gatos do Bosque dos Buritis? Acompanhei tudo que a imprensa local escreveu, as cartas e até o discurso no estilo machista de boteco do Nilson Gomes, colunista do Armazém Geral do jornal HOJE.
O blog recebeu centenas de visitas e muitos comentaram o assunto, se posicionaram, ofereceram ajuda.
Hoje é o primeiro dia do ano de 2008, imagino que hoje as cabeças estejam mais frescas, e até pela data, o desejo de paz e amor deve se sobrepor.
Em reunião no MP/ GO no dia 28/12, com a coordenadora do CAO-Meio Ambiente, Drª Miryam Belle Moraes da Silva, ouvimos palavras de alento, uma postura de defesa da vida e das garantias constitucionais. Diante dos acontecimentos de véspera, envolvendo a captura dos Gatos do Bosque e violência policial empenhou-se para que fossemos recebidos pela promotora Dra. Marta Moriya Loyola substituta na 15ª Promotoria e autora da recomendação de retirada imediata dos animais.
Antes de relatar sobre a reunião, creio que seja pertinente relembrar algumas pessoas. Uma delas é o Dr. Sulivam Silvestre Oliveira, um jovem inteligente que em Goiás qualificou a posição do MP em defesa do Meio Ambiente e do Patrimônio Cultural. E Dr. Juliano de Barros, titular da 15ª Promotoria, este, também um jovem promotor, que lapidou a sua postura em defesa do Patrimônio Cultural nas inúmeras lutas que travou para preservação da cidade de Goiás. Por que a lembrança? Um deles, infelizmente foi vítima de um desastre aéreo e o outro, dedica-se atualmente as tarefas administrativas do MP.
Dr.Sulivam em 1993 empenho-se na luta pela preservação do mural “O SONHO DE DOM BOSCO”, os originais, que foram demolidos a mando do secretário de cultura na época e atual, KLEBER BRANQUINHO ADORNO. Essa foi a primeira ação concreta do MP em Goiânia em defesa do patrimônio cultural.
Dr. Juliano de Barros em 2003 promoveu a primeira reunião em defesa do MUSEU DE ARTE DE GOIÂNIA, nesta ocasião, um secretário de cultura, oriundo do PV, condenou o prédio do MAG a demolição. Com um discurso flamejante afirmava que demoliria o prédio. Não demoliu e ainda descobriu que MUSEU em Goiânia tem valor ZERO para o poder público.
Após o afastamento do Dr. Juliano de Barros, a 15ª Promotoria ficou aos cuidados da Drª Marta Morya Loyola que passou a acompanhar tanto a problemática do MAG quanto a dos Gatos do Bosque. Entretanto, diferente do titular, a substituta, sempre se postou ao lado do poder público, tanto em um caso quanto no outro. Em setembro de 2005, questionei a postura da promotoria em aceitar sem discussão ou subsidio técnico as opiniões e palpites do secretário municipal de cultura. “...a primeira tentativa de proteção do patrimônio cultural da cidade de Goiânia, por parte do MP foi burlada pela ação desse mesmo cidadão que afirma que não existem motivos ou obstáculos na convivência entre Museu e CLA. O Museu de Arte de Goiânia abriga no seu interior o maior patrimônio artístico produzido no Estado de Goiás e deve ser protegido, inclusive da ignorância cultural do secretário de cultura. ... tem primado por ouvir e atender os técnicos e associações da área ambiental use do mesmo critério, ouvindo os técnicos da área cultural, e a AAMAG. A opinião do Sr. Kleber Branquinho Adorno, mesmo sendo o atual secretário de Cultura, nada mais é que a afirmação do poder público se qualquer subsidio técnico” (MOREIRA,2005)
Como sabem, o MAG tem sua sede no interior do Bosque dos Buritis e sua administração é feita por um FALSO diretor Antônio da Mata, que tornou o espaço público em local de negociação de compra e venda de obras de arte, como amplamente divulgado nos jornais locais. Qual foi a ação da 15ª Promotoria a respeito? Nenhuma. O acervo do MAG é patrimônio cultural de Goiânia.
Mas voltemos à polêmica dos gatos. Na véspera, no auge da confusão e do espancamento de mulheres pelos PM-GO presentes ao ato, diversas pessoas tentaram contatar a 15ª Promotoria que se recusou a atender os telefonemas. No dia seguinte, através da Drª Miriam, a Drª Marta aceitou receber as pessoas que buscavam garantir a vida dos animais capturados. A reunião foi pacífica e a Associação de Protetores buscava garantir a vida dos animais, o direito a alimentação e ainda o direito constitucional de ir e vir do cidadão.
A promotora em nenhum momento demonstrou preocupação com a vida dos animais, deixando claro que retirados e entregues ao CCZ, vivos ou mortos, não era problema da promotoria. E determinado ponto, quando insistentemente pedíamos que ela elaborasse um documento onde garantiria o direito a alimentação dos animais remanescentes, o que seria feito pela mesma pessoa que há mais de 10 anos cuida dos animais, taxou de BADERNEIROS os manifestantes. Ao protestar contra tal “qualificação” fui convidada gentilmente a me retirar da sala. Obedeci prontamente.
Goiânia é uma cidade curiosa, ela difere de Anápolis, por exemplo, pelo seu ar pseudo cosmopolita, mas o qual é mesmo a origem dos moradores? Na zona rural é muito comum que filhotes de gatos e mesmo de outros animais sejam jogados depois de colocados em sacos, em córregos ou rios. É o meio de controle de natalidade que praticam, considerando que não existe a prática de castração dos animais domésticos – cães e gatos.
Na cidade, cosmopolita como gostaria de ser Goiânia, o comum são as pessoas que se desgostam dos animais e os soltam nas ruas, e em se tratando de gatos, nas áreas verdes. E não é um fenômeno local, existem relatos do mesmo problema em vários lugares. O que difere é a forma de resolver . Por exemplo, os gatos de Veneza na Itália são famosos e tornaram-se curiosidade turística. Em São Paulo e no Rio de Janeiro o CCZ não recolhe e extermina animais sadios, e adota uma política de identificação, vacinação e castração, reconhecendo ainda que mesmo em logradouros públicos, os animais dispõem de uma comunidade que cuida deles. Uma pesquisa simples no GOOGLE resulta em respostas bem interessantes, além de muito material sobre o assunto.
E tudo é uma questão postura e de opção.
Na Operação CONDOR, um juiz italiano determinou a prisão dos envolvidos na ação de repressão ao crime de opinião na década de 70 em toda a América Latina. O jornal O ESTADO DE SÃO PAULO http://txt.estado.com.br/editorias/2008/01/01/pol-1.93.11.20080101.6.1.xml informa que o Exercito Brasileiro poderá vir a ser acusado, pois um general garantiu que houve participação sim, mas que apenas prendiam e entregavam os cidadãos capturados e que posteriormente acabaram sendo torturados e mortos.
“A gente não matava. Prendia e entregava. Não há crime nisso.” Palavras do general da reserva Agnaldo Del Nero Augusto, das quais discorda frontalmente Brito, presidente nacional da OAB “É preciso esclarecer se aqueles que participaram da operação tinham conhecimento do que aconteceria aos aprisionados, pois não se pode esquecer que é plenamente punível todos aqueles que se associaram para praticar um crime”.
A Operação Condor voltou à tona após a Justiça italiana pedir há cindo dias a prisão de 146 sul-americano, entre eles 13 brasileiros, pelo aprisionamento no Brasil de 2 ítalo-argentinos em 1980. Os dois foram enviados à Argentina e depois desapareceram. Para ler a matéria na íntegra é só clicar no link.
O blog recebeu centenas de visitas e muitos comentaram o assunto, se posicionaram, ofereceram ajuda.
Hoje é o primeiro dia do ano de 2008, imagino que hoje as cabeças estejam mais frescas, e até pela data, o desejo de paz e amor deve se sobrepor.
Em reunião no MP/ GO no dia 28/12, com a coordenadora do CAO-Meio Ambiente, Drª Miryam Belle Moraes da Silva, ouvimos palavras de alento, uma postura de defesa da vida e das garantias constitucionais. Diante dos acontecimentos de véspera, envolvendo a captura dos Gatos do Bosque e violência policial empenhou-se para que fossemos recebidos pela promotora Dra. Marta Moriya Loyola substituta na 15ª Promotoria e autora da recomendação de retirada imediata dos animais.
Antes de relatar sobre a reunião, creio que seja pertinente relembrar algumas pessoas. Uma delas é o Dr. Sulivam Silvestre Oliveira, um jovem inteligente que em Goiás qualificou a posição do MP em defesa do Meio Ambiente e do Patrimônio Cultural. E Dr. Juliano de Barros, titular da 15ª Promotoria, este, também um jovem promotor, que lapidou a sua postura em defesa do Patrimônio Cultural nas inúmeras lutas que travou para preservação da cidade de Goiás. Por que a lembrança? Um deles, infelizmente foi vítima de um desastre aéreo e o outro, dedica-se atualmente as tarefas administrativas do MP.
Dr.Sulivam em 1993 empenho-se na luta pela preservação do mural “O SONHO DE DOM BOSCO”, os originais, que foram demolidos a mando do secretário de cultura na época e atual, KLEBER BRANQUINHO ADORNO. Essa foi a primeira ação concreta do MP em Goiânia em defesa do patrimônio cultural.
Dr. Juliano de Barros em 2003 promoveu a primeira reunião em defesa do MUSEU DE ARTE DE GOIÂNIA, nesta ocasião, um secretário de cultura, oriundo do PV, condenou o prédio do MAG a demolição. Com um discurso flamejante afirmava que demoliria o prédio. Não demoliu e ainda descobriu que MUSEU em Goiânia tem valor ZERO para o poder público.
Após o afastamento do Dr. Juliano de Barros, a 15ª Promotoria ficou aos cuidados da Drª Marta Morya Loyola que passou a acompanhar tanto a problemática do MAG quanto a dos Gatos do Bosque. Entretanto, diferente do titular, a substituta, sempre se postou ao lado do poder público, tanto em um caso quanto no outro. Em setembro de 2005, questionei a postura da promotoria em aceitar sem discussão ou subsidio técnico as opiniões e palpites do secretário municipal de cultura. “...a primeira tentativa de proteção do patrimônio cultural da cidade de Goiânia, por parte do MP foi burlada pela ação desse mesmo cidadão que afirma que não existem motivos ou obstáculos na convivência entre Museu e CLA. O Museu de Arte de Goiânia abriga no seu interior o maior patrimônio artístico produzido no Estado de Goiás e deve ser protegido, inclusive da ignorância cultural do secretário de cultura. ... tem primado por ouvir e atender os técnicos e associações da área ambiental use do mesmo critério, ouvindo os técnicos da área cultural, e a AAMAG. A opinião do Sr. Kleber Branquinho Adorno, mesmo sendo o atual secretário de Cultura, nada mais é que a afirmação do poder público se qualquer subsidio técnico” (MOREIRA,2005)
Como sabem, o MAG tem sua sede no interior do Bosque dos Buritis e sua administração é feita por um FALSO diretor Antônio da Mata, que tornou o espaço público em local de negociação de compra e venda de obras de arte, como amplamente divulgado nos jornais locais. Qual foi a ação da 15ª Promotoria a respeito? Nenhuma. O acervo do MAG é patrimônio cultural de Goiânia.
Mas voltemos à polêmica dos gatos. Na véspera, no auge da confusão e do espancamento de mulheres pelos PM-GO presentes ao ato, diversas pessoas tentaram contatar a 15ª Promotoria que se recusou a atender os telefonemas. No dia seguinte, através da Drª Miriam, a Drª Marta aceitou receber as pessoas que buscavam garantir a vida dos animais capturados. A reunião foi pacífica e a Associação de Protetores buscava garantir a vida dos animais, o direito a alimentação e ainda o direito constitucional de ir e vir do cidadão.
A promotora em nenhum momento demonstrou preocupação com a vida dos animais, deixando claro que retirados e entregues ao CCZ, vivos ou mortos, não era problema da promotoria. E determinado ponto, quando insistentemente pedíamos que ela elaborasse um documento onde garantiria o direito a alimentação dos animais remanescentes, o que seria feito pela mesma pessoa que há mais de 10 anos cuida dos animais, taxou de BADERNEIROS os manifestantes. Ao protestar contra tal “qualificação” fui convidada gentilmente a me retirar da sala. Obedeci prontamente.
Goiânia é uma cidade curiosa, ela difere de Anápolis, por exemplo, pelo seu ar pseudo cosmopolita, mas o qual é mesmo a origem dos moradores? Na zona rural é muito comum que filhotes de gatos e mesmo de outros animais sejam jogados depois de colocados em sacos, em córregos ou rios. É o meio de controle de natalidade que praticam, considerando que não existe a prática de castração dos animais domésticos – cães e gatos.
Na cidade, cosmopolita como gostaria de ser Goiânia, o comum são as pessoas que se desgostam dos animais e os soltam nas ruas, e em se tratando de gatos, nas áreas verdes. E não é um fenômeno local, existem relatos do mesmo problema em vários lugares. O que difere é a forma de resolver . Por exemplo, os gatos de Veneza na Itália são famosos e tornaram-se curiosidade turística. Em São Paulo e no Rio de Janeiro o CCZ não recolhe e extermina animais sadios, e adota uma política de identificação, vacinação e castração, reconhecendo ainda que mesmo em logradouros públicos, os animais dispõem de uma comunidade que cuida deles. Uma pesquisa simples no GOOGLE resulta em respostas bem interessantes, além de muito material sobre o assunto.
E tudo é uma questão postura e de opção.
Na Operação CONDOR, um juiz italiano determinou a prisão dos envolvidos na ação de repressão ao crime de opinião na década de 70 em toda a América Latina. O jornal O ESTADO DE SÃO PAULO http://txt.estado.com.br/editorias/2008/01/01/pol-1.93.11.20080101.6.1.xml informa que o Exercito Brasileiro poderá vir a ser acusado, pois um general garantiu que houve participação sim, mas que apenas prendiam e entregavam os cidadãos capturados e que posteriormente acabaram sendo torturados e mortos.
“A gente não matava. Prendia e entregava. Não há crime nisso.” Palavras do general da reserva Agnaldo Del Nero Augusto, das quais discorda frontalmente Brito, presidente nacional da OAB “É preciso esclarecer se aqueles que participaram da operação tinham conhecimento do que aconteceria aos aprisionados, pois não se pode esquecer que é plenamente punível todos aqueles que se associaram para praticar um crime”.
A Operação Condor voltou à tona após a Justiça italiana pedir há cindo dias a prisão de 146 sul-americano, entre eles 13 brasileiros, pelo aprisionamento no Brasil de 2 ítalo-argentinos em 1980. Os dois foram enviados à Argentina e depois desapareceram. Para ler a matéria na íntegra é só clicar no link.
Também o ESTADO DE SÃO PAULO noticia que o MASP está sendo submetido a uma auditoria por técnicos do MP/SP e que esgotadas as possibilidades de resolver o impasse da aparente más gestão do acervo cultural do museu, poderá sim, haver uma intervenção no Museu por parte do MP. E tudo isso deve-se ao roubo de duas importantes obras de arte, patrimônio cultural brasileiro.
“Sem acordo entre Estado e Masp, MP pode intervir
Ministério Público, que convocou reunião, pode pedir abertura de ação civil pública e só aguarda perícia sobre a situação financeira do museu “ Para ler na íntegra basta seguir o link:
http://txt.estado.com.br/editorias/2007/12/29/cid-1.93.3.20071229.18.1.xml
No site da Policia Militar de Goiás uma interessante matéria sobre o ENCONTRO NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS e afirma que grande parte das reivindicações visa coibir a violência policial.
“Comissão busca coibir violência policial
http://www.pm.go.gov.br/2007/index.php?i=libs/onoticiap&id=14069&idtipo_noticia=20
Participantes do Encontro Nacional de Direitos Humanos, encerrado na última Segunda-feira (01), aprovaram um documento final e 18 moções em que cobram medidas para dar efetividade aos direitos básicos da pessoa humana. Grande parte das reivindicações visa a coibir a violência policial.
No documento final do encontro, declara-se que o Plano Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), lançado pelo governo federal no mês passado com provisões para combate à violência que chegarão a R$ 4,8 bilhões, “contém avanços em relação aos planos anteriores para o setor, mas ainda preserva a concepção tradicional do papel das polícias, de ação repressiva dirigida aos grupos vulneráveis, em detrimento da defesa de direitos”.
Na linha dos debates que dominaram o último dia do encontro, Couto afirmou que a polícia não deve existir para defender apenas o patrimônio e as autoridades. “Ela precisa dar garantia de que cidadãos e cidadãs vão exercer seu direito de ir e vir sem serem molestados”, avaliou.
Pedro Wilson afirmou que o filme Tropa de Elite, recentemente lançado, reflete bem a realidade da atuação da polícia hoje no Brasil. “Ela ocupa, espanta e mata”, disse. “A população é inimiga até que se prove o contrário”, afirmou. “ Para ler na íntegra siga o link.
Por que será que passamos dos Gatos do Bosque para a Operação Condor, MASP e Comissão de Direitos Humanos?
A bestialidade manifestada fortemente pelos policiais presentes ao ato pacífico, que espancou mulheres, e chega ao ridículo de acusar a presidente de uma das entidades presentes de feri-lo, o PM estava “arranhado”. Dá para imaginar uma mulher de 1.50 m, de salto alto, ferindo um PM de 1.90m, com colete a prova de balas e armado?
O que faltou? Diálogo, respeito ao cidadão, a vida.
A 15ª Promotoria esqueceu-se de um preceito básico: o direito ao contraditório. Os Gatos do Bosque são animais que estão em áreas públicas, mas pessoas e entidades cuidam, e no mínimo, antes de RECOMENDAR a retirada imediata dos animais, DEVERIA POR OBRIGAÇÃO comunicar por escrito as entidades e pessoas envolvidas.
Errou ainda ao não se certificar que os animais capturados teriam condições de permanecer no CCZ – Goiânia, simplesmente condenou-os a morte.Igual ao general do Exercito Brasileiro na Operação Condor: “a gente só prendia e entregava.”
E para saber quais as condições de manutenção de 60 animais no CCZ – Goiânia bastaria ler o artigo “PREFEITO INAUGURA AMANHÃ NOVO CENTRO DE ZOONOSES publicado no site da Prefeitura de Goiânia em 27/08/2007 - 16:27h.
Eis a descrição do CCZ:
A nova sede tem 10 mil m² e é composta por 7 blocos (veja a seguir) e 1 curral.
1) Bloco Técnico – administrativo:
Composto por sala de técnicos, refeitório, sala de reuniões, cozinha e dependências do Disk – Dengue (0800 – 646 – 1520);
2) Bloco de Operação de Campo:
Com o departamento de Inseticida, raticida, larvicida e suprimentos;
3) Bloco de Canil:
Composto pela sala de liberação de animais, 12 baias para cães (6 para machos e 6 para fêmeas), plataforma de desembarque de animais, setor de adoção de animais, sala de vacinas, setor de isolamento, gatil, sala de veterinária, sala de cirurgia, sala de esterilização, sala de eutanásia, necrotério, sala de depósito de ração e depósito de materiais de limpeza;
4) Bloco de Auditório:
Com auditório para 60 pessoas, setor de transporte e o SISFAD (Sistema de Informação das Fichas de Atendimento Domiciliar da Dengue);
5) Setor de Lavajato e Borracharia:
6) Baias de Equinos (com dois currais para cerca de 50 equinos e dois para bovinos)
7) Recintos de Aves:
8) Bloco de Suínos (com 8 baias para suínos).
A matéria pode ser lida na íntegra no link http://www.goiania.go.gov.br/sistemas/snger/asp/snger01010r1.asp?varDt_Noticia=27/08/2007&varHr_Noticia=16:27
Como dá para perceber não existem acomodações para GATOS.
Erra a AMMA em usar de truculência para resolver o problema de se ver impedida, PACIFICAMENTE, de capturar animais sadios, castrados, vacinados e vermifugados, e encaminha-los ao CCZ para serem mortos. Erra ainda ao levar pânico a população ao sugerir que GATOS transmitem FEBRE AMARELA.
E erra mais gravemente ao apressar-se para executar como ORDEM uma RECOMENDAÇÃO, sem apresentar a contrapartida à sociedade, PROJETO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL E POSSE RESPONSÁVEL. Promove a matança de animais sadios e ignora que outros serão abandonados, pelo total AUSÊNCIA de ações positivas do Poder Público no sentido de PUNIR quem comete o crime de abandonar animais nas ruas.
ACERTA o CCZ – Goiânia em entregar os animais para as entidades protetoras e também em garantir que nenhum dos animais capturados serão exterminados, como gostariam a AMMA e a 15ª Promotoria.
Como disse antes, tudo é questão de postura e de opção. O MP em todo o Brasil vem dando exemplos de ações positivas, que incluem essa de GATOS em áreas verdes. Gatos são animais domésticos, em parte sim, são os mais independentes, e são antes de tudo animais urbanos, e possuem todo o direito de habitar um parque urbano.
E no caso do Bosque dos Buritis, um parque urbano que de um dia para o outro virou UNIDADE DE CONSERVAÇÃO, uai, perguntar não ofende, as obras lá dentro, as construções, os parquinhos e outros “inhos” podem em unidade de conservação? Francamente!
O jornalista Nilson Gomes cometeu o deslize de afirmar que estava tudo certo, coitado, mesmo se retratando, o povo ainda quer dar a ele o mesmo destino dos GATOS. Gaiola e o CCZ e logo em seguida a camara de gás – método de extermínio mais popular do CCZ. Saio em defesa do jornalista, o que expressou foi o lugar comum, não se percebe que qualquer vida que tiramos é uma vida. Toda vida é preciosa, dos gatos de quatro patas aos de duas. O que precisamos é garantir um mundo melhor para todos e para isso é fundamental o respeito a VIDA.
E me atrevo a parabenizar o jornalista Nilson Gomes, ao publicar as “asneiras”- não quero dizer que seja um asno – mas sim que escreveu bobagens sem fundamento, provocou nas pessoas a indignação necessária e forçou as manifestações de protesto. Todavia, seria louvável que essa indignação e as manifestações fossem direcionadas ao presidente da AMMA, ao Prefeito de Goiânia, ao MP na figura do Procurador Geral de Justiça.
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