terça-feira, dezembro 23, 2008

CORONELISMO NO CERRADO

Conferência é encerrada com palestras

Goiânia, 22/12/2008 - Lídia Amorim Da Editoria do DMRevista

A Lei Municipal de Incentivo à Cultura foi o foco do último dia da Conferência Municipal de Cultura. Durante a tarde de ontem, no Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, profissionais ligados à captação de recursos e planejamento explicaram para um auditório praticamente vazio como funciona a lei e como devem ser feitos os projetos. O evento, que inicialmente seria uma plenária aberta para discussão sobre a cultura na Capital, tirou dúvidas de entidades e pessoas ligadas à cultura, mas deixou alguns grupos insatisfeitos.

A insatisfação veio do grupo de entidades que, desde o último domingo, protestava contra o formato da conferência e a falta de espaço para debates.

Blog: Estiveram presentes no domingo representantes de 22 entidades que assinaram um documento enviado ao secretário de cultura e presidente do Conselho Municipal de Cultura. Ver post anterior.

De acordo com a organização, o momento para discutir diretrizes do Plano Municipal de Cultura e dar sugestões foi na tarde do domingo.

A Lei de Incentivo à Cultura e o formato do evento, porém, não estavam em discussão.

Durante todo o momento, a organização fez questão de ressaltar que as entidades que se manifestaram contra a programação poderiam ter participado dessas decisões comparecendo às reuniões quinzenais do Conselho de Cultura, abertas à toda a população.

Blog: é de corar uma afirmação dessas. As entidades se manifestaram no espaço legitimo de participação a CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE CULTURA, que na cabeça provinciana e coronelista dos membros do Conselho Municipal de Cultura, o modelo perfeito é aquele onde os engalanados falam professoralmente e os bobinhos na pláteia batem palmas.

As participações foram encaminhadas por escrito à mesa da conferência, que as leu, no encerramento da Plenária, e respondeu. Algumas sugestões serão encaminhadas à Secretaria Municipal de Cultura.

O vice-presidente do Conselho Municipal de Cultura prometeu às entidades que será feito um site da secretaria em que todos poderão se informar sobre as decisões do Conselho.
Blog: Essa promessa é demais. E como irão publicar a aprovação de projetos de interesse pessoal do secretário? Por exemplo aquele que aprovou a edição de um documentário que permitiu ao atual secretário de cultura colar grau na Universidade Católica de Goiás?

Para ler a matéria original siga o link abaixo:

http://www.dm.com.br/impresso/7718/cidades/59581,conferencia_e_encerrada_com_palestras

segunda-feira, dezembro 22, 2008

SEM BRANDÃO DM INFORMA DE VERDADE

Protesto marca abertura da conferência de cultura

Goiânia, 22 de dezembro - Lídia Amorim Da Editoria do DMRevista

A abertura da sexta Conferência Municipal de Cultura, na manhã de ontem, foi marcada pelo desconforto. Pode ser que o frio ar-condicionado do Auditório Augusto da Paixão Fleury Curado, no Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, tenha servido para esfriar ânimos, mas sensação de que algo estava errado permaneceu pairando no ar como fantasma. Mais de 20 entidades – entre elas o Centro Cultural Eldorado dos Carajás, a Federação de Teatro de Goiás e a Associação Brasileira de Festivais Independentes – uniram-se para protestar contra programação da conferência e buscar modelo de evento que contemple todas as áreas e necessidades de quem trabalha na cultura.O grupo, que engloba diversas áreas da cultura e se reúne semanalmente para discutir os problemas em comum, defende que a programação seja reformulada para dar mais espaço ao debate. Segundo eles, o evento oficial é mais um seminário do que uma conferência, por ser mais educativo do que político, e, por isso, não tem espaço para a discussão sobre as diretrizes da Lei Municipal de Incentivo. Além disso, foi marcada numa data que impede a participação de todos: os dias que antecedem o Natal. Na abertura do evento, tudo corria de forma tranqüila inicialmente. O secretário municipal de Cultura, Doracino Naves, deu início aos trabalhos, falou da importância da conferência e do desejo da pasta de que os resultados desse momento de debates fosse o mais proveitoso possível. Em seguida, viria a palestra de abertura, com o escritor Luiz Fernando Valadares. Antes disso, porém, Eládio Garcia, da Associação Goiana de Cinema e Vídeo, manifestou, da platéia, o desejo de que o secretário se posicionasse sobre documento entregue no evento em que o grupo de entidades defende mudanças na programação e na data da conferência.Foi decidido que a carta seria discutida numa reunião separada entre o grupo e o secretário após a palestra de abertura. Enquanto o Alma Brasileira tocava seu choro para meia dúzia de pessoas no auditório; na pequena sala ao lado, o grande grupo de entidades se reunia para discutir os rumos da conferência. O secretário ouviu as reclamações, mas afirma que não pode atendê-las, já que, no próximo ano, não ocupará mais o cargo e o grupo quer marcar o evento para depois das festas. Prometeu, no entanto, encaminhá-las ao prefeito Iris Rezende. No final, não houve consenso. Tanto Doracino quanto o vice-presidente do Conselho Municipal de Cultura, Valdir Mendonça, retiraram-se do local e as entidades decidiram fazer outro documento. Nele vão sugerir que a sexta Conferência tenha continuidade no mês de março, quando as instituições e pessoas que se dedicam à cultura estarão mais disponíveis, e que, no evento, exista mais espaço para debates. Desde a terceira Conferência, há polêmica. A conferência, realizada em 2005, foi inclusive cancelada judicialmente, porque não foi divulgada como deveria de acordo com as determinações do Ministério da Cultura. A função das conferências é de debater os rumos da cultura no município, as Leis de Incentivo, e principalmente, para onde vai o dinheiro da área.
http://www.dm.com.br/impresso/7717/cidades/59474,protesto_marca_abertura_da_conferencia_de_cultura

domingo, dezembro 21, 2008

CONFERÊNCIA DE CULTURA? EM GYN CITY PODE SER MORTAL!

No Instituto Histórico e Geográfico de Goiás foi aberta hoje a 6ª Conferência de Cultura, no velho e bom estilo, alguém fala e platéia aplaude.
Não deu para aplaudir.
O último dia de inscrição foi dia 19/12, sexta-feira, e hoje, no horário de credenciamento, o material foi entregue sem qualquer controle, ou necessidade de identificação.
Após uma reunião, onde entidades participantes do Fórum Permanente de Cultura solicitaram ao secretário de Cultura, que a Conferência seguisse o modelo proposto pelo MINC, o material distribuído – pasta, papel, folder, programação, crachá e caneta – foi deixado na portaria do IHGG.
E o inusitado, a caixa onde estavam acondicionados os crachás era na verdade uma caixa de embalagem de “cartuchos para armas portáteis”. Gente, quem na SECULT comprou 1000 projéteis para arma de fogo?
Confiram à imagem.


Abaixo o documento resultante da reunião das entidades presentes na manhã de 21/12 e que exigem uma verdadeira Conferência de Cultura, com debates, proposições e plenária.


Depois tem mais...

quinta-feira, dezembro 18, 2008

GESTÃO PÚBLICA DA CULTURA EM GOIÂNIA

A Secretaria Municipal de Cultura de Goiânia é novamente tema do discurso de PX Silveira e como sempre apontando o dedo na ferida, ou melhor, nos desmandos e prevaricações cometidas por gestores públicos empossados pelo Prefeito Iris Rezende.

A favor da SECULT é preciso comentar que a "turma" apontada a dedo por PX Silveira chegou até lá pelo próprio dedo dele, que foi, segundo o senso comum, quem indicou ao prefeito em dezembro de 2004, o nome do ex-secretário Kleber Adorno.

Atualmente, as "viúvas" do ex-secretário e candidato a vereador fracassado, aguardam cheios de esperança o retorno. E diga-se de passagem, a possibilidade existe, pois, vamos lá, desde quando, Iris Rezende, realmente olhou para cultura? Portanto, Kleber Adorno e seu curriculo é tudo de bom, mesmo sendo processado pelo MP por improbidade administrativa e investigado em outros procedimentos, que incluem, o famigerado Chorinho, e claro, o modo como tentou obter um título de doutor em uma universidade federal(usando ctrl+C e ctrl+V).

Enfim, Goiânia merecia algo melhor que um prefeito amante de "espetos" e viadutos pagos com recursos públicos. E sobre os "espetos", querem apostar que no próximo serão colocados um boi? O boi no rolete.

Abaixo o texto publicado hoje no Diário da Manhã.
Uma nova chance para Iris Rezende

A cultura pode muito pelo indivíduo e pode muito mais pela sociedade, que é a soma dos indivíduos. Uma cidade catalisada pela cultura passa a ser mais que a soma de sua gente, suas casas, suas ruas, suas praças e seus templos, profanos ou não.

É por isso que a cultura de um governo não deve ser tratada como um segmento, mas como um todo, do qual fluem todos os segmentos que compõem a vida em sociedade.

Na política cultural de Iris destacam-se duas ações, ambas extemporâneas a ela, isto é, vindas de administrações anteriores, sejam: a Lei Municipal de Cultura e o Encontro das Folias. Aquela, a lei, surgiu para desencantar de vez o fazer cultural goianiense, com o advento de verbas injetadas diretamente, por meio de editais, que quando não são manipulados, se prestam ao bom serviço de fomentar e democratizar o acesso à produção.

E este, o Encontro das Folias, reúne em Campinas uma vez ao ano verdadeiras expressões populares, para um dia de encontros e renovação de suas expressões de fé, arte e história.

Outro destaque da administração irista cultural é o Cine Ouro, espaço de expressão urbana dentro dos seus limites e problemas, onde se realiza mais um festival de cinema entre os 86 eventos dessa natureza que acontecem anualmente no pais.

A partir daí, tudo que a política irista cultural realiza não passa de seu dever. E o agravante é que essa é uma gestão condenada, não pelo grande público em geral, que lhe tem sido indiferente, mas condenada literalmente, em ação movida pelo Ministério Público, por improbidade administrativa, e com outro inquérito aberto na Delegacia Estadual de Repressão a Crimes contra a Administração Pública, este em andamento.

De inovador, nada no horizonte. E não é por falta de motivos e inspiração. Onde estaria, por exemplo, a tradução do potencial de liderança do Iris na cultura? Por que não se utiliza o espírito do mutirão como uma poderosa ferramenta cultural? Por que deixar passar o poder de agregação dos eventos de bairro, para mobilizar culturalmente a cidade e fazer um levante que se destacaria nacionalmente?

É fato que, infelizmente, como grande gestor que é, Iris Rezende ainda não encontrou na cultura o seu interlocutor junto à população que governa.

Neste sentido, o projeto para a cultura do PT e de outros partidos está visivelmente mais próximo da realidade que o do PMDB. E dou aqui testemunho de que não é por falta de vontade e de visão de Iris Rezende, mas simplesmente por falta de vontade e estratégia dos quadros que lhe representam nesta área vital para toda a administração.

A visão elitista, a ineficiência, a vaidade, a vaidade, a vaidade e até mesmo a preguiça, são visíveis quando se lança um olhar no retrospecto do “iris cultural”.

Enquanto isso, se perdem as oportunidades, por exemplo, que os mutirões no bairros poderiam favorecer, fazendo com que a cultura finalmente tenha capilaridade e densidade cidadãs.

Goiânia, que bem outorgou a Iris uma nova chance no governo, está ela mesma à espera de uma nova chance que venha lhe mudar o destino.

PX Silveira é diretor executivo do Instituto ArteCidadania http://www.dm.com.br/impresso/7713/opiniao/59053,uma_nova_chance_para_iris_rezende

quarta-feira, dezembro 17, 2008

GRANDE HOTEL, VÍTIMA DO DESCASO

Secult pode perder Grande Hotel
Justiça dá ganho de causa ao INSS na disputa pela reintegração de posse do prédio. Secretário fala em “gestões políticas” para reverter decisão

Goiânia, 17/12/2008. - por Edson Wander para o jornal O POPULAR

A Secretaria Municipal de Cultura (Secult) está prestes a perder o direito de uso do Grande Hotel, onde mantém um centro de atividades culturais e o projeto Grande Hotel Revive o Choro.

O projeto Grande Hotel revive o Choro tem sido até agora responsável por transformar o prédio, patrimônio tombado, em deposito de bebidas alcoólicas, pela destruição do piso no térreo e ainda, pelo enriquecimento ilícito de cargos comissionados da SECULT , além do loteamento de via pública.

O Tribunal Regional Federal de Brasília confirmou a sentença do juiz Carlos Augusto Tôrres Nobre, da 6ª Vara Federal de Goiás, que dá ganho de causa ao INSS na ação de reintegração de posse movida contra a prefeitura. Não cabe mais recurso.

Claro, mesmo sendo o prédio patrimônio histórico e cultural, não é motivo para a posse ilegal do mesmo.
Com a decisão, a Secult terá de procurar outro espaço para abrigar as atividades da pasta realizadas no prédio, erguido em 1937.

Quem sabe agora a Estação Ferroviária tenha algum uso?
O titular da Secult, Doracino Naves dos Santos, disse que aguarda uma decisão do prefeito Iris Rezende para estudar as alternativas de realocação das atividades culturais realizadas pela pasta no Grande Hotel. Além do projeto de chorinho, o espaço sedia cursos na área cultural e abriga o Centro de Memória e Referência de Goiânia, distribuído pelos três andares do edifício.

Ainda bem que 2009 está chegando, assim seremos poupados de tanto empenho e prevaricação, pois se tem uma coisa que o prefeito não suporta, é a incompetência.
“Já levei ao prefeito a nossa preocupação em perder um espaço importante como esse e tenho certeza de que ele fará gestões políticas no sentido de reverter essa decisão e garantir o Grande Hotel para Goiânia”, disse Santos.

A ação de reintegração de posse do prédio histórico, localizado na esquina da Avenida Goiás com a Rua 3, no Centro da capital, se arrastava há quatro anos.

Assim como se arrastou o Mandado de Segurança que anulou a 3ª Conferência Municipal de Cultura, agora em fase de execução, e eu, mais que ninguém faço votos para que os envolvidos passem o Ano Novo vendo o sol nascer quadrado. Isso é tudo que podemos esperar, justiça.
O processo começou depois do fim do convênio entre a gerência do INSS em Goiânia com a prefeitura, que estabelecia a cessão de uso do espaço por seis meses em troca de ampla reforma realizada pelo Executivo municipal.

Uma das de sete cláusulas do documento celebrado em março de 2004, no governo de Pedro Wilson (PT), previa que os eventos culturais realizados no espaço não poderiam ocorrer por mais de três meses, prorrogáveis uma única vez por igual período, o que dava o total do tempo acordado.

Terreno
Uma negociação verbal foi ensaiada à época, prevendo a troca do Grande Hotel por um terreno da prefeitura no Parque Lozandes, avaliado à época em R$ 1,3 milhão. Essa negociação não prosseguiu e acabou abortada com a disputa que se estabeleceu na Justiça. Terminado o prazo da cessão, em setembro de 2004, o INSS requereu o prédio de volta, sob alegação de necessidade para uso próprio e informando que a prefeitura não se manifestou verbalmente pela renovação do acordo.

Quem já ouviu falar em negociação verbal com órgão público? Só mesmo a SECULT para ensaiar uma falseta dessas!
A prefeitura não cedeu e passou a questionar a devolução na Justiça.

Perdeu todos os recursos num processo terminado em julho deste ano. A ação de reintegração foi movida pela Procuradoria Federal Especializada do INSS (da Procuradoria Geral da União). A prefeitura é defendida pela Procuradoria-Geral do Município, cujo titular é Marconi Pimenteira. O POPULAR tentou falar com Pimenteira, mas ele não atendeu as ligações para seu celular.

O POPULAR também tentou ouvir o gerente-executivo do INSS em Goiânia, José Aparecido da Silva, mas ele está viajando e não atendeu ao celular. De acordo com a assessoria de imprensa do INSS, a procuradoria do instituto ainda não recebeu formalmente a decisão judicial. A assessoria confirmou também que a entidade precisa de um prédio para instalar um órgão de gerência e que pretende usar a construção do Grande Hotel para isso.

O INSS tomar posse do imóvel é justo, afinal é o dono, mas transformar um prédio de valor histórico e cultural em repartição pública, ai também já é demais!

O prédio do Grande Hotel é um patrimônio cultural goianiense e a despeito do descaso municipal para com a edificação, deve manter o seu uso cultural, jamais como repartição pública.

Esperemos que artistas, escritores, músicos, Conselhos de Cultura, Academias de Letras e Artes, Associações Culturais, partidos políticos, IPHAN, MINC, Conselho de Patrimônio Histórico, manifestem-se com a finalidade de impedir tal barbaridade!

O uso do prédio pela 14ª Regional do IPHAN certamente garantirá a preservação do mesmo, bem como um uso adequado . Essa é uma boa idéia.

A reportagem apurou que há interesse da Superintendência Regional do Iphan em Goiás em ocupar pelo menos parte do prédio, já que paga aluguel de sua atual sede, na Rua 84, no Centro. (Colaborou Rodrigo Alves)



NA HISTÓRIA
De mão em mão
A história do Grande Hotel é controversa desde sua origem. Projetado em 1933 para ser uma hospedaria de luxo para a elite local (empresários e políticos principalmente) e visitantes ilustres da cidade, o prédio só começou a receber seus primeiros visitantes em 1936 sem, no entanto, ser entregue oficialmente (o que ocorreu em janeiro de 1937, numa “cerimônia memorável”, como descreve o Correio Oficial do Estado da época). Aos domingos, um passeio pela calçada do edifício tornou-se hábito entre os moradores. Com fachada no estilo art déco, o hotel contava com 60 quartos, sendo quatro suítes de luxo e banheiros “servidos de água quente e fria”. Na concorrência pública para o arrendamento do Grande Hotel não apareceram interessados e o então governador do Estado, Pedro Ludovico Teixeira, designou o 1º escriturário da Diretoria Geral da Fazenda, João da Veiga Jardim, para administrá-lo. Além da remuneração normal de seu cargo, Jardim recebia mais 30% sobre os lucros obtidos pelo hotel no primeiro ano. Depois de décadas de volta ao controle do Estado sem ser usado como previsto originalmente, o Grande Hotel foi desativado em 1982 e o governo do Estado decidiu entregá-lo ao então Instituto de Aposentadoria e Pensões (Iapas, atual INSS) como pagamento de dívida.

Uma lei de maio de 1991 o tombou como patrimônio histórico da cidade, mas a confirmação disso pelo Iphan só veio em 2003. Essas informações constam de registros da Divisão de Patrimônio da Secult.

Manifestação

Libertem a pichadora Caroline Pivetta da Mota


Vamos nos reunir e nos manifestar pela Liberdade de Caroline e pela Liberdade de Criação e Expressão

Convocação a todos: artistas, criadores, autores, dramaturgos, diretores, atores, curadores, críticos, historiadores, professores, estudantes, jornalistas, advogados, juizes, políticos, ministros, secretários, senadores, deputados, vereadores e cidadãos

19 de dezembro, sexta-feira, 17h

Museu Brasileiro da Escultura - MuBEAvenida Europa 218, Jardim Europa, São Paulo - SP11-2594-2601 ou mube@mube.art.brwww.mube.art.brPara assinar o abaixo-assinadowww.abaixoassinado.org/
Enviado por Artur Matuck arturmatuck@gmail.com

domingo, dezembro 14, 2008

IBRAM - INSTITUTO BRASILEIRO DE MUSEUS

Instituto Brasileiro de Museus e novo Iphan aprovados na Câmara

Deputados votam projeto que cria o Instituto Brasileiro de Museus e transforma Iphan em autarquia

O Plenário acaba de aprovar o Projeto de Lei 3591/08 do Poder Executivo, que cria o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e reorganiza o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Segundo a proposta, o Ibram será uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Cultura e deve coordenar a Política Nacional de Museus.
O relator da proposta na Comissão de Educação e Cultura, deputado Ângelo Vanhoni (PT-PR), classificou a proposta como "um justo reforço" à estrutura do Ministério da Cultura, que precisa de mais recursos para administrar esse patrimônio.
O ministro da Cultura, Juca Ferreira, comemorou a aprovação e ligou a parlamentares para agradecer o apoio. “O projeto de lei amplia a estrutura do ministério, deixando-o à altura de seus desafios”, afirmou. O projeto ainda precisa ser aprovado pelo Senado.
Fonte: Departamento de Museus e Centros Culturais
Publicado em: 13/12/2008

quinta-feira, dezembro 11, 2008

Nota de esclarecimento

11 de dezembro de 2008
Texto do ministro da Cultura sobre prisão de jovem por pixação

O Ministério da Cultura defende a busca de uma saída na esfera cultural para o impasse decorrente do ato e da prisão da jovem Caroline Piveta da Mota, de 23 anos de idade. Ela integrava o grupo que pintou com tinta spray o edifício da Bienal de São Paulo, no local onde os curadores da 28ª edição Bienal estabeleceram um espaço vazio de interação com o público. Esta solicitação é devida à preocupação que muitos artistas e agentes culturais do país têm manifestado com os desdobramentos que podem criminalizar um ato que tem características culturais, muito embora não concordemos com a agressão simbólica proposta em manifestos e textos divulgados como de autoria do grupo.
Temos buscado o diálogo constante com grupos jovens dos centros urbanos e das periferias das grandes cidades por acreditar que esta é a forma mais eficaz e duradoura de combater os impulsos violentos que são gerados em meio à desagregação reinante em muitos ambientes de fragilidade socio-cultural nos quais vivem estes indivíduos. Contudo cremos que a agressividade simbólica aparece como “alternativa” a estes jovens submetidos a um cotidiano de violência, e ela é a “compensação cultural” por vezes ao seu alcance para fugir do crime ou da marginalidade. Desde muito essas populações têm suas formas de expressão e de linguagem enquadradas como atos de violência e desrespeito, como foram as rodas de capoeira no passado, os bailes funks nos dias correntes, mas não podemos esquecer que a cultura toma caminhos que fogem do padrão estabelecido para expressarem conteúdos latentes nas formações sociais emergentes.
Não desconhecemos que estas situações podem, vez ou outra, superar o âmbito criativo, mas devemos ainda lembrar que isso ocorre também pela falta de comunicação e pela pouca acessibilidade destes cidadãos aos bens diversificados de nossa cultura e de nossa arte. Sabemos que tais conflitos precisam ser trabalhados pelas políticas públicas e pelas instituições de modo a evitar uma maior desagregação do tecido de nossa sociedade.
Acreditamos que os mais de 40 dias de prisão guardam uma desproporção com o ato da jovem, porque tal medida pode gerar uma intensificação dos conflitos que buscamos combater, uma vez que se tornaram um problema real. O ato dos jovens, por mais que discordemos dele, não deve ser criminalizado como se ocorresse uma pixação e degradação do patrimônio cultural ali protegido por lei. Ele aconteceu num espaço específico em que era permitido a todo visitante exercer seu livre e vivo contato com o lugar simbólico da Bienal, uma mostra de arte, no qual, segundo a imprensa, muitos outros grupos e indivíduos se manifestaram com ações diferentes. O grupo de jovens reivindica o estatuto artístico e cultural ao seu ato. Quem deve julgar e avaliar tal mérito são as instituições culturais, os críticos e historiadores da arte, através dos recursos da reflexão e do debate público. Peço sua ajuda no sentido de garantirmos esse espaço público de discussão e apreciação, evitando que o estado decida em favor de nenhuma parte, e apenas cuide para que possa ser mantido o ambiente de diálogo e o direito de todos a suas manifestações culturais.
Juca Ferreira
Ministro da Cultura
http://www.cultura.gov.br/site/2008/12/11/nota-de-esclarecimento-12/
Enquanto uma jovem amarga 40 dias de prisão por haver se manifestado em um local legítimo para isso, os corruptos brasileiros vivem livres, leves e soltos. E alguns, com 900 reais, se livram da acusação de PREVARICAÇÃO, porém, primário, nunca mais será.

terça-feira, dezembro 09, 2008

CORRUPTOS: CADEIA NELES!



















O blog CHAPA BRANCA dá os últimos informes sobre o encontro "Corrupção: Combate. Mudança de comportamento. Desafios."

Muito boa a fala do juíz, faltou porém avaliar a pouca agilidade do MP e no caso de Goiás da DERCAP, e mesmo o Judiciário, o que facilita a vida do corrupto. Uns, por apenas 900 reais, parcelado em 3 vezes, saem felizes e saltitantes, e são acusados de prevaricação.

Para outros, ações de improbidade administrativa seguem desde 2005 sem sentença final, quando sair, os acusados, já terão se safado. Com a palavra o juiz Eduardo Siade.

Abaixo uma parte do material postado no blog citado acima.

Juíz Fausto Martin De Sanctis, em Goiânia
"juíz do caso Satiagraha - que mandou prender Daniel Dantas -, chegou em Goiânia no sábado e hoje deu palestra no Centro de Convenções de Goiânia, no evento “Corrupção: Combate. Mudança de Comportamento. Desafios.”, organizado pelo Ministério Público Estadual.
De Sanctis foi muito solícito e atendeu com muita tranquilidade e firmeza os jornalistas presentes. Respondeu a várias perguntas e fez algumas “cobranças”.
Destacarei alguns pontos aqui.
Fausto De Sanctis frizou que a corrupção reflete a cultura do país e não titubeou em dizer: cada país tem o governo que merece."



http://chapabranca.wordpress.com/2008/12/08/juiz-fausto-martin-de-sanctis-em-goiania/

quarta-feira, novembro 26, 2008

SANTA CATARINA SOLIDARIEDADE

Companheiros rotaractianos e interactianos do Brasil!

Em Santa Catarina, chove há mais de 50 dias. Exatamente, nos últimos 50 dias tivemos apenas um dia sem chuva.

A situação está muito preocupante: foi decretado estado de emergência no Estado de SC.

Foram já 20 mortos confirmados por causa da chuva, diversos desaparecidos, muitos milhares de desabrigados, um número ainda maior de desalojados, centenas de casas destruídas, destelhadas, 17 estradas estaduais e federais estão bloqueadas por queda de barreiras, algumas cidades isoladas, 250 mil sem energia elétrica (em alguns pontos a previsão de retorno de energia é na quinta-feira, somente) e cidades inteiras sem abastecimento de água (paradoxalmente) , famílias inteiras sem suas casas, roupas, comida, móveis, etc.

Por causa dos quase 2 meses de chuva ininterrupta, o solo está muito molhado, e centenas de deslizamentos acontecem todos os dias. Não é uma enchente normal. Os principais problemas são as casas, carros e pessoas soterradas.

Precisamos de ajuda, companheiros. Toda a faixa litorânea de SC e o Vale do Itajaí foram afetados. O nível dos rios continua a subir, principalmente do rio Itajaí-Açu, que se encaminha para atingir 12 metros (sim, 12 metros) acima de seu nível normal nesta madrugada. E as coisas parecem se encaminhar para piora.

Ajudem Santa Catarina!

Peço aos clubes e distritos para que tentem arrecadar mantimentos, roupas, cobertores, móveis, tudo o que for possível, e enviem-nos através da Defesa Civil de sua cidade. Basta chegar na Defesa Civil e dizer que arrecadaram mantimentos para enviar para SC. Se alguém tiver alguma dificuldade para envio das doações, fale comigo, que tentaremos dar um jeito de buscar os mantimentos na sua cidade, através das empresas de transporte.

Se alguém quiser doar em dinheiro, deposite na conta utilizada para o distrito qualquer quantia, que será inteiramente revertida à ajuda em SC. As doações serão revertidas para os Rotaract Clubs de Joinville, Blumenau, Itapoá, Sao José, Balneário Camboriú, Florianópolis, Palhoça, Jaraguá do Sul, Penha e todos os que sejam de cidades com desabrigados.

A conta é no Banco do Brasil, ag. 3155-0, conta 4650-7, favorecido Eliton José da Silva (nosso RDR). Se alguém quiser fazer um DOC (ou um TED), o CPF é 052.485.859- 45.

Vamos cumprir com nosso papel de solidariedade, característico de nós, rotaractianos e interactianos, e vamos ajudar um Estado que está sob a água.

Mais informações, detalhes, sugestões, etc., falem comigo.

Um abraço,

Gui
Guilherme Augusto Heinemann Gassenferth
Rotaract Club Manchester de Joinville - Distrito 4650
Coordenador Regional OMIR-Brasil - Santa Catarina - Área II.
(47) 9914-8343
guilherme_ahg@ yahoo.com. br
msn: guigassenferth@ hotmail.com

domingo, novembro 23, 2008

Fique por dentro!Ouça o Boletim República do Cerrado!

Apresentação e Produção: Eliz Brandão

Rádio Universitária 870 AM (8h15, com reprise às 16h) e
Rádio Senador Canedo 87,9 FM (7h, com reprise às 16h)
ou através do site: www.radio.ufg.br (ao vivo)


Segue abaixo depoimentos da semana no Boletim
Seg.(24/11)- Projeto CD e DVD – manifestações populares (Prof. Sebastião Rios)
Ter.(25/11)- Projeto CD e DVD – O Povo Kalunga (Adriana Parada).
Qua.(26/11)- Homenagem do Conselho Estadual de Cultura de Goiás ao Pontão de Cultura – Coordenador Geral: Virgilio Alencar;
Qui.(27/11)- Presidente da Escola de Samba Lua lá e diretor do grupo teatral arte e fogo (Delgado Filho);
Sex.(28/11)- Associação Goiana de Artes Visuais (AGAV) – nova presidenta Vânia Ferro;
Seg.(01/12)- Restauradora de bens Culturais (Deolinda Taveira).

Dúvidas ou mais informações:
www.republicadocerrado.org.br
republicadocerrado@gmail.com
republica.cerrado@gmail.com

Pontão de Cultura República do Cerrado
(62) 3095-5257/ 9923-5247
elizbrandao@gmail.com

sábado, novembro 22, 2008

MP pede demolição de obra que obstrui prédio histórico

[ 21 11 2008 ]
PATRIMÔNIO – Promotora pede na Justiça que prefeitura derrube parte do terminal urbano construído em 98 e que impede visualização da antiga estação ferroviária
por Fernanda Morais para o Jornal do Estado de Goiás

O Ministério Público (MP) de Goiás, através da promotora Sandra Mara Garbelini, protocolou nesta sexta-feira (21) na Justiça, ação civil pública com pedido de tutela antecipada contra a prefeitura de Anápolis e a empresa TCA, com objetivo de preservar a antiga estação ferroviária localizada no Terminal Urbano de Passageiros.
O MP pede que a Justiça determine que a prefeitura providencie a demolição e destruição de todos as construções relativas ao terminal 2, ou "novo terminal", que hoje obstrui a estação ferroviária. O órgão se refere a parte que foi construída em 1998. Além disso, a prefeitura teria que promover a revitalização e recuperação do prédio tombado pelo patrimônio histórico.
A promotora Sandra Mara Garbelini pede também que no processo licitatório já iniciado para o transporte coletivo, conste no edital que a empresa vencedora não poderá utilizar a parte do terminal construída em 1998, "em razão de impedir a visibilidade do bem tombado". "E que os estudos da licitação contemplem o deslocamento da frota de ônibus do terminal 2 para outra localidade".
Entre os argumentos para o pedido feito pelo MP, a promotora Sandra Mara utilizou laudos técnicos que comprovam a necessidade de preservação do prédio e defende mudanças no Terminal Urbano.
No dia 14 de novembro a 14ª Superintendência Regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) enviou ofício ao MP onde relata vistoria feita em 2007, onde foi constatado que a antiga estação encontra-se "obstruída pela presença de edificações construídas em suas imediações".
"A visibilidade do bem, aspecto determinante para a fruição dos valores nele intrínsecos, está seriamente comprometida, sendo de fato o Terminal Rodoviário Urbano de Anápolis responsável pela maior parte da agressão às visuais do bem em questão", diz o documento, assinado por Paulo Henrique Farsette, chefe da divisão técnica da 14ª Regional do Iphan.
No dia 21 de outubro a Agência Goiana de Cultura (Agepel) também entregou seu laudo técnico sobre a estação ferroviária. O documento completo, com fotos e reprodução de trechos da história do prédio histórico, conclui que o Terminal Urbano impede o acesso visual da população à estação. "Desta forma, os valores ali presentes vão se tornando cada vez menos reconhecidos por aquela sociedade, que vai se distanciando deste bem", diz o relatório da Agepel.
A Agepel destaca ainda que o intuito é permitir a preservação da antiga estação ferroviária, que guarda uma importância arquitetônica ou histórica, acima de tudo cultural. "E neste aspecto, o terminal não condiz com esse conceito de preservação de imagem cultural, pois ele desestrutura e afasta uma imagem, um valor de uma época e, assim, impede a contemplação daquela sociedade que considera aquele bem", informa o laudo técnico.
Os técnicos da Agepel informam que percebem uma incompatibilidade de usos entre a estação ferroviária enquanto bem de identidade cultural da cidade e o Terminal Urbano. "Sendo preocupante em razão dos efeitos que este terminal possa produzir ao longo do tempo, retirando o reconhecimento da população do registro histórica da estação", finaliza.
Sessão
Sessão especial realizada na segunda-feira (17), na Câmara Municipal, debateu a atual situação da estação ferroviária prefeito José Fernandes Valente, patrimônio histórico de Anápolis e que hoje está ilhada pelo Terminal Urbano de Passageiros. Vereadores, membros do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural e Histórico e representantes da empresa TCA estiveram na sessão proposta pela petista Dinamélia Ribeiro.
Em sua fala inicial, Dinamélia relembrou a história da antiga estação ferroviária, tombada como patrimônio histórico e cultural na gestão do prefeito Anapolino de Faria, em 1991. A vereadora enfatizou que o local é o maior símbolo do desenvolvimento econômico do município e atualmente está ilhado dentro do terminal urbano.
Dinamélia também frisou que o momento não era para julgar nem condenar o terminal que atende a população da cidade, mas sim de mostrar posicionamentos de ambos os lados e auxiliar em possíveis buscas de soluções. "O prédio é patrimônio cultural e tem que ser conservado, protegido. Eu acredito que a empresa envolvida não dificultaria essa preservação. A TCA é anapolina", disse.
O presidente do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural e Histórico, Jairo Alves Leite, destacou que o prédio está protegido por lei e o principal interesse daqueles que defendem a revitalização do espaço é fazer com que a população tenha acesso à história do município. "Muitos acontecimentos econômicos importantes passaram pelos trilhos do trem daquela estação hoje escondida", afirmou.
Além disso, Jairo Alves Leite alertou sobre os problemas que a localização do terminal urbano provoca na região central da cidade. As ruas são estreitas para acomodar os carros e há uma grande quantidade de ônibus que transitam durante todo o dia e boa parte da noite pela cidade. "Os ônibus são importantes para a cidade, mas existe a necessidade de fazer uma descentralização do transporte coletivo", comentou.
Com o passar do tempo e com o desenvolvimento da cidade, o presidente acredita que a concentração de ônibus no centro se tornaria inviável. O ideal, de acordo com ele, seria construir estações coletivas urbanas na cidade. "Não quero de maneira alguma confrontar com a empresa, apenas penso em resolver a situação da melhor maneira possível", disse.
TCA
"Do jeito que as coisas são ditas, dá a impressão de que a TCA invadiu aquela parte para construção do terminal, e não é bem assim". Essas foram as primeiras palavras do diretor-presidente da empresa de ônibus da cidade, Lacy Martins. Ele acrescentou ainda que no momento que foi construído o terminal urbano, a empresa tinha autorização da prefeitura e que na época não existia a lei que tombou a estação ferroviária como patrimônio cultural de Anápolis.
O diretor da TCA defendeu que a retirada do terminal do centro da cidade não resolveria o problema definitivamente. Para ele é necessário pensar nas pessoas que utilizam os ônibus, no comércio da região e nos próprios lojistas que atuam dentro do terminal. Lacy Martins disse que já foi realizada audiência com o Ministério Público, mas nenhum acordo ficou firmado. "Existem as leis e nós da TCA não discutimos isso, apenas cumprimos o que é determinado pela Justiça. Estamos esperando uma definição", afirmou.
Lacy Martins também atacou outros pontos da cidade que são considerados como patrimônio histórico e cultural. Segundo ele a TCA foi responsável por promover por duas vezes a restauração da estação ferroviária que estava completamente abandonada antes da construção do terminal. "Temos também os investimentos, são milhões de reais que aplicamos na qualidade do transporte urbano", defendeu.
Além desses argumentos, o diretor-presidente não acredita que a mudança para o terminal rodoviário Josias Moreira Braga seria a melhor solução, tendo em vista que o local não comportaria os comerciantes, os ônibus e a média de 70 mil pessoas que passam pelo terminal diariamente. "Não vou discutir leis, nem preservação, mas temos que ver todos os pontos dessa mudança", observou.
Os comerciantes do espaço em discussão foram representados por Deusvando Luiz Rosa, que defendeu que o terminal deve continuar no centro da cidade. Segundo ele, são mais de 70 famílias que trabalham no espaço e que necessitam do movimento das pessoas que utilizam o transporte coletivo. Na sessão os comerciantes levaram uma faixa defendendo o monopólio da TCA em Anápolis.
Símbolo do crescimento
Anápolis possui apenas nove monumentos considerados, por Lei, patrimônio histórico. Dentre eles a Estação Ferroviária Central, que foi tombada pela Lei 1824, no ano de 1991, juntamente com a Casa de Zeca Batista, hoje Museu Histórico; o prédio da atual escola de Artes, antiga Cadeia, e o atual Palácio da Cultura, que já foi a Prefeitura Municipal e Fórum da cidade. De todos estes patrimônios históricos certamente a Estação é a que se encontra em pior estado de conservação.
Em estilo Art Déco, ela foi inaugura em 1935 e é tida pelos historiadores como o maior símbolo do desenvolvimento econômico da cidade. Notadamente na década de 1930 ela influenciou diretamente no crescimento do comércio e da agricultura comercial, o que favoreceu o crescimento urbano e fez de Anápolis o maior centro comercial de Goiás.
A importância desta estação é tamanha que o historiador Juscelino Polonial escreveu sua tese de mestrado sobre o tema, o que posteriormente deu origem ao livro "Anápolis nos tempos da Ferrovia". O seu funcionamento foi entre os anos 1930 e 1950, em decorrência da falta de modernização ela não foi mais utilizada.
Em 1976 os trilhos foram retirados e teve início o processo de degradação deste patrimônio. Nos dias de hoje ela está praticamente "esmagada" pelos dois pavimentos do Terminal Urbano do município. Ela está sendo ocupada por órgãos da prefeitura e não se sabe se suas características históricas têm sido preservadas pelas pessoas que trabalham e que buscam atendimento no local.
Fonte: http://www.jornalestadodegoias.com.br/noticias_detalhe.php?id_noticia=1331&&id_editoria=4

domingo, novembro 16, 2008

RECEBI DE UMA AMIGA QUERIDA

Abertos editais da Caixa Cultural

Instituição oferece dois programas de incentivo cultural a instituições que ofereçam projetos de recuperação e restauração de acervo, implantação de laboratórios de restauro, etc.

A Caixa Cultural lança dois programas destinados ao incentivo cultural. O Programa Caixa de Adoção de Entidades Culturais e o Programa Caixa de Revitalização do Patrimônio Histórico e Cultural Brasileiro estão com inscrições abertas até 5 de dezembro e seus regulamentos podem ser acessados no site www.caixa.gov.br/caixacultural, na seção Patrocínios - Editais Abertos.

O Programa Caixa de Adoção de Entidades Culturais é um incentivo a entidades culturais para que mantenham sua atuação e atividade. O Programa irá beneficiar entidades sem fins lucrativos e com mais de cinco anos de existência que ofereçam projetos de recuperação/restauração/expansão de acervo, implantação de laboratórios de restauro, informatização, pesquisa, catalogação, etc. As organizações também devem oferecer regularmente atividades para as comunidades nas quais estão inseridas.

Já o Programa Caixa de Revitalização do Patrimônio Histórico e Cultural Brasileiro tem por objetivo preservar legados históricos e culturais e criar uma consciência de preservação. Instituições sem fins lucrativos, com cinco anos ou mais de existência, que ofereçam atividades regulares à população e com projetos de recuperação de acervos serão as beneficiadas pelo Programa, que também pretende estabelecer políticas culturais de longo prazo por meio da valorização do patrimônio cultural.

Outras informações sobre os programas podem ser obtidas no site da Caixa Cultural: www.caixa.gov.br/caixacultural
Fonte: Boletim Demu-Iphan
Publicado em: 16/11/2008

Patrimônio Histórico de Anápolis - GO

Esse é um convite que gostaria de aceitar! Vale a pena a discussão.

CONVITE Negrito

A Vereadora Drª. Dinamélia convida a todos a participar da Audiência Pública: Patrimônio Histórico de Anápolis, que será realizada no dia 17 de novembro (segunda-feira), às 17:00 h, na Câmara Municipal de Anápolis. A audiência tem como objetivo debater a atual situação da Antiga Estação Ferroviária. A audiência contará com a explanação do Presidente do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico de Anápolis sobre os principais problemas e demandas da atual gestão.

É importante sua participação para que possamos juntos defender o Patrimônio Cultural de Anápolis

Abraço,

João Barretto Acioly Lins
(62) 8497-8112

A idealização da Audiência Pública sobre o Patrimônio Histórico de Anápolis e proposta pela vereadora Dinamélia, que tem como fim debater a atual situação da Antiga Estação Ferroviária Prefeito José Fernandes Valente, foi inspirada no sentimento de proteção e recuperação de um patrimônio histórico e cultural que se encontra, atualmente, relegado ao abandono do poder público e com acesso e visibilidade impedidos à população devido as instalações do terminal urbano de Anápolis.

Esse prédio de grande valor histórico e cultural para o povo anapolino foi construído na primeira metade do século passado, mais precisamente em 1934, sendo tombado à condição de patrimônio histórico municipal por força da Lei Municipal n° 1.824, de janeiro de 1991, sancionada pelo então prefeito Dr. Anapolino de Faria.

A chegada dos trilhos da estrada de ferro a Anápolis foi fator determinante para impulsionar o desenvolvimento da cidade, constituindo-se num verdadeiro intercâmbio comercial , facilitando inclusive, a migração de pessoas originárias de diversas partes do país e, principalmente, de São Paulo e do Triângulo Mineiro.

Com este importante acontecimento, para cá vieram imigrantes sírios e libaneses, constituindo-se em numerosas colônias que deram origem a grupos econômicos de importância significativa, não só para Anápolis, mas também, para a economia goiana.

A idéia da construção da Estrada de Ferro Goyaz teve inicio na época da República Velha (1.889 - 1.930) que vislumbrava traçar em território goiano uma ferrovia, partindo do terminal ferroviário de Araguari, passando por Catalão, Ipameri, Pires do Rio e Silvânia, alcançando a Vila de Santana das Antas, hoje Anápolis.

Tal idéia se tornou realidade e o lançamento da pedra fundamental da Estação Ferroviária de Anápolis ocorreu em 28 de agosto de 1.933, pelo então intendente do município João Luiz de Oliveira.

O prédio da estação foi inaugurado em 07 de setembro de 1.935 e recebeu o nome de Estação Ferroviária Prefeito José Fernandes Valente. Esta obra histórica é tida pelos historiadores como o maior símbolo do desenvolvimento econômico desta cidade. Na década de 30 influenciou diretamente no crescimento do comércio e da agricultura comercial, o que favoreceu a evolução urbana e fez de Anápolis o maior centro comercial de Goiás, se tornando, portanto, para este município, um verdadeiro monumento histórico e cultural.

Com a descaracterização, o prédio da antiga estação ferroviária ficou "ilhado", sendo que a população não pode contemplá-lo à distância, em razão da obra construída em seus arredores, escondendo dessa forma, a exuberância de sua arquitetura.

No dia 08 de agosto do corrente ano, firmou-se em audiência no Ministério Público com a presença do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural de Anápolis, Prefeitura e TCA, a retirada de parte do terminal urbano da Antiga Estação Ferroviária. Essa determinação foi uma vitória e representa um grande avanço para aqueles que defendem a recuperação e revitalização do patrimônio histórico, cultural, paisagístico e arquitetônico da cidade de Anápolis.

Incluo-me entre aqueles que lutam pela restauração deste monumento nos moldes originais, para que se possa devolver a população de Anápolis o direito de cultuar este marco histórico e cultural da nossa cidade, revitalizando assim, a sua importância arquitetônica, histórica e cultural que é um patrimônio de todos nós.

Devemos juntos zelar não só pela preservação do nosso acervo histórico, mas também, pela melhoria da cultura em todas as suas linguagens em nosso município.

quinta-feira, novembro 06, 2008

Fundo Virtual de Cultura

Artigo de Opinião publicado no DM fala sobre o Fundo Virtual de Cultura http://www.dm.com.br/impresso/7671/opiniao/54971,fundo_virtual_de_cultura


No último dia 30, foram lançados dois projetos que vão contribuir de forma significativa para a produção cultural em Goiás. Nas últimas semanas, quando iniciamos junto à direção da Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg) a mobilização para a materialização desses projetos, fui muito argüido sobre de onde havia surgido a inspiração para uma idéia tão simples e ao mesmo tempo tão significativa como as do Fundo Virtual de Cultura e a do selo Empresa Amiga da Cultura.

A resposta é simples. Como produtor cultural, membro da Comissão de Projetos Culturais da Secretaria Municipal de Cultura, e, graças à confiança do prefeito Iris Rezende – a quem eu gostaria de agradecer pelas oportunidades que me foram dadas –, tive a honra de ser chefe de gabinete do ex-secretário, Kléber Adorno, e secretário interino de Cultura da Prefeitura de Goiânia. A convivência e os relacionamentos ali conquistados me fizeram conhecer bem de perto as dores e os amores desse segmento, assim como a grandeza e a beleza do que é realizado em nossa cidade e no estado de Goiás. Ao mesmo tempo, pude vivenciar as profundas dificuldades existentes para o realizador cultural. Tentando agir sempre de forma positiva e focando nas oportunidades, relembro a frase de Winston Churchill: “O pessimista vê dificuldade em cada oportunidade; o otimista vê oportunidade em cada dificuldade”.

Como diretor da Acieg, percebi a sensibilidade e boa vontade de alguns empresários e de nossos governos em também valorizar a cultura local, até porque só mesmo sendo muito míope para não enxergar o impacto da cultura em nossa economia. Economia esta que, se vista de forma transversal e holística, nos assusta e impressiona uma vez que os institutos de pesquisa mais conceituados do mundo vêem a chamada economia da cultura como em franca expansão e no Brasil já ocupa impressionantes 8% do PIB brasileiro.

Dessa forma, nossa intenção nada mais é a de criar nas empresas “A cultura de se investir em cultura”, uma vez que esse projeto visa conscientizar as empresas dos ganhos efetivos que as mesmas têm quando aplicam seus recursos em projetos culturais e, ao mesmo tempo, capacitar os contadores das mesmas a trabalharem de forma efetiva e eficiente com as leis de incentivo.

Como vai funcionar o Fundo Virtual de Cultura? É muito simples! Ele é virtual, nós não teremos acesso ao dinheiro. A Acieg fará o levantamento do potencial de investimento e do perfil de investimento das empresas goianas para projetos culturais. Como assim? Existem dois lados, o do artista, produtor, aquele que faz acontecer a cultura em todas as suas modalidades e o empresário, que muitas vezes não apóia projetos culturais não pela falta de interesse, mas sim pelo acúmulo de atividades no seu foco de negócio. A Acieg vai atuar como facilitadora. Conhecendo o perfil da empresa e quanto ela vai poder investir nos três níveis de incentivo fiscal, o artista terá acesso aos recursos das empresas de forma mais simples, pois já vai saber quais empresas querem projetos com aquele perfil.

Outro projeto lançado foi o selo Empresa Amiga da Cultura. A Acieg vai premiar anualmente as empresas que mais investirem em cultura em Goiás. O prêmio será um estímulo para que os empresários passem a destinar recursos para a cultura, com isso, deixaremos claro e visível para nossa sociedade que em Goiás existem empresas preocupadas e comprometidas com o nosso desenvolvimento. Tudo isso somado ao apoio de nossos governantes me faz ter plena convicção de que estamos diante de um marco histórico na cultura de nosso Estado.

A construção desse projeto será de forma coletiva, participativa, com todos os segmentos culturais convidados a somarem com idéias e ações. Vamos unir forças, somar valores e fazer da cultura em Goiás um modelo para o Brasil e para o mundo.

“O homem só fracassa quando desiste de lutar, todos os dias eu me levanto para vencer”. Vamos nos levantar, vamos lutar, vamos sonhar e acima de tudo vamos concretizar esses sonhos em projetos para o nosso Estado.

Por fim, eu não poderia iniciar este artigo sem antes mencionar a visão de estadista de um dos maiores líderes empresariais do país, o meu amigo Pedro Bittar, presidente da Acieg, que me deu a honra de ser diretor daquela casa e a convivência com ele tem ensinado valores e princípios que me acompanharão por toda vida. Obrigado, presidente! “Todas as coisas, até as mais pequeninas, tornam-se grandes quando realizadas com a grandeza da alma”. Agradeço, em nome de toda a comunidade artística de Goiás, por você ter colocado a alma neste projeto e tê-lo transformado em realidade.

Leopoldo Veiga Jardim
é especialista em Gestão Empresarial pela FGV, especializando em Marketing Político pela USP e diretor da Acieg – coordenador do projeto Fundo Virtual de Cultura

quarta-feira, novembro 05, 2008

Em Goiânia: Cultura e Esporte ?

Essa saiu no jornal DIÁRIO DA MANHÃ, Política e Justiça | 05 de Novembro de 2008 | Edição nº 7670


Cultura e Esportes podem se unir
Da Redação


Horas depois de participar de um café-da-manhã com artistas plásticos que participam do projeto A Ponte para a Arte, idealizado por PX Silveira, o prefeito Iris Rezende (PMDB) disse aos secretários da reforma que precisa avaliar melhor a proposta de fusão da Secretaria de Cultura à Secretaria de Esporte e Lazer, inspirada em modelos administrativos de outras capitais. A fusão é defendida por mais de um auxiliar que participa desta discussão.

Durante o café-da-manhã, Iris afirmou ainda que pretende utilizar painéis com obras de arte produzidas com artistas goianos para ilustrar as laterais dos próximos viadutos que construir. “É a melhor notícia que recebi em anos, décadas”, afirma o idealizador do projeto.

Fonte: http://www.dm.com.br/impresso/7670/politica_e_justica/54813,cultura_e_esportes_podem_se_unir

Um único comentário sobre o assunto, que publico aqui, visto que o DM dificilmente publicará:
Nome: Wilmar Ferraz(wilmarferraz@gmail.com)
Fone: 84137379
Mensagem: Não quero entrar no mérito da proposta da reforma administrativa, Iris ganhou a eleição e é,legitimamente, o prefeito de Goiânia e, como tal, deve definir o que deve ou não ser executado na sua gestão. É sabido por todos que as questões sociais, incluo aqui a cultura, não fazem parte do horizonte político/administrativo de Iris e que seu perfil de tocador de obras não o leva muito além de asfaltos e viadutos. Uma proposta de unificação de duas secretarias de perfís tão díspares, como a cultura e o esporte e lazer, seria um retrocesso tão grande que só teria parâmetro com a própria volta de Iris à prefeitura em 2004. A Cultura no Brasil tem tomado contornos sociais e o Ministério da Cultura vem discutindo em todos os Estados brasileiros o Plano Nacional de Cultura, em Goiânia aconteceu nos dias 8,9 e 10 de outubro, e seu resultado foi encaminhado ao Congresso Nacional onde tem como relator o deputado Frankie Aguiar e que dá à Cultura um plano estratégico de long! o prazo sendo ela tratada como uma política de Estado e não de governo. Pela primeira vez nesse país vemos um projeto que busca unir as esferas federal, estaduais e municipais com regras claras possibilitando a participação da sociedade e trazendo novos recursos para a Cultura.
É claro que isso de recurso é bom, Iris precisa dele para asfaltar seu caminho para o governo estadual, mas a necessidade de participação da sociedade, princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade entre outras coisas esquecidas pelos gestores da Secult de janeiro de 2005 até a presente data, se torna um recurso caro que não vale a pena utilizar.
A nós resta a luta. è o que estamos fazendo e é o que vamos a fazer.
Queremos políticas públicas de Cultura para nós e queremos que as pessoas que lutam por esporte e lazer tenham também suas políticas públicas para o setor e que possamos, um dia, dizer que Goiânia é de fato uma cidade que respeita cada um e cada uma que! aqui nasceu ou a escolheu para viver.

segunda-feira, outubro 20, 2008

CRISE VAI REDUZIR ORÇAMENTO DA CULTURA

15/10/2008
Crise vai reduzir orçamento da Cultura em 2009, diz ministro
Reuters Brasil - Reportagem de Rodrigo Viga Gaier

RIO (Reuters) - A crise financeira mundial vai impactar negativamente o orçamento da Cultura para 2009, disse nesta terça-feira o ministro da pasta, Juca Ferreira.

Segundo ele, o aumento de 20 por cento previsto para o exercício de 2009 não vai se concretizar, e a perspectiva é que o orçamento da Cultura fique estacionado em 800 milhões de reais (valor de 2008).

Ferreira afirmou que nas discussões orçamentárias para o ano que vem há um movimento no Congresso Nacional para que o governo reduza seus gastos em 2009 para enfrentar a crise, o que implicaria em corte nas verbas dos Ministérios.

"Há uma tendência de tomar precauções para além do que a realidade está determinando. Isso significa uma redução de gasto público e, certamente, afetará os orçamentos ministeriais. O Congresso acha que o governo devia se adiantar e reduzir gasto para garantir reservas e superávit", disse o ministro a jornalistas.

Para Ferreira, o ideal para enfrentar a crise mundial seria trabalhar com a política de contingenciamento. "Você não faz o gasto se houver qualquer tipo de insegurança, mas à medida que a situação for melhorando você libera os recursos."

A esperança do ministro é que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou em várias oportunidades que as áreas social e cultural são prioritárias.

"Acho que seremos poucos afetados porque a cultura se insere no campo social. Tenho expectativa de que o corte não seja significativo. Se não reduzir já será positivo", avaliou.

Para superar os efeitos da crise sobre o orçamento de 2009, Juca Ferreira admitiu que pedirá socorro às empresas públicas e privadas do país. "Nós sempre batemos na porta das empresas... talvez tenhamos, com a crise, que bater com mais carinho", comentou.

O gerente executivo de comunicação institucional da Petrobras, Wilson Santa Rosa, anunciou nessa terça-feira a liberação de mais 40 milhões de reais para projetos culturais que serão avaliados e escolhidos pelo ministério em concorrência pública. Outros 38 milhões já tinham sido liberados pela estatal esse ano, segundo Ferreira.

http://br.reuters.com/article/entertainmentNews/idBRSPE49D0DE20081014


Secretaria Nacional de Cultura do PT
Telefones: (11) 3243-1371/1372
E-mail: cultura@pt.org.br
Orkut: http://www.orkut.com.br/Community.aspx?cmm=61761137
Blog: http://secretarianacionaldeculturadopt.blogspot.com

REPÚBLICA DO CERRADO - PROGRAMAÇÃO

Fique por dentro...

Ouça o Boletim República do Cerrado!



Rádio Universitária 870 AM (8h15, com reprise às 16h) e

Rádio Senador Canedo 87,9 FM (7h, com reprise às 16h)

ou através do site: www.radio.ufg.br (ao vivo)



Segue abaixo depoimentos da semana no Boletim

(06/10 a 13/10):



Ter.(21/10)- Ponto de Cultura Flora do Vale (Pres. Dalva Mendonça);

Qua.(22/10)- Centro Cultural Eldorado dos Carajás (Pres. Ana Lúcia da Silva);

Qui.(23/10)- COEPI – Pirenópolis (Cíntia Savoli);

Sex.(24/10)- Projeto O Povo Kalunga (Coordenadora Geral. Adriana Parada);

Seg.(27/10)- Teia 2008 (Coordenador Geral do Pontão: Virgilio Alencar).



Dúvidas ou mais informações:

www.republicadocerrado.org.br

republicadocerrado@gmail.com

republica.cerrado@gmail.com



Apresentação, Produção e mixagem: Eliz Brandão

Pontão de Cultura República do Cerrado

(62) 3095-5257/ 9923-5247

elizbrandao@gmail.com

MUSEU ANTROPOLÓGICO - UFG

Car@s colegas,
Aguardamos a presença de vocês. Por gentileza, divulguem entre os interessados.
Nei Clara

Palestras dia 22 de outubro
"Ecomuseu da Serra de Ouro Preto: narrativas híbridas entre espaço de memória social, tempo presente e lugares de relação" e "Teatro de memórias, palco de esquecimentos: culturas africanas e afro-brasileiras em exposições museológicas"




A REDE GOIANA DE PESQUISA EM MUSEUS E EXPRESSÕES DO PATRIMÔNIO CULTURAL*


CONVIDA
para as palestras:

Ecomuseu da Serra de Ouro Preto: narrativas híbridas entre espaço de memória social, tempo presente e lugares de relação (Profa. Dra. Yara Mattos - Curso de Museologia da Universidade Federal de Ouro Preto/UFOP)

e

Teatro de memórias, palco de esquecimentos: culturas africanas e afro-brasileiras em exposições museológicas (Prof. Dr. Marcelo Bernardo da Cunha - Curso de Museologia da Universidade Federal da Bahia/UFBA)


Data: 22/10/2008
Horário: 9 horas
Local: Miniauditório Luís Palacin (Faculdade de Ciências Humanas e Filosofia da UFG, Campus Samambaia)

domingo, outubro 19, 2008

EDITORIAL O POPULAR

Insistente nepotismo

Péssimo exemplo, a manobra que se registra no Senado para preservar parentes empregados em cargos comissionados tem de ser e enfrentada pela Mesa Diretora com urgente determinação, pois o nepotismo não pode ser vitorioso, sob pena de começar a recrudescer em outras áreas.

Ocorrendo no Senado, acabará inspirando atitudes semelhantes nas esferas dos Estados e dos municípios. Deputados estaduais de vereadores se sentirão estimulados e podem tentar a colocação de parentes em cargos no Legislativo.

O nepotismo é algo anacrônico, inimaginável hoje em países do Primeiro Mundo, e constitui verdadeira agressão aos contribuintes que, afinal, são os que pagam pelo funcionamento das casas legislativas.

O instituto do concurso público é o canal decente e limpo para selecionar candidatos a cargos no setor público. Existindo de fato a necessidade de contratação de pessoal para suprir vagas ou funções novas nas casas do Legislativo, o caminho correto, legítimo, para contratar é o da promoção de concurso.

Os chamados trens da alegria já lesaram demais os cofres públicos brasileiros. A sociedade tem de ficar atenta e se mobilizar contra práticas e costumes contaminados pelo nepotismo. Chega de privilégios e de injustiças. Democracia exige concurso público. Neste caso do Senado, que se adote imediatamente a providência da demissão dos privilegiados parentes de parlamentares.

19/10/2008 fonte: http://www.opopular.com.br/anteriores/19out2008/opiniao/editorial.htm

sábado, outubro 11, 2008

Diretrizes para a cultura

Diretores do Ministério da Cultura dizem em Goiânia que Lei Rouanet deve sofrer alterações e que plano nacional do setor sai do papel em 2009

Goiânia, 11/10/2008 - por Rogério Borges para o jornal O POPULAR.

Nove entre dez produtores culturais brasileiros têm a mesma queixa na ponta da língua: o País não tem política pública para o setor cultural. Quem atua na área costuma reclamar da falta de apoio financeiro para seus projetos, de interferência política nas decisões, de apadrinhamentos e de pouca duração das iniciativas tomadas. Para tentar sanar alguns desses problemas, o Ministério da Cultura (Minc) vem trabalhando no chamado Plano Nacional de Cultura, uma discussão que está na pauta do órgão desde 2003 e que cumpre uma de suas últimas etapas este ano.

O Minc agendou seminários em todos os Estados para debater com representantes de setores culturais locais sugestões e temáticas que sirvam para aperfeiçoar e que possam ser incorporadas à proposta que o governo federal deve enviar ao Congresso Nacional para estabelecer novas diretrizes para o setor.

IdéiasGoiás recebeu esta semana o evento, sendo o 16º Estado consultado neste processo. “Nós formamos cinco grupos de trabalho para debater os principais temas”, disse a O POPULAR Maurício Dantas, gerente de Políticas Culturais do Minc e coordenador-geral do Plano Nacional de Cultura. “Esse seminário tem o objetivo de apresentar o acúmulo de uma discussão sobre políticas culturais que já vem ocorrendo há algum tempo. Queremos mais idéias porque esse projeto vai se transformar em lei”, pontua. “Esta é a primeira vez que a cultura é pensada em longo prazo, dentro de políticas mais definidas.” Maurício lembra que os seminários e a redação final da chamada PEC 150, proposta de emenda constitucional que deve ser analisada pela Câmara dos Deputados no primeiro semestre do ano que vem e cujo relator é o deputado Frank Aguiar (PTB/SP), não têm a finalidade de apontar soluções para problemas pontuais e sim de apontar direções mais gerais para as políticas públicas relacionadas à cultura.

Conselhos
Uma das principais metas é articular melhor as ações dos governos federal, estaduais e municipais, incluindo nos debates os setores da sociedade civil. “Isso é muito importante. São essas redes que vão direcionar os aspectos macro da cultura”, assinala Fred Maia, gerente de Articulação Nacional do Ministério da Cultura e responsável pelo projeto Pontos de Cultura, considerado o PAC do setor.

“Mais que uma política setorial, esses esforços fazem parte da agenda social do governo Lula. Dentro do Plano Nacional, queremos incentivar a inclusão de pessoas que não têm acesso a bens culturais. Por isso precisamos articular melhor as ações com estados e municípios”, prega ele.

Fred defende, por exemplo, o fortalecimento dos conselhos de cultura. “Eles institucionalizam as ações e têm mais chances de torná-las efetivas, para que elas saiam do papel.”

Disputas
Na opinião de Fred, os problemas que ocorrem em conselhos de cultura, em que disputas políticas e brigas internas acabam paralisando suas ações, são fases naturais do processo de amadurecimento desses espaços. “Nos conselhos, é preciso que haja discussão mesmo. São fóruns políticos, em que deve haver a diversidade de idéias.” Vale lembrar, porém, que essas discussões nem sempre se dão no nível esperado. Na gestão do ex-secretário de cultura de Goiânia Kleber Adorno, a eleição para o Conselho Municipal de Cultura provocou discussões acaloradas, contestações judiciais, troca de insultos ao vivo e pela internet e o caso chegou até o Ministério da Cultura.

Fred alerta que os conselhos não devem servir como instrumentos de politicagem. “Os conselhos precisam ser paritários e discutir cultura”, reforça. “No Plano Nacional de Cultura, estabelecemos modelos que consideramos adequados para a formação dos conselhos nos Estados e nas cidades, mas não queremos impor nada a ninguém”, acrescenta Maurício Dantas.

Na reportagem muito bem feita faltou informar que as acaloradas discussões terminaram em um ação judicial, EM FASE DE EXECUÇÃO DE SENTENÇA, e que essa ação ANULA não somente a 3ª Conferência Municipal de Cultura como TODOS os atos resultantes dela, isso inclui a ELEIÇÃO DO CONSELHO MUNICIPAL DE CULTURA(2005, 2007). E o que a FETEG pede na execução da sentença? Isso mesmo, anulação de todos os atos praticados pelos falsos conselheiros e a devolução ao erário dos jetons recebidos.
Além é claro, da realização da 3ª Conferência Municipal de Cultura e ai sim, com transparência, democracia e legitimidade, eleger os Conselheiros.

sábado, setembro 27, 2008

Secretário fecha acordo na Justiça

É por essas e outras que Goiânia perdeu a noção de cidadania. Tudo pode e todos escapam dos "rigores" da lei, nem mesmo a Maria da Penha consegue efeitos positivos, tendo em vista que 900 reais parcelados em três vezes é uma piada.

O curioso é que o prefeito Iris só considera que seu secretariado passou da conta quando há agressão física e o caso vai parar na delegacia, e ainda assim, no caso SECULT, sequer manifesta a intenção de acionar os mecanismos internos - administrativos e jurídicos - para reaver o dinheiro desviado da Lei de Incentivo.

E como é que fica? O crime cometido contra o erário será esquecido? Espera-se que o cidadão tenha a decência de espontaneamente devolver aos cofres públicos o valor desviado, com juros e correção monetária.

E do MP espera-se agilidade em processar civilmente por IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA, tanto esse cidadão, atual secretário, quanto todos que foram coniventes – ex-secretário e membros da CPC – e que a JUSTIÇA GOIANA tradicional na sua morosidade, tenha nesse caso, um resultado efetivo em favor da sociedade.


Secretário fecha acordo na Justiça

Goiânia, 27 de setembro de 2008 - por Edson Wander para o jornal O POPULAR

O secretário municipal de Cultura, Doracino Naves dos Santos, fechou um acordo na Justiça em um processo penal instaurado contra ele por improbidade administrativa, com base em denúncia oferecida pelo Ministério Público. Pelo acordo, Doracino se comprometeu a pagar 900 reais (parcelado em três vezes), em favor da instituição Centro de Valorização da Mulher (Cevam).

A ação do MP foi movida tendo como fundamento um inquérito aberto na Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Administração Pública, a partir de uma denúncia da Associação Goiana de Cinema e Vídeo (AGCV) e Federação de Teatro de Goiás (Feteg) depois que reportagem do POPULAR mostrou, em maio, que o secretário tinha seu nome ligado a projetos candidatos ao apoio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura aprovados na Comissão de Projetos Culturais, que ele presidia à época.

Para concluir o curso de jornalismo que fez na Universidade Católica de Goiás (UCG), Doracino Naves dos Santos participou de um projeto de documentário bancado pela lei. O documentário A Imprensa em Goiás (de 20 minutos) conseguiu autorização para captação de patrocínio no valor de R$ 21 mil. O projeto foi protocolado por Andréia Gomes Monteiro, uma dos três colegas que fizeram o trabalho com Santos. Em entrevista à época, o secretário assumiu que participou da aprovação dos projetos, mas disse que não via conflito de interesses no episódio.

Na mesma lista de projetos aprovados para captar patrocínio, divulgada em setembro do ano passado, além do documentário, outros dois projetos tinham ligação com o secretário. Esses dois projetos, que somavam R$ 33 mil, destinavam-se à captação de patrocínio para um programa (Raízes Jornalismo Cultural) da TV da igreja Ministério Comunidade Cristã, cujo apresentador era o próprio secretário.

O acordo com o secretário municipal de Cultura foi celebrado no 1º Juizado Especial Criminal no dia 11, proposto pelo promotor Luis Eduardo Barros Ferreira e homologado pelo juiz Osvaldo Rezende Silva. Segundo o advogado do escritório que representou a AGCV e da Feteg na ação, Rodrigo Lustosa Victor, o procedimento de “transação penal” celebrado entre o Ministério Público e o secretário é um rito normal nesses casos.
“O entendimento da jurisprudência nesses casos é que a promotoria tem de oferecer a possibilidade da transação penal quando o réu reunir as condições para isso, é direito do réu ter essa chance”, explicou Victor.

Segundo ele, a transação penal é um instrumento da esfera criminal, o que não impede o Ministério Público de abrir um inquérito civil na área da administração pública. A assessoria da 19ª Promotoria de Justiça informou que há um inquérito aberto para apurar possíveis irregularidades nos editais de projetos culturais da Secretaria Municipal de Cultura.

Ao POPULAR, o secretário Doracino Naves disse ontem que não foi beneficiário dos projetos aprovados para captar recursos via renúncia fiscal e que o processo se refere à pessoa física e não à figura do secretário. “A proponente é outra pessoa e em nenhum momento eu apareço como produtor do projeto. Só depois de aprovado é que, numa homenagem, a turma me chamou para participar do vídeo”, afirmou o secretário.

Doracino disse que resolveu assinar o acordo proposto pelo Ministério Público devido “aos inúmeros compromissos e falta de tempo”. Por intermédio de sua assessoria, o prefeito Iris Rezende disse que estava ciente das acusações contra o secretário, mas que o caso não estaria afetando nem o trabalho dele à frente da pasta nem a relação de confiança entre eles.

sábado, setembro 20, 2008

A TIA É PROIBIDA, MAS PERMITEM O CHORINHO, O CINE OURO, O CORETO

Quando digo que Goiânia é insuperável não é por acaso.
Dá para imaginar que estejam fiscalizando o Bar da Tia, com pretensões de determinar qual atividade a empreendedora deverá desenvolver e se esquecem de fiscalizar o Chorinho, o Cine Ouro , o Coreto da Joaquim Lúcio?

Em todos esses locais, os “bares” estão em lugares públicos e são explorados por servidores públicos (cargos comissionados só para deixar claro o tipo de servidor público).

E no caso do Chorinho é pior ainda, pois o próprio prédio, tombado como patrimônio artístico e histórico nacional, serve de deposito para caixas de cervejas, barris de choppes e o trânsito das chopeiras sobre o piso original de ladrinho hidráulico já destruiu grande parte do revestimento.

Alô! Ministério Público Federal, IPHAN, o prédio do Grande Hotel é de propriedade da União.

DM 20/09/08
Projeto proíbe álcool em locais públicos





Marilene da Graça Lomazzi Franco, a Tia, teme proibição de bebidas alcoólicas no bar: ela afirma que pretende cumprir determinações




Alfredo Mergulhão da editoria de Cidades DM

Ponto de encontro dos estudantes que freqüentam a Praça Universitária há mais de 23 anos, o Bar da Tia pode ser fechado. O estabelecimento foi notificado pela Secretaria Municipal de Fiscalização Urbana (Sefur) e terá de se adequar às normas previstas no plano de revitalização do local. O prazo para normalizar a situação é de 60 dias.O projeto da prefeitura pretende transformar o bar em pit dog, pois o Código de Posturas do município proíbe venda de bebidas alcoólicas em logradouro público. Os proprietários deverão seguir legislação que delibera sobre bares e restaurantes. O espaço permitido para esse tipo de atividade comercial em praças e calçadas é limitado.As medidas do estabelecimento devem ter no máximo 2 metros por 4 metros, até cinco jogos de mesa e cadeiras de plástico, e cobertura de 4,8 metros por 1, 2 metro na parte da frente. O Bar da Tia ocupa área maior. São dezenas de mesas espalhadas pela praça e cinco tendas para proteger os estudantes de sol e chuva. O local também necessita de alvará da Vigilância Sanitária Municipal e certificado de aprovação do Corpo de Bombeiros.
“Caso providências não sejam tomadas, iremos retirar o bar. Não podemos deixar que praças e ruas sejam ocupadas de maneira ilegal. O local deve ser revigorado para servir aos jovens”, disse o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico (Sedem), João de Paiva Ribeiro.
O órgão é responsável pelo projeto de revitalização da Praça Universitária.Marilene da Graça Lomazzi Franco, a Tia, recebeu notificação no dia 9 de setembro. Ela compareceu ontem à Sedem e protocolou pedido de negociação.
Até 15 de novembro, o estabelecimento deve se enquadrar nas determinações do órgão. O advogado da proprietária, Hítalo Batalha, argumenta que o local foi construído para os estudantes explorarem.
“O bar cumpre função social como ponto de encontro dos jovens, promove shows e apresentações culturais”, afirma.Desde 1989, a Tia tenta regularizar situação para funcionar legalmente como bar. “Estou disposta a cumprir todas as determinações, mas transformar o local em pit dog não tem cabimento”, desabafa.
Para o estudante Marcelo Veloso, que cursa Engenharia Elétrica na Universidade Federal de Goiás, é moralismo proibir venda de bebida alcoólica no local. “Estudantes em todos os lugares do mundo tomam cervejinha depois da aula. Cabe a cada um decidir se vai ao bar ou à faculdade”, disse.Os diretórios centrais dos estudantes (DCE) da UFG e da Católica são contrários ao fechamento do estabelecimento. “O Bar da Tia faz parte da história da Praça Universitária. Movimentações políticas foram articuladas e gerações passaram por ali. É espaço de convivência e integração dos universitários com a comunidade”, afirma Iara Neves, membro do DCE da Universidade Federal de Goiás (UFG).
Fonte: jornal Diário da Manhã, 20/09/08.

sexta-feira, setembro 19, 2008

PLANO DE CULTURA PMDB E PT

Plano de Cultura do Prefeito Iris
  1. Criação de consórcio intermunicipal de cultura na região metropolitana;
  2. Restaurar e conservar o patrimônio histórico do município.

PASMEM! PASMEM! E REZEM!

quinta-feira, setembro 18, 2008

UMA CHANCE PARA A CÂMARA SE REDIMIR

Na semana passada, 18 vereadores desgastaram sua imagem, às vésperas das eleições, se concedendo mais três salários anuais, ao derrubarem veto do prefeito a um artigo de lei.
Marcus Fidelis
Para tentar reverter o impacto negativo, trataram de desfazer o malfeito nesta semana, revogando o artigo aprovado. Parece pouco.
Os vereadores fariam muito para melhorar sua imagem junto à população derrubando um outro veto do prefeito – com os mesmos 18 votos –, que aguarda ser votado desde julho.
Foram vetados três artigos da lei complementar nº 63, que dispõe sobre o Estudo de Impacto de Vizinhança: os artigos 16, 17 e o inciso I do artigo 18. Os vetos eliminaram a possibilidade de promover audiências públicas para apresentar e discutir os impactos de empreendimentos e atividades que se pretenda implantar na cidade, antes de serem autorizados pela Prefeitura.
O artigo 16 estabelece o direito à promoção de audiência pública e quem pode requerer a sua realização. O substitutivo originalmente apresentado restringia este direito ao órgão municipal de planejamento, ao vereador e ao empreendedor. Através de emenda dos vereadores Marina Sant’Anna (PT) e Elias Vaz (PSOL) este direito foi estendido às entidades que compõem o Conselho Municipal de Política Urbana (Compur) e um mínimo de 200 cidadãos com endereço na área de influência direta do empreendimento.
Segundo o artigo 17, na audiência pública será feita consulta popular que poderá deliberar por alterações no empreendimento e até mesmo pela sua não implantação. Caso essas deliberações sejam contrárias ao estudo de impacto ambiental, caberá ao Compur a decisão final.
Finalmente, o inciso I do artigo 18 determina que na audiência pública, os votos dos moradores da área de influência direta do empreendimento terão peso 3 e os da área de influência indireta, peso 1.
Como se vê, mantidos os vetos, estaremos regredindo décadas, alijando os moradores das decisões com repercussão direta em suas vidas, que serão tomadas entre quatro paredes, igualzinho ao acordo feito na semana passada. Transparência zero. Democracia zero.
A derrubada desses vetos, por outro lado, dará grandeza aos vereadores. Mostrarão seu apreço pela velha máxima, expressa por um juiz da Suprema Corte Americana, que diz ser a luz do sol o melhor desinfetante. E, não custa lembrar, também pela nossa Constituição – onde está dito que todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente.
Marcus Fidelis é teatrólogo e produtor cultural.
Fonte: Jornal O POPULAR (só para assinantes) 18/09/2008.

Marcus é ainda o mentor, articulador e "feitor" do blog ENTREATOS http://www.entreatos.blogspot.com/ e neste momento convoca a turma para uma bicicletada no dia 22 as 18 horas, um dia sem carro em Goiânia.
Vamos lá gente!

FANTASMINHA CAMARADA

O bom de Goiânia é que as pessoas são apaixonadas, com esse modo meio sertanejo de ser, diria que até mesmo brega chique, daqueles que choram lagrimas infinitas, agradecidos aos galhos ornamentais distribuídos com muita generosidade musical.

Goiânia é uma cidade que quer ser metrópole, metida a ser melhor em tudo, doce ilusão. Há 20 anos era uma outra cidade, e hoje, decadente assiste impassível a morte de seus jovens nas mãos de grupos de extermínio, transporte urbano e um trânsito que não fica devendo nada para as verdadeiras metrópoles, como São Paulo e Rio de Janeiro, todavia, está muito mais para Duque de Caxias e o Bairro Centenário. Se não tem Funk, tem CarnaGoiânia, quer mais ou já está bão?

Mas vamos a coisas mais amenas... No post anterior comentei sobre o novo verbete do Aurélio “Deolindar” e imaginem que o autor do texto que propõe o novo verbete é um FANTASMINHA CAMARADA da SECULT. Uma pena, por que estava levando a sério a proposta do novo verbete.

Devo dizer em defesa do Fantasminha que em 24 anos de serviço público, quando assumi a nobre função de Restauradora do Museu de Arte de Goiânia, por concurso público, diga-se de passagem, o dito cujo Fantasminha Camarada já ali estava, membro do Conselho Municipal de Cultura e já se noticiava a sua nobre participação no famoso chá da 17 horas do Conselho Municipal de Cultura. Já nessa época, a pena esferográfica do Fantasminha Camarada já prestava os seus serviços de lambe saco e afaga egos.

Essa que é a verdadeira profissão do escritor Fantasminha Camarada goianiense.

Para o deleite de alguns e a ira de outras, abaixo na íntegra a ótima declaração de voto e apreço pelo Fantasminha Camarada do escritor, cineasta, multimídia PX Silveira. E claro, depois a declaração apaixonada do Fantasminha Camarada “PX, brilho de purpurina” que gerou toda essa celeuma.

Eh, mundão, nada supera Goiânia!

http://www.dm.com.br/impresso/7622/opiniao/49807,mais_um_motivo_para_votar_em_iris_rezende
Mais um motivo para votar em Íris Rezende

Px da SilveiraPX Silveira é executivo do Instituto Arte Cidadania

A gente anda tão desacostumado com o trato da coisa pública pelos homens ditos públicos que, quando surge alguém fazendo as coisas como deve ser, tecemos elogios e ficamos agradecidos.

Dando graças a deus, esquecemos que trabalhar não é virtude do gestor político, mas seu dever.Sou daqueles que acreditam que só pode ser um representante do povo quem por ele deseja e consegue trabalhar.

Do contrário, o melhor é o tal representante arrumar a trouxa e ir para casa.É por isso que temos vários motivos para votar em Iris Rezende. Mas bem que poderíamos ter mais um, que a gente sempre almeja por mais e queremos sempre ver as coisas melhorando. A começar pelo quintal da cultura, essa área de formadores de opinião que tanto podem fazer pela sociedade.Eu votaria ainda mais em Iris Rezende se ele assumisse o compromisso de acabar de vez com os funcionários-fantasmas na Secretaria Municipal da Cultura que, como muita gente sabe mas não diz, está repleta deles. Sei que não haverá de ser somente na pasta da Cultura que grassam estes tipos daninhos, mas me parece que lá a coisa é mais descarada, passa dos limites do aceitável; pois no poder público municipal ou estadual, em geral, um fantasminha aqui ou ali é coisa dada como natural.

Sei também que não é uma boa hora para falar de funcionários-fantasmas. Nesta altura do calendário político, tem muita gente que se livra do trabalho para bater pé em busca do eleitor, com o beneplácito do chefe, que até incentiva esse tipo de fantasmagoria, desde que seja partidária ou, como também acontece na cultura municipal, em benefício próprio, quando este se candidata.

Falemos então dos fantasmas permanentes, não dos sazonais, mas daqueles do ano inteiro. Podemos falar muito e sem esforço algum destes senhores que sabem se esgueirar como o vento, amantes do contracheque integral no fim do mês.Foi pela seção de cartas deste jornal que chegou-me a informação de que na Secretaria Municipal de Cultura tem fantasma graúdo.

A coisa chegou a tal ponto que lá têm fantasmas tratados em regime de engorda, barrigudos como carrapatos atrás da orelha do animal, onde (quase) nenhum movimento os fazem sair de onde estão. Já é fantasma de carreira, contabilizado no plano de cargos e salários com rendimentos papáveis e reais que lhe são tributados todo mês, incorporando a seu bolso leviano todos os benefícios decorrentes do anos e anos que tem assombrado aquela casa da cultura.É, na verdade, um fantasma brasileiro, feliz e poeta no seu ofício de ser bonachão com os recursos do povo que se lhe encorpam as banhas.

Um retrato desse, emoldurado na parede que separa o povo das alcovas, torna amargo o gosto da fé pública. É uma praga que medra na amizade com seus chefes e que se agarra indefinidamente aos muros internos daquela casa que deveria servir de exemplo para todas as outras.

Mais que um dano municipal, a fantasmagoria pública é um passo falso da nação, dando razão a Mário de Andrade, que bem declarava já na década de 40, que são eles, os funcionários públicos fantasmas, “as saúvas do Brasil”. E até hoje, mesmo com formicidas mais eficientes, ainda estamos à mercê desta pouca vergonha, muita vezes cometidas por pessoas próximas a nós.

Para se ter uma idéia do que são e podem esses senhores da neblina, tem desses que, com os proventos de suas fantasmices, fincaram pensão nas praias nordestinas. E que, para completar, fazem tão pouco caso do suor do contribuinte que recebem duplamente da mesma fonte pública pagadora: uma vez por ser fantasma de direto adquirido (sic), e outra por ser membro do conselho da mesma pasta, recebendo jetons por suas reuniões.

É claro, fantasma que se preza não pode nunca deixar de receber os seus, sem dar nada em troca, mesmo quando tem seus livros de poesia pagos e publicados pela mesma casa-da-mãe-joana cultural, que seus escritos, infelizmente, nada têm a nos acrescentar.

E o secretário municipal de Cultura, tirando ouro do nariz, faz vista grossa a essa situação. Não somente este atual secretário, que é preposto do anterior, mas também o anterior, que deu a senha e o exemplo ora seguido por este, em respeito à alta insignificância do fantasma contemplado.Será que uma coisa dessas, mesmo já incorporada ao dia a dia, não tem jeito de ser combatida e eliminada? De qualquer maneira, meu voto vai para o Iris Rezende, que sei que não tolera coisas assim. Sei que se ele ainda não deu um basta a essa situação, foi por não ter conhecimento do fato.

O Iris jamais se omitiria em assuntos assim, porque não tem medo sequer de viventes. Cá entre nós, dói mesmo é saber que essa praga medra na cabeça dos ditos intelectuais citadinos, que, ao menos teoricamente, são os que deveriam zelar pela ética na sociedade. Ou não?


http://www.revistabula.com/colunas/546/PX-brilho-de-purpurina
PX, brilho de purpurina

Por Brasigois Felício (Fantasminha Camarada)

Por que há de ser sempre o hospital das letras, das artes e da cultura uma fogueira de vaidades? Que espécie de praga mental faz que existam coronéis da cultura nas metrópoles e mais ainda nas províncias que não são mais do que fazendas asfaltadas?

Tais perguntas surgem-me à mente a propósito da doença infantil do intelectualismo, que faz certos autodenominados multimídias atirarem com metralhadora giratória para todos os lados, sem a pretensão de acertar, ou fazer coisa com coisa, apenas fazer barulho, assim passando a idéia de que são muito importantes e produtivos.

Tais são as personalidades in-culturais da boianidade, que não precisam produzir coisa alguma prestante, para serem conhecidas como celebridades com direito a dar pitaco em tudo quanto é assunto. Pois é sabido que há certas consagradas personas, das artes e das letras que já nasceram galardoadas com substanciosos currículos.

Nossa tórrida terrinha anhanguerina é pródiga tanto nos piolhos e Jorginhos do Pequi da vida, quanto abunda (e prejudica) em personas que se posicionam (por direito de nascimento) como capitães donatários de feudos no campo das artes e da cultura. Apoiados nos feitos de parentes próximos ou remotos, à sombra da familiocracia de que são herdeiros jactanciosos e diletos, julgam-se com direito divino de atropelar quem quer que, mesmo com méritos, venha ofuscar seu brilho de purpurina.

É a velha tradição brasileira de atropelar leis e arrostar autoridades, com a pompa e a circunstância de quem, em face de qualquer contrariedade, apelam para o clássico: "Sabe com quem você está falando?". Há muito em manjo o oportunismo sanguessuga destes que vivem a parasitar as falácias e feitos de seus avoengos. Isto quando não vêm os gênios do GE, a marcar e demarcar espaços de poder no arraial das letras, onde mandam e desmandam.

O fato de terem ocupado carguinhos ou cargões de mando (mesmo lá não tendo feito nada que aproveitável, a não ser locupletarem-se de benesses e favores, estendidas a seus grupelhos de apaniguados) faz que andem de nariz empinado, a pensar que podem mandar chover e ventar nas instituições culturais. Não raramente, instituções culturais particulares ou públicas são palcos de episódios deploráveis, com capitães donatários a posar de "donos do pedaço".

A propósito, vem o "multimídia" PX da Silveira, de parca produção artística, com alegre leviandade (e quem sabe se movido por interesses inconfessáveis) fazendo uso de sua metralhadora giratória, em campanha mesquinha contra autoridades da cultura que até há pouco tempo apoiava com entusiasmo. Mudaram estas pessoas, ou mudou o multimídia, sempre visto em articulações abaixo de qualquer suspeita, ora lançando intempestivas chapas fofoqueiras à sucessão, por exemplo, da Ube-go.

Ou, "deolindando" de vez, como bobinhos dos blogs, pondo-se a escrever invejosos artigos ressentidos contra Kleber Adorno, com notável folha de serviços prestados à cultura, e contra Doracino Naves, atual Secretário de Cultura. Se alguém mudou, certamente não foram Kleber Adorno ou Doracino Naves, cujo trabalho realizado em prol da cultura é largamente conhecido, o mesmo não se podendo dizer do que PX da Silveira teria feito em sua apagada passagem pela Funarte.

É triste, podendo até mesmo ser trágico, mas é inevitável dizer: o coronelismo, em Goiás, perdeu expressão na política, mas abunda e prejudica em todos os setores da cultura. O que equivale que Bóias evoluiu muito: passou do estado de sítio para o estado de fazenda asfaltada. O que não deixa de ser um avanço, em matéria de atraso e de ranço.

Os dois personagens citados pelo Fantasminha Camarada, como exemplos de folha corrida em favor da Cultura goianiense, são ambos alvos de uma "pesquisa" pelo MINISTÉRIO PÚBLICO, sendo um acusado de PREVARICAÇÃO. Sobre o assunto, em breve alguns posts interessantes.

Todavia precisamos reconhecer que o PX é o PX afinal conseguiu que um jornal local - aqui a imprensa é marrom, reconhece quem lhe paga e abana o rabo com afinco esperando ser contemplada com mais um biscoitinho financiado pelo erário - publicasse seu texto.